Cinema militante: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Wiknick (discussão | contribs)
Wiknick (discussão | contribs)
Linha 9:
<ref name="Kinoks - Révolution"> Os kinoks e a revolução em ''Articles, journaux, projets'', de Dziga Vertov, págs 23–49, Union Générale d’Editions, colecção 10 / 18, Paris, 1972</ref>.
 
O termo torna-se corrente a partir dos finais dos anos cinquenta, em França, com os acontecimentos do [[Maio 68]] : quando o cinema se torna [[proletário]], quando o fabrico de imagens animadas cai nas mãos dos [[operário]]s. A ideia, no que tem de arrojada, alicia notáveis obreiros e leva-os a acesos debates. [[Jean-Luc Godard]], erguendo bem alto o «[[Livro Vermelho]]», é um dos que não hesita. Filma ''La Chinoise'' e avança para o combate com o ''Grupo Dviga Vertov'' (1968 / 1972), de onde sairão filmes como ''British Sounds'', ''Pravda'', ''Vent d'Est'', ''Luttes en Italie'', ''Jusqu'à la Victoire'', ''Vladimir et Rosa'', ''Tout va Bien'' e ''Letter to Jane''. Iluminados pelas ideias novas, jovens críticos e teóricos de cinema relevam a importância do género. Militando com Godard, assumem-se como [[maoísta]]s (''Les Cahiers du Cinema''). [[1970]] será o ano de maior actividade em França dos grupos maoístas, como ''La gauche proletarienne'', ou ''La cause du peuple'',
 
O cinema militante – cujo personagem central é [[operário]] ou [[camponês]] – mostra greves, ocupações de fábricas ou de terras, movimentos renovadores em curso. Serve por vezes apenas para ilustrar um momento histórico importante numa óptica revolucionária. O movimento terá importantes seguidores e vasta expressão em países da América Latina, África, México, E,U.A. França e Portugal a partir do inicio dos anos setenta. Enquanto noutros países o filme político se caracteriza em geral como forma de contestação dos regimes vigentes, em Portugal o género, associado ao movimento do [[Novo Cinema]], diferencia-se pelo facto de ser representado por filmes que sustentam o «[[processo revolucionário em curso]]».