João Donato: diferenças entre revisões

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|website = [http://www.joaodonato.com.br]
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'''João Donato de Oliveira Neto''' ([[Rio Branco]], [[17 de agosto]] de [[1934]]), mais conhecido apenas como '''João Donato''', é um [[pianista]], [[acordeão|acordeonista]]), [[arranjador]], [[cantor]] e [[compositor]] [[brasileiro]].
 
Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como [[João Gilberto]], [[Tom Jobim]], [[Vinícius de Moraes]] e [[Johnny Alf]], entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito criativo e que promove fusões musicais, de [[jazz]] e [[música latina]], entre tantos outros. Na década [[década de 1950]], João Donato se muda para os [[Estados Unidos]] onde permanece durante 13 anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade [[Música de Cuba|afro-cuba]]na ao [[jazz]]. Grava o disco [[A Bad Donato]] e compõe músicas como "Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos [[caribe]]nhos. Como arranjador participou de discos de grandes nomes da [[MPB]] como [[Gal Costa]] e [[Gilberto Gil]].
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O álbum seguinte, "Lugar comum" ([[1975]]), pela [[Philips]], dá seqüência ao Donato vocalista, com a maior parte do repertório formado por ex-temas instrumentais. Há parcerias com Caetano Veloso ("Naturalmente"), [[Gutemberg Guarabyra]] ("Ê menina"), [[Rubens Confete]] ("Xangô é de Baê"). Só com Gilberto Gil são oito, entre elas "Tudo tem", "A bruxa de mentira", "Deixei recado", "Que besteira", "Emoriô" e pelo menos dois standards para qualquer antologia da canção popular: a faixa-título e "Bananeira".
 
No texto que preparou para o lançamento em CD de "Lugar comum", pela Dubas, Donato revisita um certo dia de verão nos [[anos 1970]], na casa de Caetano. Ele se aproximara dos baianos a ponto de fazer a direção musical do show "Cantar", de [[Gal Costa]], registrado em disco no ano anterior:'' "Tava todo mundo: [[Maria Bethânia]], Gal, Caetano com Dedé e Moreno (...). Eles tinham meus dois discos "Muito à vontade" e "A bossa muito moderna" e eu sempre provocava, desafiando eles a fazer as letras. Quando surgiu essa melodia, o Gil inventou que era "bananeira não sei / bananeira sei lá (...)". Daí eu disse: "quintal do seu olhar". E ele: "olhar do coração. Como se fosse um ping-pong na segunda parte".''
 
Lembram daquela excursão que Donato fez à [[Europa]] com João Gilberto, logo depois da primeira temporada americana? Pois foi num vilarejo italiano que a bananeira foi plantada. Donato explica: ''"As minhas primeiras letras surgiram a partir desses temas instrumentais já gravados, que eu pensava que não iam ter letra nunca. "Bananeira" era "Villa Grazia", o nome da pousadinha onde a gente ficou em Lucca, na Itália, acompanhando o João Gilberto numa temporada (...). Noventa e nove por cento das minhas músicas instrumentais trocaram de nome, por causa da letra".''
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