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A ideia de criar um canal europeu de notícias surgiu em 1991, quando a cobertura exclusiva da [[Guerra do Golfo]] pelo canal estadunidense de notícias [[CNN]] pus de manifesto a hegemonia desse país e o atraso europeu no domínio da informação televisiva internacional. Para evitar essa situação e propor uma perspetiva europeia sobre a atualidade internacional, constituiu-se em [[1992]] o [[consórcio]] [[SECEMIE]] (''Societé Éditrice de La Chaîne Européene Multilingue d’Information Euronews'') como iniciativa da [[União Europeia de Rádiodifusão]], que visava assim fortalecer as televisões estatais como serviço público e dar suporte à construção de uma identidade europeia. O consórcio reuniu doze canais nacionais de Europa e Norte de África: a [[Rádio e Televisão de Portugal|RTP]] de [[Portugal]], a [[Televisão Espanhola|RTVE]] da [[Espanha]], a [[France Télévisions]] da [[França]], a [[RAI]] da [[Itália]], a [[RTBF]] de [[Bélgica]], a TMC de [[Mónaco]], a [[YLE]] de [[Finlândia]], a [[ERT]] da [[Grécia]], a [[Corporação Cipriota de Rádiodifusão|CyBR]] de [[Chipre]] e a RTU de [[Egito]]. O consórcio estabeleceu a sua sé em [[Lyon]] (França) e o [[1 de janeiro]] de [[1993]] começou a emissão do canal EuroNews através da operadora [[SOCEMIE]] (''Societé Opératrice de La Chaîne Européene Multilingue d’Information Euronews''), criada como contra-parte da [[SECEMIE]].
 
Em 1995, a [[SECEMIE]] abriu-se à participação privada. O primeiro sócio privado foi [[Alcatel]]-[[Alstom]], que comprou 49% da participação através da sua filial [[Générale Occidentale]]. Em 28 de Novembro de 1997, a sociedade britânica [[ITN]] adquiriu os valores de Alcatel-Alstom em EuroNews como manobra para aprimorar a sua presença internacional e poder competir com o canal [[BBC World News]]. Começa nessa altura um processo de modernização do canal, mas em 2003, ITN expressa a sua vontade de vender a sua participação, que é adquirida novamente por [[SECEMIE]] em 24 de abril de 2003. O resultado final é a editora SECEMIE a controlar a totalidade das participações da operadora SOCEMIE, o qual permite volver comandar plenamente uma nova etapa que reforça o caráter de serviço público. Nesse momento tinham-se já unido também à SECEMIE os canais [RTR Planeta|RTR]] da [[Rússia]], a CT da [[República Checa]], a [[Radiotelevizija Slovenija|RTVSLO]] de [[Eslovénia]], a PBS de [[Malta]], a [[Natsionalna Telejompaniya Ukrayiny|NTU]] da [[Ucrânia]], a [[SSRG SSR idée suisse|SSR-SRG]] de Suíça, a TVR da [[Roménia]] e a [[TV4 AB]] da [[Suécia]]. O processo de integração de novos capitais públicos continuou até 1999, com a ENTV da [[Argélia]], a [[ERTT]] da Tunísia e a [[RTÉ]] da [[Irlanda]]. Nesse ano, ademais, passou-se da emissão em sinal analógico à emissão digital e começou a ser utilizada a língua portuguesa. Outros idiomas foram acrescentados aos iniciais em 2001 (russo) e 2008 (árabe).
 
Em [[27 de Maio]] de [[2008]], porém, mudanças no marco jurídico da [[Televisão Espanhola|RTVE]] fizeram com que a empresa espanhola decidisse abandonar a sua participação com o objetivo de implementar os canais em espanhol de presença internacional. Em 1 de Junho foi assinado um acordo entre Euronews e a seção de televisão da [[EFE|Agencia EFE]] para fornecer em diante os conteúdos que TVE tinha deixado de subministrar. Ao tempo, a Assembleia Geral de accionistas celebrada em 19 de Dezembro de 2008 aprovou a fusão das sociedades SECEMIE SA (editora) e SOCEMIE SAS (operadora) numa única entidade jurídica de direito francês denominada EuroNews SA.