Afonso Sanches: diferenças entre revisões

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[[ImagemFicheiro:Dinis-P.jpg|thumb|200px|[[Dinis de Portugal|D. Dinis]], [[Lista de reis de Portugal|rei de Portugal]] e pai de Afonso Sanches]]
'''D. Afonso Sanches''' ([[1289]]-[[1329]]) foi um [[nobre]] [[trovador]], filho [[bastardo]] (depois legitimado) e predilecto de [[Dinis de Portugal|D. Dinis]], havido de [[Aldonça Rodrigues Talha]], e pretendente ao [[Lista de reis de Portugal|trono português]].
 
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==Trovadorismo==
[[ImagemFicheiro:Cancioneiro ajuda.jpg|frame|left|[[Iluminura]] do [[Cancioneiro da Biblioteca Nacional|Cancioneiro da Ajuda]]]]
Como o seu pai, D. Afonso Sanches distinguiu-se também como [[trovadorismo|trovador]]. O espólio [[poesia|poético]] que dele chegou até nós encontra-se no [[Cancioneiro da Biblioteca Nacional]] e no [[Cancioneiro da Vaticana]], e compõe-se de 15 poemas: uma paralelística perfeita, uma outra [[cantigas de amigo|cantiga de amigo]] constituída por uma só [[estrofe]], nove [[cantigas de amor]], uma [[tenção]] e três [[cantigas de escárnio]]. Várias destas cantigas são muito fragmentárias.
 
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<ref name="DicLitMed">''Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa'', Organização e coordenação de Giulia Lanciani e Giuseppe Tavani, Editora Caminho, Lisboa, 1993</ref> «As nove líricas d’amor inscrevem-se, quanto à textura formal, no número das mais requintadas do género, como exemplos de cantigas de mestria à maneira provençal. Com efeito, os temas, a estrutura métrico-estrófica e a retórica revelam um poeta culto e conhecedor da tradição poética, embora capaz de variações por meio do registo irónico que, na última cantiga, adquire um aberto carácter de troça do formalismo trovadoresco.».<ref name="DicLitMed" />
 
[[ImagemFicheiro:MALaute1.jpg|thumb|right|200px|Tocador de [[alaúde]], [[iluminura]] das [[Cantigas de Santa Maria]]]]
Várias cantigas de amor de Afonso Sanches são agora consideradas de grande qualidade, realçando-se a perfeição da sua tenção com [[Vasco Martins de Resende]], um dos seus escárnios de amor e a paralelística que traz a sua assinatura.
 
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A cantiga de amor era uma forma bastante fixa, em certo sentido comparável ao [[soneto]], até no tamanho. Mas ao contrário deste, muito fixo ao nível de versificação e muito livre em relação ao tema, esta cantiga era bastante fixa relativamente ao tema e oferecia certa margem de liberdade ao nível da versificação.
 
[[ImagemFicheiro:Cantiga 15.jpg|thumb|left|200px|[[Iluminura]] de [[trovador]]es nas [[Cantigas de Santa Maria]], [[século XIII]]-[[século XIV|XIV]]]]
Afonso Sanches tem várias cantigas dentro do esquema da cantiga de amor ao modo [[provençal]]; mas tem outras, ditas fragmentárias, que com bastante clareza se afastam dele. As primeiras são em três estrofes de versos decassilábicos, de mestria ou de [[refrão]], de ata-finda ou não, com finda ou sem ela. O trovador mostra saber tirar partido do enjambement, do dobre, dos paralelismos e outras repetições, denotando notável versatilidade, nascida do seu domínio da técnica da cantiga e duma assinalável cultura poética.