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'''Impiedade''' é, [[Antiguidade Clássica|classicamente]], uma falta de consideração apropriada, ou, pelas obrigações devidas para com as condutas religiosas públicas a serem observadas, ou, a [[culto]]s. Impiedade era uma das principais objeções [[pagãs]] ao [[cristianismo]], pois, ao contrário de outros iniciados em [[Religião de mistérios|religiões de mistérios]], os primeiros cristãos recusavam-se a colocar um pouco de incenso perante as imagens dos deuses, dentre os quais estavam os imperadores protetores deificados. Impiedade em civilizações antigas era uma questão cívica, em vez de religiosa.<ref name=autogenerated1>[[Vladimir Jankélévitch|JANKÉLÉVITCH, Vladimir]]. Cours de Philosophie Morale. Paris: Seuil, 2006, p. 27.</ref> Acreditava-se que o ato de impiedade poderia trazer para a ''[[res publica]]'' a [[ira]] das divindades tutelares que protegiam a ''[[pólis]]''.
 
[[Sócrates]] e [[Anaxágoras de Clazômenas]] foram condenados a morte por impiedade (contra os [[deuses gregos]])<ref>[[Vladimir Jankélévitch|JANKÉLÉVITCH,name=autogenerated1 Vladimir]]. Cours de Philosophie Morale. Paris: Seuil, 2006, p. 27.</ref>. No caso de Anaxágoras de Clazômenas, foi a acusação de ato ou expressão ímpia, ou irreligiosidade, feita quando ele questionou a divindade do [[Sol]] e da [[Lua]], dizendo que o primeiro era apenas uma pedra de fogo e, o segundo, um pedaço de terra. Assim, foi preso, mas conseguiu fugir para [[Lampsaco]] ([[Jônia]]), onde morreu. [[Aristóteles]] também foi acusado por impiedade após a morte de [[Alexandre, o Grande]]. De acordo com o ''Vita Aristotelis Marciana''<ref>''Aristotelis Opera ex recensione Immanuelis Bekkeri edidit Academia regia borussica, accedunt fragmenta scholia index Aristotelicus.'' Editio altera, addendis instruxit, fragmentorum collectionem retractavit Olof Gigon. {{OCLC|53759684}}</ref>, um manuscrito muito mutilado na [[Biblioteca Marciana]], em [[Veneza]], escrito cerca de 1300, Aristóteles deixou a cidade dizendo “Eu não irei deixar que os atenienses pequem duas vezes contra a [[filosofia]]” (''Vita Aristotelis, 41''). O compilador medieval cristão considerou a atitude dos [[atenienses]] como um “pecado”. [[Pecado]], entretanto, era um conceito estranho aos gregos e romanos. Quando o [[aramaico]] teve de ser traduzido para o [[língua grega|grego]] ao editar o [[Novo Testamento]], a palavra grega ''hamartia'' veio a ser utilizada. ''Hamartia'' (“errar o alvo”) é apenas de maneira pouco aproximada traduzida como “pecado”.<ref>DODD, Harold C. The Meaning of Paul for To-day. New York: George H. Doran Company. Disponível em http://www.archive.org/details/meaningofpaulfor008866mbp Acesso em 11 de novembro de 2009.</ref><ref>{{Citar web|url= http://www.absoluteastronomy.com/topics/Impiety|titulo= Impiety|autor=Absolute Astronomy|lingua=inglês|acessodata=11 de Novembro de 2009}}</ref>
 
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[[Categoria:Pré-socráticos]]