Psiquiatria da infância e adolescência: diferenças entre revisões

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Esta subespecialidade é exercida por médicos que se especializam no diagnóstico e, se indicado, tratamento de perturbações do pensamento, humor e/ou comportamento que afectam crianças, adolescentes e suas famílias.
 
== PsiquiatriaA prática da Infância e Adolescênciapedopsiquiatria ==
 
O pedopsiquiatra usa conhecimentos de evidências biológicas, psicológicas e sociais no trabalho com o paciente. Inicialmente, um exame diagnóstico é realizado para avaliar o problema atual, com especial atenção para componentes físicos, genéticos, de desenvolvimento, emocionais, cognitivos, educacionais, familiares, contacto com pares e sociais. Após o diagnóstico, é proposto um plano de tratamento, que muitas vezes envolve uma abordagem integral do indivívuo, psicoterapia de grupo ou individual, medicamentos ou consultas com outros profissionais médicos, da escola, tribunais e agentes sociais. Além disso, o psiquiatra da infância e adolescência está preparado para agir em benefício da criança ou adolescente, como em tribunais e processos.
 
'''Importância '''
 
 
* Segundo estudos epidemiológicos como como o Epidemiologic Cachment Area ''<ref>SHAPIRO, SAM ET ALL .40 year Stirling Country Study 13 –year follow up do Baltimore Epidemiologic Catchment Area (ECA) Study</ref>,'' e o Estudo Multicêntrico Brasileiro ''A<ref>LMEIDA-FILHO, NAOMAR ET ALL. Brittish Journal Of Psychiatry, 1977 , 171, Pg 524-529. Brazilian Multicentric Study of Psychiatric Morbidity</ref>; Metodological Features and Prevalence Estimates)'' encontramos na população brasileira:
 
 
* Transtorno de Conduta: 9% meninos e 2% meninas menores de 18 anos (Kerns, 1995).
 
* 5% de crianças com Retardo Mental
 
* 5% com Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (uma criança em cada sala de aula do Brsail, segundo L.H Rhode)
 
* 4% de Depressão em adolescentes
 
* 4 crianças com autismo em cada 10.000 (Lewis 1995),
 
* 1 criança para 10.000 habitantes com esquizofrenia infantil (BURD, 1987)
 
* 1 a 5% de crianças e adolescentes com Transtorno Bipolar do Humor (Número que vem aumentando, segundo Lee Fu, 2009).
 
* 1,3% das crianças com Síndrome de Down (Trissomia do XXI)
 
 
* O psiquiatra Francisco Baptista Assumpção, que coordena o Departamento de Infância e Adolescência da Associação Brasileira de Psiquiatria, relatou as dificuldades que enfrenta pelo baixo número de profissionais associados ao departamento e até mesmo com atuação especializada na área.
<ref>http://www.abpbrasil.org.br/newsletter/departamentos_abril07/pag_1.html</ref>
 
Segundo ele, isso acontece porque não há uma análise criteriosa da área de atuação nem formação específica para psiquiatria infantil.
 
“Pela ABP, nós não temos nem 200 especialistas. Mesmo considerando o Brasil temos ao todo 300. É muito pouco”, disse o médico paulista.
 
Para avançar nestas questões, ele sugere, além da criação do certificado de área de atuação para psiquiatria infantil, o desenvolvimento e apoio da ABP em cursos de especialização. Outra medida que pode ser efetiva é a criação de cursos de psiquiatria infantil para que pediatras interessados na especialidade possam realizar atendimentos.
'''
Ao citar o documento apresentado no início do encontro, Assumpção disse que quase não existem leitos para psiquiatria infantil no Brasil.'''
 
“Não dá para discutir um '''modelo integral''' sem pensar nisso”, declarou.
 
Ele também falou sobre a escassez de pesquisas científicas em psiquiatria infantil. “Não é uma especialidade de ponta. '''Os recursos são poucos e não há investimentos na área'''. As universidades não se interessam”.
 
