Mira (estrela): diferenças entre revisões

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'''Mira''' (''Omicron Ceti'') é uma [[estrela]] [[gigante vermelha]] da [[classe espectral]] M, dupla e [[estrela variável|variável]], da [[constelação]] de '''Cetus''' (Baleia) visível no [[hemisfério sul]]. Uma das mais brilhantes do céu, Mira era conhecida pelos antigos como a '''Estrela Maravilhosa''', tendo recebido esta alcunha no [[século XVII]] por sua característica de mudar de aparência de forma significativa em [[ciclo]]s de 332 dias (sabe-se hoje que há variação de 353304 a 304 353).
 
Mira varia seu brilho cerca de 1500 vezes, indo da [[magnitude]] 2 em seu brilho máximoextremo à magnitude 10, quando então torna-se visível apenas através de [[telescópio]]s. A estrela mantém seu fulgor máximo apenas durante umas semanas, antes de baixar rapidamente.
 
Em 1596, pouco antes da invenção do [[telescópio]], o [[monge]] e [[astrônomo]] alemão [[David Faber]], (também conhecido como [[Fabricius]]) observou na constelação de Cetus, uma estrela alaranjada onde anteriormente nada havia notado e registrou sua posição. Em 1603, o alemão [[Johannes Bayer]] ao compilar seu famoso [[atlas]] celeste '''[[Uranometria]]''', atribuiu a letra grega Omicron àquela estrela, sem perceber suas variações. Aparentemente tropeçou pela estrela quando esta estava em seu máximo. Tentativas posteriores para encontrá-la falharam, até que fez a sua reaparição mais tarde.
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[[Mira A]] tem cerca de 700 vezes o [[diâmetro]] do [[Sol]] e co-orbita [[Mira B]], uma [[anã branca]] de aproximadamente o tamanho da [[Terra]]. A agitação interna de Mira A pode criar [[distúrbio magnético|distúrbios magnéticos]] na sua [[atmosfera]] superior, responsáveis pelas fulgurações de [[raio-X|raios-X]] e por fortes [[vento estelar|ventos estelares]] que fazem a estrela perder material de forma rápida. Parte do [[gás]] e [[poeira]] que escapam de Mira A é capturada pela sua companheira, Mira B, que é rodeada por um disco de material sugado da gigante pulsante, o [[disco de acreção]].
 
O [[sistema binário]] [[Mira AB]] encontra-se a 420 anos-luz do Sol e as duas estrelas irmãs estão afastadas uma da outra por cerca de 9 bilhões de quilômetros, ou 1,5 vezes a distância média Sol-Plutão, que é hoje o raio máximo do Sistema Solar (desde que não considerados o [[Cinturão de Kuiper]] nem a [[Nuvem de Oort]]).
 
consideravelmentebastante fria e esfriandoarrefecendo cada vez mais, Mira aproxima-se do final de sua vida, quando seu [[combustível]] nuclear começa a esgotar-se e ao fim deverá explodir, libertando suas camadas exteriores, formando uma [[nebulosa planetária]] e deixando em seu lugar outra [[anã branca]], densa e quente.