Flávio Moscardi: diferenças entre revisões

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Nascido'''Flávio emMoscardi''' ([[Lucélia]], [[SP]], no[[1949]]) anoé deum 1949,[[cientista]] Flávio[[brasileiro]]. MoscardiEle foi criado desde os dois anos na cidade de Oswaldo[[Osvaldo Cruz (São Paulo)|Osvaldo Cruz]], SP. Graduou-se em [[Agronomia]] na [[Escola Superior de Agricultura]] “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP) em dezembro de [[1973]], onde estagiou no Departamento de [[Entomologia]].
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Nascido em Lucélia, SP, no ano de 1949, Flávio Moscardi foi criado desde os dois anos na cidade de Oswaldo Cruz, SP. Graduou-se em Agronomia na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP) em dezembro de 1973, onde estagiou no Departamento de Entomologia.
 
Logo após o término da graduação, em [[1974]], foi contratado pela [[Embrapa]]. De julho de [[1975]] a junho de [[1979]], realizou cursos de [[mestrado]] e [[doutorado]] na [[Universidade da Flórida]], sob a orientação do Dr. George E. Allen, desenvolvendo trabalhos sobre o controle da [[lagarta-da-soja]], ''Anticarsia gemmatalis'' HÜBNER, através do [[vírus de poliedrose nuclear]] (VPNAg), na dissertação de mestrado, isolado no Brasil durante o estágio com o dr. Roger N. Williams, da [[Ohio State University]], e sobre a [[biologia]] e [[ecologia]] desse [[inseto]] (Ph.D.).
 
Em [[1979]], foi transferido para a Embrapa Soja, [[Londrina]], [[PR]], onde permaneceu até setembro de [[2009]]. Nessa instituição, se destacou pelo desenvolvimento de táticas de manejo integrado de pragas[[praga]]s, principalmente por meio do uso de inseticidas[[inseticida]]s biológicos. Dentre suas contribuições, a que lhe trouxe reconhecimento nacional e internacional foi o desenvolvimento do programa para o uso de um VPNAg para o controle da lagarta-da-soja, que tem resultado, desde o início da década de [[1980]], em enormes benefícios sociais, ambientais e econômicos para o Paíspaís.
 
Durante o estágio na ESALQ-USP, Dr. Moscardi conseguiu compreender que o controle de pragas agrícolas poderia ser feito com agentes de controle biológico, em contraposição ao uso massivo de inseticidas químicos empregados no controle de pragas no país. Juntamente ao estagiário José Roberto Parra, em levantamentos semanais sobre a ocorrência de pragas da [[soja]] e de seus inimigos naturais, foi encontrado um agente até então desconhecido de mortalidade da lagarta-da-soja, na região de [[Campinas]], [[SP]], que foi identificado como um VPNAg pelo dr. George Allen ([[Universidade da Flórida]], [[Gainesville]], EUA), tendo esse pesquisador indicado que esse tipo de vírus poderia, potencialmente, ser utilizado para o controle biológico da praga; esteesse foi um dos marcos de sua carreira profissional.
 
No mestrado, Moscardi desenvolveu um inseticida biológico que não causa danos ambientais, à base de um vírus que mata uma praga importante que é a lagarta-da-soja. O vírus é extraído e isolado da lagarta infectada coletada no campo. Também com seus trabalhos foi possível a produção do vírus em laboratório, extraindo-o em maior quantidade.
 
Preocupado em dar continuidade ao seu trabalho e também contribuir com a formação de novos pesquisadores, após sair da Embrapa foi convidado a desenvolver pesquisas e a ministrar aulas na [[Universidade Estadual de Londrina]] (UEL), no Departamento de Agronomia, no Centro de Ciências Agrárias. “Eu“''Eu senti que já tinha dado a minha contribuição na Embrapa, e eu não queria ficar parado, porque eu tenho uma experiência acumulada, e me chamou atenção, após o convite aqui do Departamento de Agronomia, essa possibilidade de contribuir inclusive na formação de pessoas, em mestrado, doutorado, e passar um pouco dessa experiência para formar pessoas”'', relatou Moscardi, justificando seu ingresso na Universidade.
 
Professor Sênior no Departamento de Agronomia da UEL, atualmente Flávio Moscardi trabalha com agentes biológicos para o controle de um grupo importante de lagartas do gênero spodoptera, que tem causado sérios problemas com a perda de lavouras, de produção. Esse projeto busca fazer uma prospecção do que existe na natureza que possa controlar biologicamente, o grupo de lagartas que ataca milho, algodão, soja e, a partir daí, desenvolver ações que possam levar a um possível produto biológico para o controle dessas pragas.
 
Professor Sênior no Departamento de Agronomia da UEL, atualmente Flávio Moscardi trabalha com agentes biológicos para o controle de um grupo importante de lagartas do gênero ''spodoptera'', que tem causado sérios problemas com a perda de lavouras, de produção. Esse projeto busca fazer uma prospecção do que existe na natureza que possa controlar biologicamente, o grupo de lagartas que ataca [[milho]], [[algodão]], [[soja]] e, a partir daí, desenvolver ações que possam levar a um possível produto biológico para o controle dessas pragas.
 
==Carreira==
 
Durante sua carreira, Professor Moscardi veiculou mais de 200duzentas publicações, incluindo artigos científicos em vários periódicos reconhecidos nacional e internacionalmente, além de capítulos de livros, trabalhos completos em anais de eventos e publicações específicas da Embrapa. Tem atuado como professor participante da UFPR e UEL, nas áreas de [[entomologia]] e [[patologia]] de insetos[[inseto]]s, orientando vários estudantes de [[pós-graduação]], bem como colaborado com cursos de pós-graduação de outras universidades. Foi Diretor-Geral da Embrapa Soja (de [[1990]] a [[1995]]). É pesquisador 1A do [[CNPq]], tendo atuado por dois mandatos como membro do Conselho Assessor de Agronomia dessa instituição. Foi Presidente da [[Sociedade Entomológica do Brasil]] (SEB - 8/1998 a 6/2002) e, atualmente, é Secretário Geral. É Membro Honorário da Sociedade Argentina de Entomologia, presidiu e tem presidido congressos nacionais e internacionais e atuado intensivamente em comitês e comissões relacionadas à sua área de atuação. É coordenador do Núcleo de Excelência em Manejo Integrado de Pragas (MIP) do Pronex/MCT.
 
É membro de Comitêscomitês Editoriaiseditoriais e consultor ''ad hoc'' de revistas nacionais e do exterior. Tem atuado como consultor em Manejo Integrado de Pragas (MIP) e controle biológico em vários países (como [[Argentina]], [[Paraguai]], [[Uruguai]], [[Nicarágua]], [[Indonésia]], [[Filipinas]], [[Coréia do Norte]], [[Tanzânia]] e [[Índia]]). Pelas suas contribuições recebeu 23 Prêmiosprêmios / Medalhasmedalhas / Homenagenshomenagens, como o [[Prêmio Jovem Cientista]] - [[1983]], primeiro lugar, [[CNPq]] e [[Fundação Roberto Marinho]], além de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - ago/2002, Medalha Paulista do Mérito Científico e Tecnológico - Governo do Estado de São Paulo – 2001, Prêmio Frederico de Menezes Veiga - Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias – 1991, ''Award of Distinction'' - Sociedade Internacional de Proteção de Plantas – 1995, ''Award in Agriculture'' 1996 - Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento – 1997 e Láurea do Mérito Profissional - Sistema CONFEA/CREAS – 2001. No ano de [[2003]], Moscardi foi eleito para a [[Academia Brasileira de Ciências cheguei em 2003]].
 
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