* O psiquiatra da infância e adolescência é um médico especialista em Psiquiatria Geral de Adultos, que se aperfeiçoa através de Residência médica no atendimento de crianças e Adolescentes.
 
Estuda e tenta minorar o sofrimento de crianças, adolescentes e de familiares de crianças portadoras de trasntorno mental.
 
* '''Campo da Psiquiatria Infantil
'''
Bibliografia: <ref>Assumpção, Tratado de Psiquiatria da Infância e Adolescência, Atheneu, 2003</ref>
'''
Conhecimento Fundamental ao trabalho Psiquiatra Infanto Juvenil'''
 
Crescimento e Desenvolvimento Fìsico
Desenvolvimento Neurológico
Desenvolvimento Cognitivo
Desenvolvimento Afetivo
Desenvolvimento da Sexualidae e Moral
 
'''Transtornos Mentais'''
 
Deficiência (ou retardo) Mental
Transtornos invasivos do Desenvolvimento (incluindo Autismo, Asperger e Síndrome de Hett)
Transtornos do Desenvolvimento da Linguagem
Transtornos Escolares
Esquizofrenia infantil
Trasntornos do humor (depressão, transtorno bipolar, ciclotimia, mania, hipomania)
Transtornos Ansiosos (Fobias, Transtorno Obsessivo Compulsivo)
Transtornos Mentais Orgânicos
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH, DDA)
Transtornos de Conduta
Transtorno de Stress pós-traumático
Anorexia, Bulimia, Vigorexia e drunkorexia
Obesidade
Tiques, estereotipias e Maneirismos
 
'''Transtornos Somáticos'''
 
Distúrbios do sono
Transtorno dos esfíncteres: enurese e encoprese
Transtornos Somatoformes (Psicossomática)
Aspectos psicológicos das doenças somáticas
AIDS
Câncer
'''
Transtornos Neurológicos'''
 
Epilepsia
Síndrome de Rett
Regresão Intelectual na Criança
 
* '''Atualidades'''
 
Dependência Química (álcool e drogas)
Transtornos da Identidade de Gênero
A criança maltratada e ou abusada
Pedofilia
Suicídio
Transtornos limitrofes da personalidade
Transtorno de Ajustamento
A criança e a Morte
A criança com dor
A criança adotada
Gravidez na Infância e Adolescência
Qualidade de vida na infância e Adolescência
Inclusão da Criança Especial
A criança e o adolescente e os meios de comunicação (internet, msn, redes sociais)
Ética em Psiquiatria Infantil
Psiquiatria de Ligação
A crianças e a deficiência física
 
* '''Tratamentos'''
Psicofármacos (medicamentos)
Psicanálise
Psicodrama
Terapia Cognitivo-Comportamental
Psicoterapia Breve
ECT (Eletroconvulsoterapia em crianças e adolescentes)
Acompanhante Terapêutico
Terapia Familiar
Brinquedoteca Terapêutica
Hospital-DIa em Psiquiatria da Infância e Adolescência
Escola e Aprendizagem.
 
 
* '''Atendimento com o psiquiatra infanto-juvenil'''
 
O
* atendimento psiquiátrico a crianças e adolescentes busca identficar a causa do encaminhamento, descobrir a motivação das '''alterações de comportamento''' e dificuldades psicológicas da criança e determinar fatores familiares, escolares, sociais e ambientais que podem influenciar o bem-estar psíquico da criança e do adolescente.
 
Uma avaliação adequada de uma criança é completada por '''entrevista com os pais,''' a criança e outros membros da famiia, obtenção de informações sobre o funcionamento escolar da criança e, geralmente, uma avaliação da nível de inteligência da criança.
 
Em alguns casos, escalas de avaliação do neurodesenvolvimento e inteligência são úteis.
 
A avaliação psiquiátrica de uma criança raramente é iniciada pela criança, assim os médicos devem obter informações da famía e da escola para entender as razões para a avaliação.
 
Em alguns casos, o juizado de menores ou o conselho tutelar podem pedir a avaliação de uma criança.
 
