Arthur Seyss-Inquart: diferenças entre revisões

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{{Info biografia/Biografia
|bgcolour =silver
|nome =Arthur Seyss-Inquart
|imagem =Inquart_crop.jpg
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|nacionalidade =[[austríaco]]
|data_morte ={{morte e idade|16|10|1946|22|7|1892}}
| local_morte =[[Nuremberg]]
|patente =[[Patentes da SS|SS-Gruppenführer]]
|cargo =* Ministro-sem-Pasta <br />do [[II Reich]] <br />* [[Chanceler]] da [[Áustria]]<br />* [[Gauleiter]] da [[Holanda]]
}}
'''Arthur Seyss-Inquart''' ({{lang-de|'''Arthur Seyß-Inquart'''}}, nascido '''Arthur Zajtich''')<ref>[{{Citar web |url=http://books.google.com/books?id=SLuPAAAAMAAJ&q=Zajtich&dq=Zajtich&hl=pt-BR&pgis=1 ''|título=Nuremberg: Infamy on Trial''] de Joseph E. Persico (Viking, 1994, pag. 214, ISBN 0-670-84276-1 , ISBN 978-0-670-84276-6) |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> ([[Stonařov]] , [[22 de julho]] de [[1892]] – [[Nuremberg]], [[16 de outubro]] de [[1946]]) foi um [[advogado]] e líder [[nazista]], um dos articuladores da anexação da [[Áustria]] pela [[Alemanha]] nazista em [[1938]] ([[Anschluss]]) e [[Gauleiter]] da [[Holanda]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Foi preso, julgado, condenado e executado por [[crimes contra a humanidade]] pelo [[Julgamento de Nuremberg|Tribunal de Nuremberg]].
 
Seyss-Inquart nasceu na [[Morávia]], então parte do [[Império Austro-Húngaro]], filho de um diretor de [[escola]] que emigrou com a família para a Áustria em [[1907]], quando mudaram seu nome [[eslavo]] Zajtich para 'Seyss-Inquart'.
 
Em [[Viena]] ele estudou [[Direito]] e no começo da [[Primeira Guerra Mundial]] se alistou no [[exército]] austríaco, servindo na [[Rússia]], na [[Romênia]] e na [[Itália]], onde foi condecorado diversas vezes por bravura. Após a guerra, prosseguiu com sua carreira de advogado, onde obteve bastante prestígio e em [[1933]] foi convidado a fazer parte do [[gabinete]] do [[chanceler]] [[Engelbert Dollfuss]]. Depois do assassinato de Dollfuss em [[1934]], ele se tornou conselheiro de estado sob a presidência de [[Kurt Schuschnigg]]. Simpático às idéias do [[nacional-socialismo]] de Hitler que grassavam na [[Europa]], filiou-se ao [[Partido Nazista]] em [[13 de março]] de [[1938]]<ref name=Judseyss>[{{Citar web |url=http://www.yale.edu/lawweb/avalon/imt/proc/judseyss.htm] |título=Título ainda não informado (favor adicionar) |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}''Seyss-Inquart - Nuremberg Trial''.</ref> e poucos meses depois tornou-se o líder do nazismo austríaco.
 
== [[Chanceler]] ==
Seyss-Inquart foi feito chanceler da Áustria em 1938 por imposição de Hitler, que ameaçava invadir o [[país]] em caso de negativa do novo presidente [[Wilhelm Miklas]]. No dia seguinte a esta nomeação, as tropas da [[Wehrmacht]] cruzaram a [[fronteira]] e entraram na Áustria (Anschluss), por “convite”"convite" de Seyss-Inquart, arranjado por um [[telegrama]] de última hora quando tropas já tinham cruzado a fronteira, de maneira a justificar o ato perante a [[comunidade]] [[internacional]].
 
Antes de sua triunfal entrada em Viena, Hitler pretendia apenas deixar a Áustria como um [[Estado]] independente com um governo leal ao nazismo, mas a recepção estrondosa que teve do povo nas ruas o fez mudar de idéia e ele anexou o país à Alemanha como província de [[Ostmark]], sob o comando de Arthur Seyss-Inquart, (''ver [[Anschluss]]'') que também recebeu o posto honorário de [[Patentes da SS|SS-Gruppenführer]] e em [[maio]] de [[1939]] foi empossado como Ministro-sem-Pasta no governo alemão.
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== Guerra ==
[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 121-1976, Arthur Seyß-Inquart.jpg|thumb|right|160px|Seyss-Inquart em [[Haia]], (1940)]]
Após uma rápida passagem pelo governo nazista de ocupação da [[Polônia]] como chefe-administrativo sob o comando de [[Hans Frank]], ele foi enviado para a [[Holanda]] ocupada em maio de [[1940]], para dirigir a [[administração]] civil, criar uma colaboração econômica com a Alemanha e defender os interesses do [[Reich]].
 
