Processo de Luís XVI: diferenças entre revisões
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== Extrato da argumentação <ref>[http://www.royet.org/nea1789 Integra do discurso de Raymond de Sèze]</ref> de Romain de Sèze em favor de Luís XVI ==
{{quote|''Cidadãos representantes da Nação. É finalmente chegado o momento onde Luís, acusado em nome do povo francês, pode se fazer ouvir em meio a esse mesmo povo ! É chegado o momento onde, rodeado pelos conselhos que a Humanidade e a Lei lhe deram, ele pode apresentar à Nação uma defesa e desenvolver frente a ela as intenções que sempre o animaram ! Cidadãos, vos falarei com a franqueza de um homem livre : procuro dentre vós juízes e não vejo senão acusadores ! Vós quereis julgar sobre a sorte de Luís e vós mesmos o acusais ! Vós quereis e já emitistes vosso voto ! Vós quereis julgar sobre a sorte de Luís e vossas opiniões percorrem a Europa ! Luís será assim o único francês para quem não há nenhuma lei, nem nenhuma forma ! Ele não desfrutará nem de sua antiga condição nem da nova ! Que destino estranho e inconcebível ! Franceses, a revolução que vos regenera desenvolveu dentro de vós grandes virtudes ; porém temei que ela não tenha enfraquecido dentro de vossas almas o sentimento de humanidade sem o qual não pode haver senão deformações ! Escutai de antemão a História que dirá à posteridade : "Luís subiu ao trono há vinte anos e há vinte anos deu exemplo de costumes : ele não carregou nenhuma fraqueza condenável nem nenhuma paixão corruptível ; ele foi econômico, justo e severo ; ele mostrou-se sempre amigo constante do povo. O povo desejava a destruição de um imposto desastroso que pesava sobre ele, ele o destruiu ; o povo pedia a abolição de uma servidão, ele começou por aboli-la dentro de seus próprios domínios ; o povo solicitava reformas dentro da legislação criminal para o abrandamento da sorte dos acusados, ele fez estas reformas ; o povo queria que milhares de franceses, que o rigor de nossos costumes tinha privado até então dos direitos que pertenciam aos cidadãos, adquirissem estes direitos ou os recuperassem, ele os fez usufruir deles por suas leis. O povo quis a liberdade, ele lha deu ! Ele veio inclusive em sua direção por seus sacrifícios e, no entanro, é em nome desse mesmo povo que hoje se pede... Cidadãos, eu não vou concluir... EU PARO DIANTE DA HISTÓRIA : pensem que ela julgará vosso julgamento e que o seu será aquele dos séculos.''}}
Negando os autos de acusação, Romain de Sèze os divide de forma acertada : encarando como nulos aqueles anteriores à Constituição ou que tivessem sido anistiados por ela e aqueles que lhe fossem posteriores mas cuja responsabilidade fosse legalmente assumida pelos ministros. Ele nega o apelo ao estrangeiro e declara Luís XVI não responsável pelas negociações com a Áustria, encaminhadas por seus irmãos. Da mesma forma, ele nega o envio de subsídios aos emigrados, já que a acusação carecia, a bem da verdade, de provas formais. Foi a parcela menos sólida da defesa, o que, na verdade, pouco importava, já que os deputados da Convenção tinham a convicção que Luís XVI havia compactuado com o inimigo.
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== Déclaration de Louis XVI pour sa défense le 26 décembre 1792<ref>[http://books.google.fr/books?id=cbkBAAAAYAAJ&pg=PA254 Dicours de Louis XVI lors de son procès]</ref> ==
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