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'''Planície abissal''' Éé uma área extensa de fundos [[oceano|oceânicos]] com [[topografia]] suave a plana, geralmente com mais de 4000 m de profundidade<ref>[https://woc.uc.pt/botanica/getFile.do?tipo=2&id=2961 “Breve caracterização do meio marinho” no site do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, Portugal] acessado a 30 de junho de 2009</ref>.
 
Há pouca ou nenhuma luz para permitir que a fotossíntese aconteça, o que significa que não há plantas vivas. O suprimento de alimentos é feito de plantas mortas e decompostas e matéria animal afundada para o solo do oceano. A população animal ao longo da planície abissal é esparsa e a área é grande e geralmente plana.
Estas regiões são muitas vezes cortadas pelas [[crista média oceânica|dorsais oceânicas]] e podem mostrar [[ravina]]s ou [[monte submarino|montes submarinos]].
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Nessa profundidade, a temperatura oscila em torno de 2 ºC e a pressão atmosférica e a pressão exercida pela força da gravidade é de 413,3 kg/cm2 um ambiente muito diferente daquele a que estamos acostumados ao nível do mar, onde a pressão atmosférica era de 1,03 kg/cm2 e a média da temperatura global era 14.77 ºC em 2005.
Delineando essas condições, a planície abissal é o local ideal para armazenar dióxido de carbono liquefeito.
 
== Ciência ==
 
 
O cientista David Keith propôs que a planície abissal seja o lugar para sacos enormes feitos de polímeros, com cerca de 183 metros de diâmetro para servir como recipientes de armazenamento para o dióxido de carbono líquido. O CO2 seria entregue no oceano através de tubulação, como o óleo cru é entregue nas refinarias. Cada saco poderia conter o equivalente a dois dias das emissões de dióxido de carbono do mundo - 160 milhões de toneladas métricas [fonte: Natural Sciences and Engineering Research Council (em inglês)]. Uma das coisas que tornam a proposta de Keith tão atrativa é que a tecnologia para realizá-la já existe. Atualmente, temos a tecnologia do sistema de entrega de CO2 por tubulação e os sistemas de captura pré e pós-combustão já existem.
Keith falou sobre sua idéia em uma palestra para a American Association for the Advancement of Science em fevereiro de 2008. Se o conceito dele for posto em prática, os sacos de conteúdo gigantes devem evitar danos ao ecossistema oceânico, prevenindo a liberação de grandes quantidades de CO2 no oceano. Keith diz que a flutuação negativa do dióxido de carbono manteria o gás a partir da superfície [fonte: Natural Sciences and Engineering Research Council (em inglês)].
 
 
Com a quantidade de espaço de armazenamento necessária para conter as emissões de CO2 do mundo, a planície abissal pode ser apenas um lugar para manter o dióxido de carbono. Depósitos profundos na crosta da Terra são outra possibilidade sendo avaliada, o que faz sentido já que é de onde a maior parte do combustível fóssil que refinamos vem em primeiro lugar.
 
Pode parecer que armazenar o CO2 é como varrer o problema para baixo do tapete, mas é difícil dizer que tecnologia a humanidade terá à disposição daqui a um ou dois séculos. É possível que se tenha descoberto algum uso para o composto, que não se tenha atualmente e que pode vir a provar no futuro que é uma fonte de energia. Se os teóricos do pico do petróleo estão corretos, teremos descontinuado, em grande parte, o uso de combustíveis fósseis e o ciclo do carbono pode ser capaz de lidar com liberações lentas de CO2 a partir do armazenamento.
 
Curiosamente, podemos ter também desenvolvido uma maneira de recriar a situação que produziu nossos combustíveis fósseis da primeira vez. Usando a gravidade e o carbono, poderíamos teoricamente sintetizar combustíveis fósseis. Capturando o CO2 emitido e reutilizando como ingrediente nessa síntese, criaríamos um sistema fechado que poderia alcançar as necessidades globais de energia sem afetar de maneira adversa o ciclo do carbono. Para realizar tal sistema com sucesso, precisaríamos de abundância de CO2 no futuro. Se o sistema de sacos de Keith funcionar, o CO2 estará lá esperando.
 
 
 
 
[https://woc.uc.pt/botanica/getFile.do?tipo=2&id=2961 “Breve caracterização do meio marinho” no site do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, Portugal] acessado a 30 de junho de 2009</ref>.
 
 
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[[Categoria:Oceanografia]]