'''Crianças podem ser excelentes informantes sobre sintomas relacionados ao humor e experiências pessoais, como sintomas psicóticos, tristeza, medos e ansiedade''', mas têm dificuldade com a cronologia dos sintomas e algumas vezes são reticentes em reportar comportamentos que os colocaram em situações complicadas.
 
Crianças muito jovens geralmente não conseguem articular verbalmente suas experiências e o fazem melhor mostrando seus sentimentos e preocupações através de brincadeiras.
 
O
* primeiro passo numa avaliação psiquiátrica de criança ou adolescente é obter uma descrição completa do problema atual, bem como uma história médica e psiquiátrica pregressa.
 
Geralmente isso se faz com pais para escolares, mas adolescentes devem ser avaliados sozinhos, primeiramente, para nos darem sua versão da situação.
 
A entrevista e observação direta da criança é geralmente o próximo passo, seguido de testagem psicológica, quando indicada.
 
A entrevista psiquiátrica oferece o modo mais flexível de entendimento da evolução dos problemas e estabelecimento da lista de fatores ambientise eventos de vida, mas nem sempre cobre as categorias diagnósticas
 
Não raro as '''informações fornecidas por fontes diferentes como pais, professores e conselhos tutelares''' mostrarem respostas contraditórias.
 
Quando isso ocorre, o psiquiatra deve determinar quais aparentes contradições realmente refletem uma figura adequada da criança em diferentes ambientes.
 
Depois de se obter uma história completa dos pais, o exame psiquiátrico da criança é realizado, o funcionamento da criança na escola e em casa é obtido dos pais e o psiquiatra obtém uma '''hipótese diagnóstica''' que o possibilita orientar a família e o cliente.
 
Uma vez que a informação clínica é obtida sobre determinada criança ou adolescente, o psiquiatra tenta classificar a criança em uma ou mais categorias do '''CID 10''' (Classificação Internacional das Doenças)- Décima Edição.
 
Esta versão é adotada na Organização Mundial de Saúde e reflete um consenso de vários psiquiatras sobre transtornos mentais.
'''
Transtorno mental''' é definido com um conjunto de sintomas mentais que provocam prejuízo em uma ou mais áreas de funcionamento: em casa, na escola, na comunidade.
 
Muitas situações clínicas envolvendo crianças e adolescentes não os categorizam como portadores de transtorno mental.
 
'''História da Psiquiatria da Infância'''
 
* Durante o século XIX os transtornos mentais em crianças eram classificados e tratados como doenças neuropediátricas.
 
A Psiquiatria da Infância era diretamente associada ao retardo mental e o controle do comportamento infantil era disciplinador em relação a ordem ao corpo ao tem o e ao sexo.
 
No século XX Sancte de Sactis descreve a "demência precocíssima", conforme conceitos de Krapelin e Heller (esquizofrenia infantil), conforme Ajuriaguerra 1977.
 
* No princípio do século XX, havia tratamento em crianças e adolescentes com brometos, láudano, codeína, malarioterapia, insulinoterapia e eletroconvulsoterapi mesmo em pequena escala.
 
Com a descoberta dos efeitos sedativos da clorpromazina em 1950 e, posteriormente, antipsicóticos e antidepressivos, além de terapias psicodinâmicas passsam a ganhar mais espaço.
 
Há relato e uso de Leucotomia pré-frontal (cirurgia neurológica para retirada de parte do cérebro ) indicada, à época, para redudir a agressividade em determinados quadros (Krinsky, 1949).
 
Com influência da antipsiquiatria nos anos 60 e influências psicanalíticas foram criadas comunidades terapêuticas, como Leo Kanner em Porto Alegre.
 
O autismo passou a ser tratado com antipsicóticos, assim como os transtornos invasivos do desenvolvimento e as esquizofrenias de início na infância.
 
* Quadros depressivos com tricíclicos (imipramina, clomipramina) inicialmente. Depois com inibidores da recaptaçao de serotonina (fluoxetina, sertralina).
 
