François Villon: diferenças entre revisões

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Antes de fugir, Villon compõe ''Le Lais'', como um presente de adeus a seus amigos, anunciando sua intenção de seguir para [[Angers]], deixando claro que sua fuga teria sido causada por um desespero amoroso. Um de seus "amigos", Guy Tabarie, é preso e confessa a participação de Villon no caso do roubo, confirmando ainda a intenção deste em fazer um novo furto. Não há informações a seguir sobre seu paradeiro, mas certamente prosseguiu sua marcha pelo vale do [[Loire]].
 
==== Na Cortecorte de CharlesCarlos d´Orléansde Orleães====
[[Ficheiro:Charles d'Orléans.png|350px|thumb|left|[[CharlesCarlos, d'Orléans (1394-1465)|CharlesDuque d'OrléansOrleães]], cercado por sua corte, recebe um vassalo]]
 
É visto novamente em [[Blois]], estando aí provavelmente desde dezembro de [[1457]], na corte de [[CharlesCarlos, Duque d´Orléans'Orleães]], príncipe-poeta e mais tarde pai de [[Luís XII|Louis XIIde França]]. No [[manuscrito]] onde CharlesCarlos registra seus poemas e de sua corte, encontram-se três poemas assinados por Villon (provavelmente escritos ali por ele próprio). O mais longo deles celebra o nascimento [[Marie d'Orléans]] em 19 de dezembro de 1457, filhas de CharlesCarlos e Marie de Clèves. Esta manuscrito ainda contém a ''Ballade des contradictions'' e a ''Ballade franco-latine'', uma sátira de Fredet, o favorito de CharlesCarlos. Isso faz com que ele seja acusado de mentiroso e expulso da corte de Blois.
 
Em outubro/novembro de [[1458]], Villon tenta em vão retomar o contato com seu antigo mecenas, aproveitando de sua vinda a [[Vendôme]] para assistir ao processo de traição de seu genro Jean II d'Alençon. Ele faz com que seja entregue a CharlesCarlos a ''Ballade des proverbes'' e a ''Ballade des Menus Propos'', mas não é recebido de volta à corte.
 
==== O surgimento da lenda ====
Encontra-se a seguir preso por razões obscuras durante o verão de [[1461]] na prisão de [[Meung-sur-Loire]]), onde provavelmente compôs o ''Épître à ses amis'' e o ''Débat du cuer et du corps de Villon''. É libertado alguns meses mais tarde durante uma visita de [[Luís XII de França|LouisLuís XII]] em companhia de CharlesCarlos de d´OrléansOrleães à cidade e neste meio tempo perde sua ligação com o [[clero]]. Compõe então a ''Ballade contre les ennemis de la France'' com o interesse de chamar a atenção do rei sobre este fato, assim como ''Requeste au prince'', à CharlesCarlos d´Orléans. Como os dois rejeitam seu pedido, decide voltar para Paris.
 
Pode ter composto a ''Ballade du bon conseil'' neste retorno a Paris, mostrando-se como um delinquente regenerado e depois a ''Ballade de Fortune'', que exprime sua decepção com o universo parisiense dos letrados que o rejeita.
 
Aparentemente é nesse período de andanças por Paris que ele teria escrito sua obra-prima ''Le testament'' (com algumas baladas possivelmente anteriores).
 
[[Ficheiro:Pisanello 010.jpg|thumb|right|200px|Afresco da Igreja de [[Santa Anastácia]] em [[Verona]]]]
É preso novamente em 2 de novembro de [[1462]] por um roubo insignificante e processado pelo caso anterior do roubo no colégio. Obtém a liberdade sob condição de reembolsar a sua parte no roubo, 120 libras, uma quantia considerável para a época. Este período de liberdade tem curta duração. No fim do mesmo mês, Villon se envolve em uma briga na qual um notário da igreja que participou do interrogatório de Guy Tabarie é ferido. Ao que parece, seu amigo Robin Dogis teria provocado os homens do clero, enquanto Villon tentava separar a briga. Villon é preso no dia seguinte. Desta vez, ele não pôde escapar da justiça: perde seu estatuto clerical, sofre na prisão a tortura da água e é condenado à forca.
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== Obra ==
==Bibliografia==
Esta lista costuma ser continuamente colocada em questão, acrescida de alguns poemas que passam a ser considerados de sua autoria e reduzida de outros que deixam de ser. De qualquer modo, esta costuma ser a mais aceita pelos estudiosos da obra de François Villon: