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A [[alcunha]] de ''Brummer'' significa resmungador, murmurador, o que eles de certo faziam por causa do soldo e das condições de vida; e também devido a falarem um dialeto estranho aos demais imigrantes alemães.
 
=== Antecedentes ===
A [[Dinamarca]] havia apoiado [[Napoleão Bonaparte]], e ao final do conflito teve de ceder a administração do Ducado de Schleswig para a [[Áustria]], e a do Ducado de Holstein para a [[Prússia]].<br />
Em [[1846]] o [[Rei]] Chistian VIII da Dinamarca repudiou o acôrdo; desencadeando a [[Primeira Guerra do Schleswig]] ([[1848]]-[[1851]]). Esse conflito foi usado pela Prússia para unir os pequenos estados germânicos autônomos; contribuindo para a concretização da [[Unificação Alemã|unificação da Alemanha]].
A região de Schleswig-Holstein foi incluída na [[Confederação Germânica]], e suas forças militares desmobilizadas.
 
== Histórico ==
 
O início das ameaças de guerra no [[Rio da Prata]] coincidiram com o fim da Primeira Guerra do Schleswig, que deixou um grande contigente de soldados do exército de [[Schleswig-Holstein]] disponíveis. Em [[6 de setembro]] de [[1850]] o gabinete do [[Marquês de Olinda]] resolveu contratar soldados de [[infantaria]] e [[artilharia]] na [[Alemanha]].
 
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No Brasil foram recebidos com grandes honras, porém os oficiais brummer tinham grandes rivalidades entre si, que foram se aprofundando durante a viagem até a frente de [[batalha]] no [[sul do Brasil]]. Além disso vários dos soldados recrutados eram novatos, promovendo frequentes arruaças. Estes fatores contribuíram para a perda de sua confiança pelos oficiais brasileiros, fazendo com que poucos fossem enviados para o combate. A guerra acabou rapidamente e os Brummer foram desmobilizados.
 
==== Uniformes e armamentos= ===
:O Brummer Frederico Lange<ref>'''História de um "Resmungão" da Legião Alemã de 1851 no Brasil'''; Schleswig-Holstein, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Campanha do Uruguai, e Colônia Dona Francisca (atual Joinville); autor Francisco Lothar Paulo Lange; Curitiba; 1995.</ref> descreve em suas cartas aos familiares, que as tropas militares vieram para o Brasil com os mesmos [[uniforme]]s e [[arma]]mentos usados na [[Europa]]. E pede dinheiro para adquirir roupas civis, pois ainda enverga o fardamento do Corpo de [[Caçador (militar)|Caçadores]] ({{lang-de|Jaëgercorps}}) de Schleswig-Holstein.
 
== Assimilação ==
Apenas quatrocentos e cinquenta aguardaram o término do contrato engajados no [[exército]], enquanto o restante desertou ou faleceu. Os que permaneceram no [[Rio Grande do Sul]], foram atraídos pelos núcleos alemães e pelas novas colônias que se abriram depois de [[1850]], onde receberam terras.
 
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Outros brummer importantes foram o [[Barão Von Kahlden]], além de Wilhelm Von Ter Brüggen e Frederico Hänsel que foram membros da Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul; [[Herrmann Rudolf Wendroth]], [[pintor]] que registrou em [[aquarela]]s a vida da província naqueles tempos; [[Franz Lothar de la Rue]], primeiro diretor da colônia de Teutônia; Carl Otto Brinckmann, jornalista em [[Santa Maria (Rio Grande do Sul)|Santa Maria]]; [[Carlos Jansen]], jornalista em [[Porto Alegre]].
 
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== Notas ==
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== {{Ver também}} ==
* [[Batalha de Monte Caseros]]
 
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