Paul Breitner: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
SieBot (discussão | contribs)
Linha 29:
O lateral-esquerdo conquistaria a ''[[Bundesliga]]'' na temporada seguinte, solidificando sua posição na Seleção com ainda vinte anos. Um bi viria na posterior, em que participou também da primeira conquista do Bayern na [[Liga dos Campeões da UEFA|Copa dos Campeões da UEFA]], quando pela primeira vez um clube alemão venceu o mais importante torneio interclubes europeu. Após aquela mágica temporada, em que terminaria também campeão da [[Copa do Mundo de 1974]], acabaria deixando o clube e a Seleção.
 
Contratado pelo [[Real Madrid]], Breitner sairia da lateral, passando a jogar no meio-de-campo.<ref name = "placar">"O anti-herói alemão", ''Especial Placar - Os Craques do Século'', novembro de 1999, Editora Abril, pág. 52</ref> Ele continou sua conquista particular seguida nos campeonatoas nacionais, ganhando a [[La Liga|Liga Espanhola]] em 1975 (quando venceu também a [[Copa do Rei]]) e 1976. VoltouBreitner àafirma [[Alemanhaque Ocidental]]a emexperiência 1977,no peloReal pequenofoi [[Eintrachta Braunschweig]], antesmelhor de voltar também ao Bayern, um ano depois. O seu antigo clube não conseguira vencer novamente a ''Bundes'' desde que ele saíra em 1974, e já não contava mais com Beckenbauer e Müller, que estavam no futebolsua [[Estadosvida: Unidos|estadunidense]].
 
{{quote1|O Real Madrid era o único grande clube de futebol do mundo quando fui para lá, em 1974. O Real Madrid era de outro planeta. O Bayern acabou conquistando mais duas Copas Europeias, mas meus três anos na [[Espanha]] foram os mais belos e compensadores da minha vida. Saí da lateral-esquerda e fui para o meio, onde eu não havia mais jogado desde a minha juventude, e formei uma grande dupla com [[Günter Netzer]] <ref name = "fourfourtwo">"No fim do dia... Paul Breitner", Daniel Ruiz, ''FourFourTwo'', número 9, setembro de 2009, Editora Cádiz, pág. 58</ref>}}
 
Voltou à [[Alemanha Ocidental]] em 1977, pelo pequeno [[Eintracht Braunschweig]], antes de voltar também ao Bayern, um ano depois. O seu antigo clube não conseguira vencer novamente a ''Bundes'' desde que ele saíra em 1974, e já não contava mais com Beckenbauer e Müller, que estavam no futebol [[Estados Unidos|estadunidense]].
 
Em sua volta ao Bayern, quebrou o pequeno jejum da equipe, que voltou a vencer o campeonato nacional, seguido de um bi consecutivo - em ambas as temporadas, seria eleito o melhor jogador do país.<ref name = "placar" /> Liderando uma equipe renovada, cujos astros agora eram [[Klaus Augenthaler]], [[Dieter Hoeneß]] (irmão de Uli), [[Wolfgang Dremmler]] e, especialmente, [[Karl-Heinz Rummenigge]]. Por cause deste e de Breitner, o elenco daqueles tempos ficou conhecido como ''Breitnigge''.<ref>"Saci alemão", ''Especial Placar - Os 100 Craques das Copas'', edição 1287-A, junho de 2006, Editora Abril, pág. 65</ref>
 
Breitner conquistou a [[Copa da Alemanha]] em 1982, seu último troféu - semanas depois, teve a oportunidade de conquistar sua quarta Copa dos Campeões, mas o Bayern foi surpreendentemente derrotado pelo [[Aston Villa]] na final. Para Breitner, foi a derrota mais dolorida: ''"Perder a final da Copa Europeia em 1982 ainda dói. O Bayern dominou o Aston Villa. Nós tivemos entre 20 e 25 chances de gol, mas não conseguimos evitar o gol na única chance que eles tiveram"''.<ref name = "fourfourtwo"/> Ele, ainda com 31 anos, aposentou-se ano seguinte, declarando que ''"jogar futebol é um prazer, mas estou cansado das coisas que acontecem fora de campo"''.<ref name = "placar" /> Atualmente, participa de campanhas publicitárias do Bayern e é comentarista da TV.<ref name = "Balípodo>[http://www.gardenal.org/balipodo/2007/06/paul_breitner.html Balípodo.com.br: "Paul Breitner", Ubiratan Leal]</ref>
 
