Afonso de Portugal (1509–1540): diferenças entre revisões

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{{minidesambig|outro significado de '''Afonso de Portugal'''|Afonso de Portugal}}
{{Casa de Avis-Beja - Descendência}}
O '''Cardeal-Infante D. Afonso de Portugal''' ou '''D. Afonso de Avis e Trastâmara''' ([[Évora]], [[23 de Abril]] de [[1509]] – [[Lisboa]], [[21 de Abril]] de [[1540]]) foi o sexto filho do rei [[Manuel I de Portugal]] e de sua segunda esposa [[Maria de Aragão]], sendo o quarto filho varão do casal (após o [[João III de Portugal|príncipe D. João (futuro D. João III)]], o infante [[Luís, Duque de Beja]], e o infante [[Fernando, Duque da Guarda]]; por esse motivo, foi desde cedo destinado por seu pai para a vida religiosa, tendo sido cumulado de benefícios eclesiásticos, tendo sido sucessivamente feito (mesmo não tendo ainda a idade legal para o exercício dessas dignidades) [[bispo da Guarda]], [[cardeal-infante]], [[bispo de Viseu]], [[bispo de Évora]] e, enfimpor fim, [[arcebispo de Lisboa]].
 
Educado na corte portuguesa, estudou [[letras|humanidades]], [[Língua grega|grego]] e [[latim]] sob a direcção dos mestres [[Aires de Figueiredo Barbosa]] e [[André de Resende]].
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D. Manuel conseguiu também elevá-lo a [[bispo da Guarda]], com apenas sete anos de idade, em [[9 de Setembro]] de [[1516]]; obteve dispensa papal para o exercício do cargo por não ter atingido ainda a idade canónica para a prelatura. Embora não desempenhasse qualquer acção pastoral, recebia as rendas do respectivo bispado.
 
Na sequência da grandiosa embaixada liderada por [[Tristão da Cunha]] que em [[1514]] D. Manuel enviou ao [[Papa Leão X]], e que muito impressionada deixou a Cúria Romana, o rei português voltou a propor o filho para o cardinalato. O Papa viria enfim a aceder ao pedido do monarca português, tendo-o criado [[cardeal]] no quinto [[consistório]] do seu pontificado, em [[1 de Julho]] de [[1517]] (o qual foi o maior consistório da história da [[Igreja Católica]] até então, tendo sido criados 31 cardeais, recorde somente superado pelo consistório convocado pelo [[Papa Pio XII]] em [[18 de Fevereiro]] de [[1946]] ter feito 32 cardeais), com o título de [[cardeal-diácono]] de [[Santa Lúcia]] ''in septisolio''; no entanto, o título foi-lhe concedido apenas sob condição de não lhe ser entregue o [[barrete cardinalício]] até o jovem infante atingir os dezoito anos de idade; não obstante, em Portugal, foi sempre tratado e reverenciado como cardeal, mesmo antes de o título ter sido oficializado.
 
Entretanto, foi designado pelo monarca como [[abade]] de [[Alcobaça (Portugal)|Alcobaça]], e [[abade comendatário]] do [[Mosteiro de Santa Cruz|Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra]] e do [[Convento de São João de Tarouca]].
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Em [[23 de Fevereiro]] de [[1519]], renunciou ao episcopado da Guarda, sendo no mesmo dia transferido para a [[diocese de Viseu]], de novo com dispensa por não ter ainda atingido a idade canónica. Em [[20 de Fevereiro]] de [[1523]], com apenas catorze anos, por morte do arcebispo [[Martinho da Costa|D. Martinho da Costa]], foi promovido a [[arcebispo de Lisboa]] pelo [[Papa Adriano VI]], a súplicas de [[João III de Portugal]], seu irmão; de igual modo, foi-lhe oferecido o governo do [[bispado de Évora]] (em ''sede vacante'' desde o ano transacto), acumulando as duas sés até à sua morte. Uma vez mais, foi-lhe conferida dispensa especial por não dispor ainda da idade canónica para presidir a uma diocese.
 
Designou como seu vigário na arquidiocese lisboeta o deão da Sé, Fernão Gonçalves, que conduziu os assuntos pastorais durante a sua menoridade. Fixou a sua residência habitual na cidade que o vira nascer – [[Évora]] – tal como depois o irmão mais novo, também devotado à carreira eclesiástica – o Cardeal[[cardeal-Infanteinfante]] [[Henrique de Portugal|D. Henrique]] – viria a fazer.
 
Em [[6 de Julho]] de [[1525]], contando apenas dezasseis anos, recebeu enfim, em [[Almeirim (Portugal)|Almeirim]], o barrete cardinalício, e dez anos mais tarde, a [[6 de Julho]] de [[1535]], o [[pálio]], fazendo-se enfim sagrar [[arcebispo de Lisboa]].