Rio Trancão: diferenças entre revisões

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|foz = [[Rio Tejo|Tejo]], no [[Mar da Palha]]
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O '''Trancão''' (antigamente chamado de '''rio de Sacavém''') é um pequeno [[rio]] [[Portugal|português]] (cerca de 29 km) do [[Distrito de Lisboa]].
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Foi uma via de comunicação preferencial até ao século XIX, por parte das pessoas da zona saloia a norte de Lisboa, tendo ainda sido um importante porto fluvial no contexto portuário do Tejo ao longo da Idade Média, tendo começado a decair gradualmente a partir do século XVI. Estava então pejado de embarcações que transportavam os produtos hortícolas até Lisboa. Foi também através dessas mesmas embarcações que subiram pelo rio as pedras usadas na construção dos torreões do [[Convento de Mafra]], no tempo do rei [[João V de Portugal|D. João V]].
 
Após a [[Restauração]], aventou-se várias vezes a ideia (designadamente nos reinados de [[João IV de Portugal|D. João IV]] e [[Afonso VI de Portugal|D. Afonso VI]], com a [[guerra da Restauração|guerra]] contra [[Espanha]] a decorrer), de ligar o Rio de Sacavém ao [[Oceano Atlântico]], fazendo-o desembocar na [[praia do Baleal]], constituindo este curso de água que ia desde [[Sacavém]] a [[Peniche]] uma linha de defesa natural da [[capital]]; o projecto nunca foi levado avante, e foi-se gradualmente desvanencendo, embora ainda fosse recordado quando, no início do [[século XIX]], se construíram as [[Linhas de Torres Vedras]] para deter os [[Guerra Peninsular|invasores franceses]]. Já antes, em [[1608]], [[Luís Mendes de Vasconcelos]], no ''Sítio de Lisboa'', propunha construir uma vala que ligasse o rio de Sacavém à [[ribeira de Alcântara]], transformando assim Lisboa numa ilha, naturalmente protegida contra invasores.
 
Após o violento Terramoto de [[1755]], que assolou a capital, iniciou-se um lento processo de assoreamento do rio, que tem desde então impedido a sua navegabilidade; até aí, em conjunto com os afluentes, formava um vasto e muito mais largo sistema aquífero, de que a [[ponte de Sacavém|velha ponte]] [[Roma Antiga|romana]] (no segmento da estrada que ligava [[Lisboa]] a [[Braga]]), ainda existente no [[século XVI]] (e desenhada por [[Francisco de Holanda]]), que contava com treze arcos, constituía bem a prova disso mesmo.