Catch-22: diferenças entre revisões

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Devido a seu uso específico no livro, a frase "Catch-22" passou a ter um significado [[idioma|idiomático]] para uma situação sem saída, uma armadilha. No livro, "Catch-22" é uma lei [[militar]], a [[lógica]] auto-contraditória circular que, por exemplo, previne que alguém tente fugir das missões de combate. Nas próprias palavras de Heller:
 
{{quote1|Só havia um ardil e este era o Ardil 22, que dizia que a preocupação com a própria segurança, em face de perigos reais e imediatos, era o processo de uma mente racional. Orr estava doido e podia ter baixa. Tudo o que ele tinha a fazer era pedir. Mas, assim que pedisse, não estaria mais doido e teria que voar em novas missões. Orr seria doido se voasse em novas missões e são se não o fizesse. Mas se estivesse são, teria que voar novamente em missões de combate. Se voasse, então estaria doido e não teria que fazê-lo. Mas, se ele não quisesse fazê-lo, então estaria são e teria que fazê-lo.}}
 
Grande parte da prosa de Heller em ''Catch-22'' é circular e repetitiva, exemplificando em sua forma a estrutura do livro. Heller usa de [[paradoxo]]s, por exemplo: "''O texano mostrou-se afável, generoso e simpático. Em três dias, ninguém mais conseguia suportá-lo''". Ou ainda, "''O caso contra Clevinger foi aberto e encerrado. A única coisa que faltava era algo com que acusá-lo''". Essa atmosfera de aparente irracionalidade lógica prevalece durante todo o livro.