Sima Qian: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Sima Qian.png|thumb|180px|Representação of Sima Qian.]]
Em 99 a. C. Sima Qian se envolveu na Questão Li Ling: [[Li Ling (Dinastia Han)|Li Ling]] e Li Guangli (李广利), dois policiais militares que lideraram uma campanha contra o [[Xiongnu]] no norte, foram derrotados e levados cativos. O imperador Han Wudi atribuiu a derrota a Li Ling e todos os funcionários do governo condenaramu Li Ling pela derrota. Sima foi a única pessoa a defender o general<ref name="encyclopedia.com" /> Li Ling, que nunca tinha sido seu amigo, mas a quem ele respeitava. O imperador Han Wudi interpretou a defesa da Sima Li Ling como um ataque a seu cunhado, que também lutou contra a Xiongnu sem muito sucesso, e condenou Sima à morte. Naquele tempo, a execução poderia ser [[comutação de pena|comutada]] ou por dinheiro ou por [[castração]]. Visto que Sima não possuía dinheiro suficiente para expiar seu "crime", ele escolheu a segunda alternativa e foi então levado preso, onde passou três anos. Sima descreveu a dor assim: "Quando você vê o carcereiro você abjetamente toca o chão com sua testa. A mera visão de seus subordinados gera apreensão com terror … Tal ignomínia nunca pode ser apagada".
 
Em 96 a.C., ao ser libertado da prisão, Sima escolheu viver como um [[eunuco]] palaciano, de modo a completar suas histórias, ao invés de cometer suicídio como era esperado<ref name="encyclopedia.com">[http://www.encyclopedia.com/doc/1O48-SimaQian.html Encyclopedia.com]</ref> de um cavalheiro erudito. Como Sima Qian explicou:
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Eu não tinha meios para pagar uma multa no lugar do meu castigo e os meus colegas e companheiros não falavam uma palavra a meu favor. Se eu tivesse escolhido o suicídio, ninguém teria me creditado por morrer por um princípio. Ao contrário, teriam pensado que a gravidade da minha ofensa não me permitiu outra saída. Era minha obrigação para com meu pai terminar o seu trabalho histórico que me fez ser submetido à faca … Se tivesse feito de outra maneira, como é que eu poderia até mesmo encarar o túmulo de meus pais?
 
… Não há profanação tão grande como a castração. Aquele que sofreu o castigo em lugar algum é contado como um homem. Isto não é apenas uma atitude moderna, mas sempre foi assim. Mesmo um sujeito comum é ofendido quando tem que fazer negócios com um eunuco - quanto mais, então, um cavalheiro! Não seria um insulto para a corte e aos meus ex-colegas se agora eu, um criado que varre o chão, um mutilado desgraçado, devesse levantar a cabeça e esticar minhas sobrancelhas para discutir o certo eoe o errado?
 
Estou apto agora para somente cuidar dos aposentos das mulheres do palácio. Posso esperar por uma desculpa somente após a minha morte, quando a minha história tornar-se tornar conhecida ao mundo".<ref>Watson, Burton, (translator),'' Records of the Grand Historian of China''</ref>}}
 
== Historiador ==