Velha estrada Romana: diferenças entre revisões

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O acesso a [[Aborim]] era feito até [[1870]] pela estrada romana, e a partir dai passou a ser servida pela actual [[EN 204]] que liga [[Barcelos]] a [[Ponte de Lima]], da qual derivam vários ramais, para [[Quintiães]], [[Aguiar]] e [[Cossourado]]. É também servida desde [[1882]] pela [[Linha-férrea do Minho]], que fez alterações profundas na geografia desta freguesia, traçando-a a meio.
 
A Via Romana, seria mais tarde denominada de Estrada Real e também inserida numa rede de vias de comunicação a qual se juntam os [[Caminhos de Santiago]]. Estes iniciam-se no [[Porto]] com o nome de Caminho de Noroeste com destino a [[Valença (Portugal)|Valença]] pelo litoral, em [[Vila de Conde]] deriva um ramal denominado Caminho do Norte que segue por [[Rates|São Pedro de Rates]] e passa na ponte românica para Barcelos, dai seguia por [[Fragoso]], [[Capareiros]] (actual [[Barroselas]]), [[Deocrite]] e passaria o Rio Lima no actual e bem conhecido lugar de [[Passagem]], freguesia de [[Moreira de Geraz do Lima]], com destino a [[Cerveira]] e Valença.
 
Desta deriva em Barcelos o [[Caminho de Lima]] que passa no alto da Portela em S. Fins, e entra em Aborim sorrateiramente descendo a encosta húmida, muito próximo da entrada da [[Quinta de Celeirô]], num pequeno troço que passaria na actual estação de caminho de ferro, acompanhado por um ribeiro que nasce nos altos [[montes de Carapeços]] e que alimentava de água os moinhos da Quinta de Celeirô e todos os que existiam naquela zona, pois aquele lugar passou a chamar-se Moinhos ou Cubos.
 
Este troço foi alargado, após disputa judicial que culminou em 20 de Outubro de [[1998]], destruindo marcas históricas gravadas na rocha da passagem durante séculos de veículos de tracção animal. Marcas como estas destruídas mas com menos relevância são encontradas, cerca de 400 metros mais a frente, no lugar desabitado do [[Carvalho Queimado]], também conhecido por Estrada Velha. De salientar, que, da actual estação seguia até muito próximo da escola de Aborim, de onde se separava o percurso alternativo de Inverno antes da entrada no Carvalho Queimado, o qual passa junto da [[Igreja Matriz de Aborim]] e da [[Quinta da Boavista]], e descendo um pequeno desfiladeiro, passando um ribeiro no lugar desabitado de [[Chancela]] e voltando a subir um pequeno morro juntava-se novamente ao seu percurso normal.
 
A passagem no Carvalho Queimado é praticamente impossível com veículos de tracção animal em época de Inverno no seu curto percurso de cerca de 200 metros, e hoje praticamente intransitável, mesmo a pé.
 
De evidenciar que em paralelo a este percurso se encontra uma pequena [[berma]], construída em granito, com cerca de 50 cm de largura, hoje totalmente invisível pois está escondida pela vegetação, onde circulavam unicamente pessoas a pé pois a estrada em determinados pontos possuía uma enorme quantidade de água proveniente do ribeiro, actualmente paralelo no inicio deste troço, que a transformava num autêntico rego gigante onde só circulavam os animais puxando os seus enormes carros carregados.
 
Mais à frente, num terreno bem mais enxuto, reúne-se com o percurso alternativo de Inverno e sai disfarçadamente da freguesia pelo meio de um pequeno pinhal, passando pela [[Capela de Nossa Senhora da Lapa]] edificada em [[1669]], hoje mudada de sítio.
 
E entra assim a velha estrada na freguesia vizinha de [[Aguiar]] passando por uma pequena ponta de [[Quintiães]], pois esta não confronta com Aborim. Em Aguiar passa na conhecida [[Ponte das Tábuas]], uma autêntica obra de engenharia. Conforme o nome indica teria sido primitivamente de madeira, mas outras opiniões divergem dizendo-nos que o nome era derivado de ai existir uma planta aquática chamada Tábua. É uma ponte de tabuleiro em cavalete assente em dois arcos ligeiramente apontados, em cantaria, com pegões e um talha-mar de forma triangular a montante, reforçado a jusante com talhante quadrangular. Na margem esquerda possui um pequeno vão, rectangular, que facilita a passagem da água na época das cheias, sendo o pavimento composto por lajes de granito, levemente aparelhadas, muito desgastadas e sem guardas. Na margem direita, do lado jusante, há duas pedras do pavimento com cruzes gravadas.
 
Logo depois de passar a ponte deriva um curto ramal que segue em direcção a [[Carvoeiro]] e que passa a [[Ponte da Quinta da Mata]] sobre o rio Fraga para [[Barroselas]], já semidestruida pela retirada das lajes que a cobriam mas aonde se pode observar a verdadeira arquitectura [[estilo Romano]]. Este pequeno ramal dava ligação ao Caminho do Norte, e muito próximo desta ponte existe uma outra sobre o rio Neiva que faz a ligação entre Barroselas e [[Durrães]] construída num estilo completamente diferente.
 
Da ponte das Tábuas a estrada seguia direccionada a [[Balugães]], passando em seguida na Faixa, com a direcção à [[Ponte Romana de Ponte de Lima]] seguindo depois para Valença.
 
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