Martim Correia de Sá: diferenças entre revisões

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'''Martim Correia de Sá''' ([[1575]] — [[1631]] no Rio de Janeiro, sendo sepultado na antiga Igreja do Carmo). Segundo o «Diccionario Geographico do Brazil» de Caetano Lopez de Moura, teria morrido aos 101 anos.
 
==== Origem e juventude== ==
Era filho de [[Salvador Correia de Sá]] nascido em 1540, dito posteriormente ''o Velho'', primeiro capitão-mor do Rio de Janeiro, e de Vitória da Costa, nascida circa 1545: era [[fidalgo]] da Casa Real, comendador da Ordem de Cristo ([[1602]]). Outros historiadores o fazem filho da terceira esposa, D. Inês de Sousa. Dedicou-se à política, sendo governador do Rio em dois períodos: [[1602]] a [[1608]] e [[1623]] a [[1632]]. Seu primogênito foi [[Salvador Correia de Sá e Benevides]], que iniciaria a dinastia dos Viscondes de Asseca.
 
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Martim Correia de Sá foi Capitão-mor de São Vicente entre [[1620]] e [[1622]].
 
==== Governo do Rio de Janeiro== ==
Foi o primeiro filho do Rio de Janeiro a assumir o Governo da cidade, e por duas vezes. Foi administrador enérgico e capaz, e esforçou-se pelo progresso da cidade. Já se distinguira por serviços prestados no Brasil, onde o pai lhe confiara vários encargos de responsabilidade, e na Europa, onde se casara com D. Maria de Mendoza y Benavides.
 
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Foi nomeado governador do Rio pela segunda vez em [[1618]], exercendo o governo até morrer em [[10 de agosto]] de [[1632]],tendo jurisdição sobre a antiga capitania de São Vicente e sobre as terras que se fossem descobrindo. De [[1620]] a [[1623]] governou interinamente o Rio de Janeiro Francisco Fajardo.
 
==== Segundo período como governador do Rio de Janeiro ====
 
O novo e longo período de seu segundo governo, iniciado em 11 de junho de [[1623]], distinguiu-se por uma série de iniciativas. Foi projetada a construção da nova Casa da Câmara e Cadeia, na Várzea. Fez-se a primeira tentativa para captação e canalização das águas do rio [[Carioca]] para abastecimento da cidade. Foi reconstruído o Forte de Nossa Senhora da Guia da Barra, atual [[Fortaleza de Santa Cruz]], à entrada da barra. No lugar do antigo Fortim de Santa Cruz, obsoleto, foi erguida a primitiva Igreja de Santa Cruz dos Militares. Criou as povoações de [[São Pedro da Aldeia]], junto a [[Cabo Frio]], e a de [[Angra dos Reis]], em frente à [[Ilha Grande]]. Concedeu sesmarias nas terras dos Campos dos Goitacazes, iniciando o povoamento da antiga Capitania de [[São Tomé]]. Tão profícua sua administração que, em [[1626]], findo o prazo para o qual fora nomeado, foi reconduzido ao cargo por período indefinido, mantendo-se no governo da cidade até sua morte.
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Martim de Sá serviu ao Brasil, por mais de 50 anos, na obra de colonização do Rio de Janeiro, sendo substituído por [[Duarte Correia Vasqueanes]], seu meio-tio, que governou apenas [[1632]] e em [[1633]] e foi substituído por [[Rodrigo de Miranda Henriques]] de [[1633]] a [[1637]].
 
==== Casamento e descendência== ==
Casou com D. Maria de Mendoza Benavides, espanhola, filha de D. Manuel de Benavides (alcaide-mor e castelão da [[Fortaleza de Santa Catarina]] da Ilha de [[Cadiz]], mestre de campo de todas as milicias da [[Andaluzia]] e Reino de [[Jaén]], governador da cidade de Cadiz) e de Cecilia Bourman (filha de Hugo Bourman, Conde de Leigh, e prima-irmã de Joana Dormer, mulher de Dom Gomes de Figueiroa, 1° [[duque de Feria]]).