Darcy Rodrigues: diferenças entre revisões

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{{Info/Biografia
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|nome_completo = Darcy Rodrigues
|nascimento_data = [[19 de novembro]] de [[1941]]
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|ocupação = [[Militar]]
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'''Darcy Rodrigues''' ([[Avai-SP |Avai]], [[19 de novembro]] de [[1941]]) então [[sargento|SgtSargento]] do [[exército Brasileiro|Exército]] que teve participação junto do Cap.[[Capitão]] [[Carlos Lamarca]], durante a [[Ditadura Militar]] em movimentos revolucionários.
 
Foi um ex-[[guerrilheiro]] membro do [[Vanguarda Popular Revolucionária]] (VPR). Rodrigues e Lamarca são os principais atores da fuga do Quartel de Quitaúna, em janeiro de 1969. Quando o então capitão e o então sargento, com mais um cabo e um soldado, deixaram o 4º Regimento de Infantaria de Quitaúna, no município de Osasco, na Grande São Paulo, para se tornarem guerrilheiros, ingressando na (VPR).
=== Carreira no Exército Brasileiro ===
Cursou a [[Escola de Sargento das Armas]], foi promovido ao final do curso a graduação de 3º Sargento da Arma de Infantaria, e classificado no [[4º Regimento de Infantaria]], em [[Quitaúna]], na cidade de [[Osasco]], em [[São Paulo]].
No 4º RI conheceu o então 2º Tenente Lamarca, fundou à Associação dos [[Subtenente|Subtenentes]] e [[Sargento|Sargentos]] da [[Guarnição]] de [[Quitaúna]], participou do "movimento dos sargentos pela reforma dos estatutos e pela elegibilidade dos [[Sargento|sargentos]]". O [[Sargento]] Darcy e o [[Carlos Lamarca|Capitão Lamarca]], resolveram junto ao [[Cabo Mariani]] e [[soldado Roberto Zanirato]], planejar o desvio de armas e munições do 4º RI, no qual o capitão com sua própria Kombi, no final da tarde de sexta-feira, 24 de janeiro de 1969, desviou do [[paiol]], 63 [[FAL]], 3 [[metralhadoras]] INA, uma [[pistola]] .45 e farta [[munição]]. O grupo declara oficialmente a deserção das fileiras do Exercito, e sua filiação ao VPR.
== Biografia ==
Darcy Rodrigues nasceu em [[19 de novembro]] de [[1941]], auge da [[2ª Guerra Mundial]], em Avaí, cidade vizinha a Bauru, município no centro-oeste do Estado de São Paulo, distante 250Km da capital. Com cinco anos, acompanhava o pai à praça pública da cidade para ouvir a [[Voz do Brasil]], no período da Constituinte de [[1946]], o breve espaço democrático vivido pelo País, depois do fim do [[Estado Novo]] de [[Getúlio Vargas]]. "Vi a [[revolta dos trabalhadores]], quando do fechamento político do País, no Governo Dutra ([[Eurico Gaspar Dutra]]), e assisti a uma greve de ferroviários, no final da década de 40, pelo pagamento do aumento assinado pelo presidente Dutra, e não cumprido pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil", relembra o começo da formação política.
 
Fez o primário em um escola municipal que ocupava o prédio de um sindicato, fechado pelo [[Governo Dutra]], e assistiu às lutas nacionalistas pelo petróleo e pelo aço. Acompanhou a tentativa de golpe contra Vargas, em seu segundo Governo, e as notícias sobre o suicídio do ex-presidente. Esteve atento à posição do [[general Lott]], em defesa da ordem democrática e pela garantia da posse do presidente Juscelino Kubistchek. E pertenceu à Juventude Comunista do [[PCB]], da qual se desvinculou em 1964. A permanente agitação do País e cada episódio histórico serviram como escola para a sua formação política.
 
Como estudante do 2º grau, foi um dos fundadores, em 1958, da Associação Treslagoense dos Estudantes Secundaristas, de [[Três Lagoas]] (MS), onde morou com os pais. E já no [[Exército]], foi punido, em 1963, por defender o mandato do deputado federal comunista Garcia Neto (PCB), eleito pelo Rio. No exílio, fez curso de [[marxismo]] em [[Cuba]], enquanto estudava Economia (A.M.).
 
de uma família de origem operária – o pai era [[ferroviário]], atualmente aposentando –, o então sargento do Exército Brasileiro, hoje subtenente reformado Darcy Rodrigues conheceu, conviveu e atuou ao lado de um dos mais polêmicos personagens da luta armada e entre as organizações clandestinas, nos duros anos do regime militar de 1964: o capitão Carlos Lamarca. Com o capitão, o sargento Darcy – mais o cabo José Mariane e o soldado Carlos Roberto Zanirato – protagonizaram, em 24 de janeiro de 1969, um episódio que marca o conturbado período entre os anos 60 e 70: em uma kombi carregada com 63 fuzis, três metralhadores e alguma munição, deixam o Quartel de Quitaúna, 4º RI de Osasco, Grande São Paulo, desertando do Exército e ingressando na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
[[Categoria:Guerrilha]]
[[Categoria:Grupos guerrilheiros do Brasil]]
[[Categoria:Terrorismo no Brasil]]