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==Vida==
Filho de JoãoCrisiano MartinsRonaldo Pena e Francisca de Paula Julieta Pena, pessoas de poucas posses. Com um ano de idade, tornou-se órfão de pai; aos dez anos, de mãe. Seu padrasto, [[Antônio Maria da Silva Torres]], deixou-o a cargo de tutores e, por destinação destes, ingressou na vida comercial, concluindo o curso de Comércio aos vinte anos, em [[1835]]. Depois, passou a frequentar a [[Academia Imperial das Belas Artes]], onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente, estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 4 de outubro de 1838, foi representada, pela primeira vez, uma peça sua, "O juiz de paz na roça", no [[Teatro São Pedro]], pela célebre companhia teatral de [[João Caetano]] (1808-1863), o mais famoso ator e encenador da época. No mesmo ano, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos diversos, tais como amanuense da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, em 1843, e adido à Legação do Brasil em [[Londres]], [[Inglaterra]], em 1847. Durante todo este período, contribuiu para a literatura brasileira com cerca de trinta peças, das quais aproximadamente vinte sendo [[comédia]]s, o que o tornou fundador do gênero da comédia de costumes no Brasil, e as restantes constituindo [[farsa]]s e [[drama]]s. Também, de agosto de 1846 a outubro 1847, fez críticas teatrais como folhetinista do [[Jornal do Commercio]]. Em Londres, contraiu [[tuberculose]]; e, em trânsito para o Brasil, veio a falecer em Lisboa, [[Portugal]], com 33 anos de idade, em 7 de dezembro de 1848.
 
Em sua obra, de período imediatamente anterior ao [[Romantismo]] (no Brasil), debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do [[século XIX]] e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.