Grupo do Leão: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Columbano Bordalo Pinheiro 004.jpg|thumb|350px|"O Grupo do Leão", 1885, óleo sobre tela de [[Columbano Bordalo Pinheiro]], 200x380cm, [[Museu do Chiado]], Lisboa]]
 
O '''Grupo do Leão''' foi uma [[tertúlia]] de artistas [[Portugal|portugueses]] que se reuniamreunia na Cervejaria Leão de Ouro, em [[Lisboa]], entre 1881- e 1889. O grupo contava com artistas que se viriam a destacar no naturalismo português como [[Silva Porto]], [[José Malhoa]] e os irmãos [[Rafael Bordalo Pinheiro|Rafael]] e [[Columbano Bordalo Pinheiro]], foisendo responsável pela divulgação e pelo sucesso da pintura do [[Naturalismo em Portugal]]. OEm 1885 o "Grupo do Leão" foi imortalizado num óleo sobre tela com o mesmo nome, da autoria do [[pintor]] [[Portugal|português]] [[Columbano Bordalo Pinheiro]].<ref>Jane Shoaf Turner, "The Dictionary of Art"</ref> Pintado em [[1885]], mede 200&nbsp;cm de altura e 380&nbsp;cm de largura.
 
== História ==
O Grupo do Leão era constituído por artistas que se reuniam na Cervejaria Leão de Ouro em [[Lisboa]], dinamizados pelo pintor [[Silva Porto]], então regressado de Paris e professor na [[Escola de Belas Artes de Lisboa]]. Reunindo amigos, admiradores e discípulos, foi responsável pela organização de várias exposições, que contribuiram para o enorme sucesso da pintura do [[Naturalismo em Portugal]].
 
As oito exposições efectuadas foram marcantes e muito visitadas, tendo inclusive o rei [[D. Fernando II]] adquirido obras do grupo, o que era garantia de êxito. A ruptura com o panorama artístico vigente era evidente. Executavam-se pequenas telas com temas do quotidiano, dando particular atenção à vida nos campos, em cenas repletas de luz e com grande liberdade de representação. O grupo tornatornou-se uma espécie de "vanguarda", considerando-se moderno, como ficou bem claro no nome [[Exposições de Quadros Modernos|"Exposição de Quadros Modernos"]] numaatribuído a uma das primeiras mostras realizadas. Curiosamente na época viam-se como [[Realismo|realistas]], mas o [[Portugal]] pacato, de brandos costumes, sem a industrialização francesa só poderia estar na origem de obras naturalista[[Naturalismo em Portugal|naturalistas]]. Em 1885 os membros do grupo propuseram-se decorar a cervejaria, porque ia entrar em obras, com o apoio do proprietário, executando pinturas naturalistas propositadamente para o local, contribuindo para a popularização do novo estilo e do estabelecimento. A actividade do grupo mantémmanteve-se regular até 1888, ano da realização da última exposição.<ref>Bartholomeu Sesinando Ribeiro Arthur, "Arte e Artistas Contemporâneos", p.25</ref>
 
=== O Grupo do Leão retratado por Columbano Bordalo Pinheiro ===
'''Grupo do Leão''' foi imortalizado por um conhecido óleo sobre tela da autoria do [[pintor]] [[Portugal|português]] [[Columbano Bordalo Pinheiro]], hojemembro pertencenteda ao [[Museu do Chiado]] de [[Lisboa]]tertúlia. Pintado em [[1885]], mede 200&nbsp;cm de altura e 380&nbsp;cm de largura e pertence actualmente à colecção do [[Museu do Chiado]] de [[Lisboa]]. Aí estão retratados:
 
* Sentados, da esquerda para a direita: [[Henrique Pinto]], [[José Malhoa]], [[João Vaz]], [[Silva Porto]], [[Ramalho Junior|António Ramalho]], [[Moura Girão]], [[Rafael Bordalo Pinheiro]] e [[J. Rodrigues Vieira|Rodriges Vieira]];
* De pé, da esquerda para a direita: [[João Ribeiro Cristino da Silva|Ribeiro Cristino]], [[Alberto d'Oliveira (editor)|Alberto d'Oliveira]], o empregado de mesa Manuel Fidalgo, [[Columbano Bordalo Pinheiro]], outro criado (Dias) ou o dono da Cervejaria, António Monteiro<ref>Rui Mário Gonçalves, no artigo indicado, identifica o personagem entre Columbano e Cipriano Martins, como "o dono da Cervejaria, António Monteiro". Ribeiro Cristino, um dos protagonistas, na op. cit., afirma ser "Dias, um outro creado". Esta, a seguida no presente artigo. "Todavia, se nos "Azulejos Fingidos" de Rafael Bordalo não há dúvidas em serem dois "moços da cervejaria" (M. Fidalgo e Dias) os representados, já no quadro de Columbano o personagem referido não aparenta 'ar de criado'... Será Monteiro? ou Leandro Braga, Artista entalhador e amigo do Grupo, que na mesma altura talha o "Leão Rampante" para a decoração da nova cervejaria, de quem fotos recentemente conhecidas parecem mostrar similitude?"</ref> e [[Cipriano Martins]].
 
== Notas ==
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* Artigo de A. de Barros Queirós (1951) "A História da SNBA de 1860 a 1951" [http://www.snba.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=53&Itemid=87]
* Gravura publicada in "O Contemporaneo", com as fotos dos participantes na "4ª Exposição de Quadros Modernos" (1884)[http://purl.pt/93/1/iconografia/imagens/pp16913v_1885_n147_1/pp16913v_1885_n147.html]
* Excelente artigoArtigo de Rui Mário Gonçalves sobre o quadro "O Grupo do Leão" [http://www.e-cultura.pt/DestaqueCulturalDisplay.aspx?ID=593].
 
== Nota ==
Rui Mário Gonçalves, no artigo indicado, identifica o personagem entre Columbano e Cipriano Martins, como "o dono da Cervejaria, António Monteiro". Ribeiro Cristino, um dos protagonistas, na op. cit., afirma ser "Dias, um outro creado". Esta, a seguida no presente artigo.
 
Todavia, se nos "Azulejos Fingidos" de Rafael Bordalo não há dúvidas em serem dois "moços da cervejaria" (M. Fidalgo e Dias) os representados, já no quadro de Columbano o personagem referido não aparenta 'ar de criado'... Será Monteiro? ou Leandro Braga, Artista entalhador e amigo do Grupo, que na mesma altura talha o "Leão Rampante" para a decoração da nova cervejaria, de quem fotos recentemente conhecidas parecem mostrar similitude?
 
== {{Ver também}} ==
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* [[Pintura de Portugal]]
 
{{Esboço-pinturapt}}
 
{{DEFAULTSORT:Grupo Leao}}