==Seleção==
 
Com um início vitorioso no Bayern, logo chegou à ''Mannschaft'', ganhando a [[Eurocopa 1972]], o primeiro título da Alemanha Ocidental no torneio. Dois anos depois, ganharia em casa também a [[Copa do Mundo de 1974]]. O defensor marcou três vezes: na estreia, no 1 x 0 contra o [[Seleção Chilena de Futebol|Chile]]; na primeira partida da segunda fase de grupos, marcando o primeiro dos 2 x 0 sobre a [[Seleção Iugoslava de Futebol|Iugoslávia]]; e na final, marcando de pênalti o gol que empatava o jogo em 1 x 1 contra os favoritos [[Seleção Neerlandesa de Futebol|Países Baixos]]. Curiosamente, ele afirma que o ato de marcar o gol apagou-se de sua memória, e que temia bem mais a [[Seleção Polonesa de Futebol|Polônia]], com quem os alemães decidiram a vaga na final, do que os neerlandeses.<ref name = "fourfourtwo"/>
 
Breitner chegara ao mundial credenciado pela mágica temporada do Bayern: campeão nacional e o primeiro clube alemão campeão da Copa dos Campeões. Não por acaso, os vermelhos forneceram seis dos onze jogadores que participaram da final da Copa pela ''Natiolalelf'': além dele, de Müller, Beckenbauer e Maier, também [[Uli Hoeneß]] e [[Hans-Georg Schwarzenbeck]]. Entretanto, após o título mundial ele, ainda com 23 anos, afastaria-se da Seleção e do Bayern, chamando o técnico [[Helmut Schön]] de "senil", o auxiliar-técnico [[Jupp Derwall]] de "idiota" e o de seus colegas de "burros".<ref name = "placar" /><ref name = "Balípodo />
 
Por causa disso, só seria novamente chamado em 1981, após o vexame do país no [[Mundialito de futebol de 1980]],<ref name = "placar" /> em que a Alemanha Ocidental, recém-bicampeã da [[Eurocopa 1980|Eurocopa]], terminou a competição com duas derrotas em dois jogos. O pedido foi feito pessoalmente por Derwall, agora técnico. Breitner foi o líder da renovada equipe na [[Copa do Mundo de 1982]] e marcou, na decisão, seu quarto gol em Copas, diminuindo em vão o placar em 1 x 3 para a [[Seleção Italiana de Futebol|Itália]]. Ainda assim, o gol o colocou no seleto grupo de jogadores que marcaram em duas finais de Copa: antes dele, apenas [[Edvaldo Izídio Neto|Vavá]] e [[Pelé]] possuíam a marca; os três receberiam a companhia de [[Zinédine Zidane]] em 2006. Breitner declararia que estava consciente de que os alemães não tinham a menor chance contra a Itália na final; ''"sou realista - não vivo de sonhos - e sabia disso com certeza, assim como sabiam o técnico e os outros jogadores"''.<ref name = "fourfourtwo"/>
 
Aposentou-se no ano seguinte, mas não fugiu das polêmicas; ele, que provocara mais uma na Copa por ter raspado sua caracterísitca barba para fazer um comercial de cosméticos, abalando a imagem de [[socialista]] declarado que tinha (fazia inclusive ocasionalmente críticas da situação política e social da [[Alemanha Ocidental]]),<ref name = "Balípodo /> não mediu consequências em outra: acusado em livro do goleiro [[Harald Schumacher]] de "se embriagar como um [[cossaco]]", Breitner respondeu não se defendendo, mas confirmando outra acusção de seu ex-colega de Seleção - a de que havia ''[[dopping]]'' na própria Seleção e nos clubes alemães.<ref name = "placar" /> Sobre o episódio da barba, ele diz que foi equivocadamente rotulado de [[maoísmo|maoísta]] após, em conversa com jornalista sobre [[comunismo]], [[União Soviética]], [[China]] e [[França]], mencionar que tinha um livro de [[Mao Zedong]].<ref name = "fourfourtwo"/> ''"Quando as atrocidades tornaram-se conhecidas, eu não tive do que me arrepender porque nunca me declarei maoísta"'', disse.<ref name = "fourfourtwo"/>
 
Em [[1998]], após a [[Copa do Mundo de 1998|Copa do Mundo da França]], chegou a aceitar convite para substituir seu ex-colega [[Berti Vogts]] como técnico da Alemanha. Porém, mudouo depresidente ideiada Federação não conseguiu que Breitner fosse aceito no conselho, acarretando na demissão do ex-jogador 17dezessete horas depois,<ref name = "fourfourtwo"/>sendo o técnico que menos tempo ficou no cargo - muitas vezes nem sendo desconsiderado como.<ref name = "Balípodo /> Sobre o ocorrido, ele declarou que talvez ''"seja sincero demais para ser técnico da seleção"''.<ref name = "fourfourtwo"/>
 
== Títulos ==