Os psiquiatras da infancia comecaram a utilizar estabilizadores do Humor como o carbonato de litio, carbamazepina e ácido valproico em pacientes com transtorno bipolar do humor (antiga psicose maníaco depressiva). Além de antipsicóticos também utilizados nestes quadros (haloperidol, risperidona).
 
Desde 1949 já se fazia uso de estimulantes para quadros de hiperatividade, TDAH, e o Metilfenidato é utilizado mais frequentemente no Brasil (e no mundo todo) - Apesar de todos os mitos de que, inclusive, a hiperatividade ou TDAH é uma invensão da indústria farmacêutica.
 
 
 
 
 
'''Bibliografia''':
 
1) <ref>Assumpção & Kuckzynski - Tratado de Psiquiatria da Infância e Adolescência, São Paulo: Atheneu, 2003.</ref>
 
2) <ref>Lewis - Tratado de Psiquiatria da Infância e Adolescência, Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.</ref>
 
3) K<ref>aplan & Sadock - Synopsis of Pshychiatry; tenth edition - Behavioral Sciences/Clinical Pshichiatry, Philadelphia, 2007: Lippincott Willians ed.</ref>
 
4) <ref>Lee Fu I - Transtorno Bipolar na infância e adolescência, São Paulo: Atheneu, 2007.</ref>
 
5) B<ref>irmaher - Crianças e adolescentes com transtorno bipolar; guia referendado e acessível para pais, São Paulo: Artmed, 2009.</ref>
 
6) S<ref>tubbe - Psiquiatria da Infância e Adolescência, Porto Alegre: Artmed 2008</ref>
 
7) A<ref>ssumpção e Kuckzynski - Psicofarmacoterapia na infância e adolescência - Psicofarmacoterapia na infância e Adolescência, São Paulo: Atheneu 2008</ref>
 
8) Site do professor Francisco Baptista Assumpção: <ref>http://psiquiatriainfantil.com.br</ref>
 
9) Psiq Web - Site do Psiquiatra G. Ballone: <ref>http://www.psiqweb.med.br/site/</ref>
 
10) Site do psiquiatra Jorge Paprocki: <ref>http://www.jorgepaprocki.com.br/index.php</ref>
 
11) Psiquiatria on line - Brasil: <ref>http://www.polbr.med.br/index.php</ref>
 
12) Associação Brasileira de Psiquiatria: <ref>http://www.abpbrasil.org.br/</ref>
 
13) Psiquiatria Geral (site do Psiquiatra Paulo Fernando M. Nicolau: <ref>http://www.psiquiatriageral.com.br/</ref>
 
14) Revista Brasileira de Psiquiatria: h<ref>ttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1516-4446&lng=pt&nrm=iso</ref>
 
15) Revista Brasileira de Psiquiatria da ABP h<ref>ttp://www.rbpbrasil.org.br/portal
</ref>
16) Entrevista com o Psiquiatra da Infância dr. Francisco Assumpção <ref>http://emedix.uol.com.br/doe/psi002_1f_psiqinfantil.php</ref>
 
17) Hospital das Clínicas de Porto Alegre: http://www.ufrgs.br/psiq/spsiq001.html
 
18) CIPIA _ Centro Integrado de Psiquiatria da Infância e Adolescência - Rio de Janeiro: <ref>http://www.cipia.org.br/</ref>
 
19) CEPAI _ Centro Psíquico da Adolescência e Infância - Belo Horizonte, Minas Gerais:<ref>http://www.fhemig.mg.gov.br/pt/</ref>atendimento-hospitalar/complexo-de-saude-mental/centro-psiquico-da-adolescencia-e-infancia - Rua Padre Marinho, 150 Bairro Santa Efigênia Município Belo Horizonte CEP 30140-040
 
20) Psiquiatria Infantil da USP: <ref>http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2003/espaco29mar/vaipara.php?materia=0comportamento</ref>
 
== {{Ver também}} ==