Universidade Complutense de Madrid: diferenças entre revisões

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A '''Universidade Complutense de Madrid''' originou-se a partir da antiga [[Universidade de Alcalá]], em [[Alcalá de Henares]], fundada pelo [[cardeal]] [[Gonzalo Jiménez de Cisneros]] e é uma importante universidade da Espanha. Localiza-se na Cidade Universitária de [[Madrid]]. É uma universidade pública e tem mais de nove mil funcionários e mais de noventa mil estudantes. Seu lema é "''Libertas Perfundet Omnia Luce''".
 
Sua atividade é dividida em dois campi, o de [[Cidade Universitária de Madrid|Ciudad Universitaria]], localizado no distrito de [[Moncloa]] e partilhada com a [[Universidade de Madrid]] e a [[Universidade Nacional Educação à Distância]] e o [[Somosaguas]], na cidade de Pozuelo de Alarcón.
 
== História ==
As origens da Universidade de Alcalá encontram-se na [[Idade Média]], quando o rei [[Sancho IV de Castela]] criou o ''Studium General'' em Alcalá de Henares, em [[20 de maio]] de [[1293]]. Em [[1499]], o [[Papa Alexandre VI]] atendeu ao pedido de um dos seus antigos alunos, o [[Cardeal Cisneros]], e converteu o ''Studium'' em universidade, a qual chamou ''Universitas Complutensis'', em razão do termo ''Complutum'', que, em [[latim]], significa confluência de dois rios e é o antigo nome de Alcalá de Henares.
 
Entre [[1509]] e [[1510]], já funcionavam cinco faculdades: Artes e Filosofia, Teologia, Direito Canônico, Letras e Medicina.
 
Depois de atravessar um período de decadência durante o [[século XVIII]], mediante ordem real da [[Maria Cristina de Bourbon|Rainha Regente]] de [[29 de outubro]] de [[1836]], foi decretado o seu fechamento em Alcalá e a sua transferência para Madrid, onde passou a se chamar Universidade Central. A princípio instalou-se no antigo ''[[Colegio Imperial de Madrid|Seminario de Nobles]]'', e posteriormente no convento das ''[[Ordem da Visitação|Salesas Nuevas]]''. Entre [[1840]] e [[1843]], trasladaram-se os fundos da biblioteca alcalaína. Em [[1843]] passou a ocupar o edificio do antigo noviciado dos jesuitas, onde permaneceria por quase um século.
 
A nova Universidade de Madrid deveria ser um modelo que rompesse com as antigas estruturas, seguindo o modelo centralista francês, e deveria servir como exemplo para as demais universidades espanholas. Desde a lei Moyano (1857) a universidade foi a única autorizada a conferir o título de doutor, na Espanha, até que, em [[1954]], tal privilégio foi concedido à [[Universidade de Salamanca]], por ocasião da celebração do seu VII centenário, e posteriormente às outras universidades espanholas. A universidade de Madrid perdeu então o nome de Universidade Central, passando a chamar-se Complutense de Madrid.
 
Em [[1927]] foi planejada a construção de uma área universitária na zona de Moncloa, em terrenos cedidos pelo rei D. [[Afonso XIII]] para este fim, que antigamente eram conhecidos como "os descampados". Durante esta etapa construiu-se um núcleo da denominada Idade de Prata da cultura espanhola. Em suas classes exerceram o magistério [[José Ortega y Gasset]], [[Manuel García Morente]], [[Luis Jiménez de Asúa]], [[Santiago Ramón y Cajal]] e [[Blas Cabrera]], entre outros.
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A Guerra Civil Espanhola converteu a [[Ciudad Universitaria de Madrid]] em uma frente de batalha, causando a destruição de edifícios de faculdades e institutos, assim como a perda de parte do seu rico patrimônio científico, artístico e bibliográfico, procedente da antiga Universidade da cidade complutense. Perdeu-se também, na sua maior parte por se terem exiliado, uma parte do prestigioso professorado que até então tinha exercido a docência na Universidade Complutense.
 
Em [[1954]] as outras universidades da Espanha, iniciando pela [[Universidad de Salamanca|Salamanca]], recuperaram a capacidade de expedir títulos de doutorado e, em [[1970]], o governo empreende planos de reforma do Ensino Superior, e a universidade se divide em duas: o ensino de ciências experimentais, ciências da saúde, ciências sociais e humanas se agruparam na ''Universidade Complutense de Madrid'', enquanto que as escolas superiores de ensino técnico, assim como outras que estavam ligadas a outros organismos, como o Exército ou o Ministério da Indústria, se agruparam na [[Universidade Politécnica de Madrid]].
 
Nessa ocasião também foi criado o campus de Somosaguas, para albergar a maior parte das faculdades de Ciências Sociais, e conseguir assim distanciar os futuros políticos e economistas das reações contra o regime franquista que ocorriam no campus principal da Cidade Universitária.
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== A Universidade Complutense atualmente ==
 
A Universidade Complutense desempenhou papel fundamental no desenvolvimento político da Espanha, desde a sua fundação, tanto no parlamento como nos ministérios, em todas as etapas do governo da Espanha, desde o [[século das luzes]], e sua situação esteve marcada especialmente durante a [[Segunda República Espanhola|II República]] e, após a morte de [[Francisco Franco]], durante a [[Transição Espanhola]] para a [[Democracia]]. Por exemplo, a atual Vice-presidente do Governo, [[María Teresa Fernández de la Vega]] e o anterior Presidente do Governo, [[José María Aznar]] se licenciaram por esta Universidade.
 
A Universidade Complutense é a universidade com maior número de alunos presenciais de toda a [[Espanha]] (embora a UNED a supere em número total de alunos). Contava, no final de 2003, com mais de 98.000 estudantes e é a segunda de toda a [[Europa]].
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[[fi:Universidad Complutense de Madrid]]
[[fr:Université Complutense de Madrid]]
[[gl:Universidade Complutense de Madrid]]
[[id:Universitas Complutense Madrid]]
[[it:Università Complutense di Madrid]]