Línguas altaicas: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Altaic family.png|thumb|275px|Distribuição geográfica das línguas altaicas]]
 
A família das '''línguas altaicas''' é uma família linguística ainda mal -atestada, incluindo 60 [[idioma]]s e falada por cerca de 250 milhões de habitantes, concentrados na [[Ásia]] Central. A existência de um idioma proto-altaico que teria originado os demais idiomas está ainda em discussão entre os lingüistaslinguistas. Mesmo os idiomas que pertenceriam a esta família nem sempre são consensuais entre os lingüistaslinguistas. Alguns acreditam que essa família se originou por convergência ([[sprachbund]]), ou seja, idiomas de origem diferentes que se aproximaram por contato mútuo. Outros ainda acreditam que os idiomas altaicos têm origem genética comum a outras super-famílias, como a [[Línguas uralo-altaicas|Uralo-Altaica]] e a [[Línguas indo-européias|Indo-européiaeuropeia]]. O nome provém da cadeia de montanhas de [[Altai]].
 
Na versão mais restrita, são considerados pertencentes à família altaica as [[línguas turcomanas]] (como o [[Língua turca|turco]], o [[Língua cazaque|cazaque]] e o [[Língua azeri|azeri]]), as [[Línguas mongólicas]] (como o [[mongol]]) e as [[línguas tungústicas]], faladas no nordeste da [[China]] e sudeste da [[Rússia]]. Muitos linguistas ainda incluem entre estas o [[Língua coreana|coreano]] e as [[línguas japônicas]] (como o [[japonês]]), como prováveis línguas altaicas altamente divergentes ou como parentes do proto-altaico. Alguns lingüistaslinguistas ainda incluem o [[ainu]], atualmente em processo de desaparecimento.
 
==História da teoria altaica==
 
A '''família altaica''', sob o nome "Tatar", foi postulada em [[1849]] pela primeira vez por Schott como um grupo de idiomas compreendendo os grupos turcomano, mongol e tungústico. Usou o nome "altaico" para o que atualmente se conhece como as Família Uralo-Altaica, que atualmente é contestada pela maioria dos lingüistaslinguistas. Castrés propôs em [[1862]] teorias semelhantes, mas classificando o grupo túrquico junto às [[línguas urálicas]].
 
Em [[1857]], [[Anton Boller]] propôs a inclusão no grupo altaico do coreano e do japonês. Em 1920, G. J. Ramstedt e E. D. Polivanov propuseram mais [[etimologia]]s para o coreano. O grupo de idiomas japônícojapônico está geralmente relacionado com o coreano. Em [[1971]], [[Roy Miller]] propôs uma super-família lingüísticalinguística que teria originado, separadamente, o coreano, o japonês e as línguas altaicas. A proposta foi desenvolvida por outros lingüistaslinguistas como [[Sergei Starostin]].
 
O [[ainu]], falado no norte do [[Japão]], foi também relacionado com as línguas altaicas (Street (1962) e Patrie (1982)), mas as investigações mais recentes apontam uma maior probabilidade de que o Ainu seja uma língua austro-asiática.
 
==Controvérsias==
Os opositores à existência da família altaica (geralmente denominados de "escola anti-altaica") afirmam que a teoria se baseia principalmente em similaridades tipológicas, como a [[harmonia vocálica]], a ausência de gênero gramatical e a morfologia aglutinante, fenômeno também observado nas línguas urálicas (daí a antiga teoria das línguas uralo-altaicas). Starostin chegou a compilar um dicionário de termos cognatos entre os cinco grupos de idiomas, mas alguns lingüistaslinguistas como [[Bernard Comrie]] (1981) afirmam que essas palavras cognatas parecem ser provenientes de empréstimos. Por outro lado, defensores da teoria altaica afirmam que as correlações tipológicas e gramaticais são uma evidência mais forte de parentesco do que palavras cognatas, uma vez que empréstimos entre idiomas podem acontecer muito facilmente.
 
=={{Ligações externas}}==