Como [[Gauleiter]] do pais, ele apoiou o partido nazista holandês e baniu a existência de todos os outros, prendeu antigos integrantes do governo, permitiu que fosse criada uma [[polícia]] [[paramilitar]] pró-nazista, introduziu medidas de combate ao “terror”"terror" da resistência, sendo pessoalmente responsável pela execução de mais de oitocentas pessoas e pelo massacre de 106 civis holandeses em represália ao atentado contra o líder [[SS]] Hanns Albin Rauter. Criou dois pequenos [[campos de concentração]] e campos de “trabalho"trabalho voluntário”voluntário", onde durante seu governo 530.000 civis holandeses trabalharam para os alemães, sendo que 250 mil destes foram enviados para [[fábrica]]s na Alemanha durante a guerra.
 
[[Anti-semita]], Seyss-Inquart adotou rapidamente medidas contra os [[judeu]]s após sua chegada ao país, removendo-os do [[governo]], da [[imprensa]] e da [[indústria]] local. Em [[1941]] intensificou essas medidas, obrigando o registro de 140 mil judeus e criando um gueto em [[Amsterdam]]; em seguida, enviou seiscentos judeus para [[Buchenwald]] e [[Mauthausen]] e nos anos seguintes para [[Auschwitz]]. Com a aproximação das forças aliadas em [[1945]], os restantes nos guetos foram mandados para [[Theresienstadt]]; dos 140 mil judeus registrados, apenas 44 mil sobreviveram à guerra.
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== Prisão e execução ==
[[Ficheiro:Arthur Seyss-Inquart Nürnberg.jpg|thumb|left|170px|Seyss-Inquart em Nuremberg.]]
Após o suicídio de Hitler, ele foi nomeado em testamento como [[Ministro das Relações Exteriores]] em substituição a [[Joachim von Ribbentrop]], no governo do [[Grande Almirante]] [[Karl Doenitz]], que durou apenas 23 dias.
 
Preso em [[8 de maio]] de 1945 em [[Hamburgo]] pelos [[Aliados]], foi um dos réus do [[Julgamento de Nuremberg]], acusado de crimes contra a paz, [[crimes de guerra]] e [[crimes contra a humanidade]]. Ao ouvir sua sentença de morte, deixou claro que aceitava sua parte na responsabilidade pelos crimes nazistas durante a guerra, declarando:
''“Morte"Morte na [[forca]]... bem, em virtude toda a situação, nunca esperei nada diferente. Está bem”bem".''<ref>G. M. Gilbert, ''Nuremberg Diary'' (1947), Farrar Straus, pag. 433.</ref>
 
Foi enforcado em 16 de outubro de 1946 junto com mais nove condenados e suas últimas palavras no patíbulo foram: ''“Espero"Espero que essa execução seja o último ato da tragédia da Segunda Guerra Mundial e a lição extraída dela seja a de que a paz e o entendimento devam existir entre as pessoas. Eu acredito na Alemanha”Alemanha".''
 
== Curiosidades ==
{{Trivia|sociedade=sim|data=dezembro de 2009}}
{{curiosidades}}
* Foi para evitar seu envio aos [[gueto]]s criados por Seyss-Inquart que a família de [[Anne Frank]] escondeu-se por quatro anos em um sótão da cidade de Amsterdam. Descoberta em [[1944]], foram todos enviados para campos na Alemanha e apenas o pai de Anne sobreviveu à guerra.
 
* O personagem nazista 'Herr Zeller', que obriga a [[Família von Trapp]] a fugir da Áustria pelos [[Alpes]] no célebre filme [[The Sound of Music|A Noviça Rebelde / Música no Coração]] , é baseado nele.
 
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== {{Ligações externas}} ==
* {{linkLink|en|2=http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=en&ModuleId=10007127#RelatedArticles |3=United States Holocaust Memorial Museum}}
 
{{Julgamentos de Nuremberg}}
 
{{Portal3|Alemanha|Áustria|Sociedade|Política}}
 
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