Enver Hoxha: diferenças entre revisões

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Em março de [[1943]], a primeira Conferência Nacional do Partido Comunista elegeu Hoxha formalmente como o [[Secretário Geral|Primeiro Secretário]]. Durante a guerra, o papel da [[União Soviética]] foi insignificante, fazendo da [[Albânia]] a única nação ocupada durante a [[Segunda Guerra Mundial]] cuja independência não foi determinada por uma grande potência.<ref>[http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9E06E4D61F38F93BA15757C0A963948260 Enver Hoxha e Major Ivanov, ''New York Times'', 28 de Abril de 1985]</ref> No dia [[10 de julho]] de [[1943]], os grupos partisans albaneses foram organizados em unidades regulares de companhias, batalhões e brigadas e nomeados como o Exército Albanês de Libertação Nacional. O Quartel General foi criado com Spiro Moisiu como comandante e Enver Hoxha como comissário político. Os partisans comunistas da [[República Socialista Federativa da Iugoslávia|Iugoslávia]] tiveram um papel muito mais prático, ajudando a planejar ataques e trocando suprimentos, mas a comunicação entre eles e os albaneses estava limitada a cartas, que muitas vezes chegariam tarde demais, algumas vezes logo após um plano ter sido aprovado pelo Exercito de Libertação Nacional sem que os [[Partisans Iugoslavos]] fossem consultados. Em agosto, um encontro secreto foi realizado entre a Balli Kombëtar (Frente Nacional) — que era anticomunista e antifascista — e o Partido Comunista. O resultado deste encontro foi um acordo com o objetivo de as forças na luta contra os [[República Social da Itália|italianos]]. A fim de encorajar a Balli Kombëtar a cooperar, foi aprovado o plano de uma [[Grande Albânia]], que incluía o [[Kosovo]] (então parte da [[Iugoslávia]]) e [[Épiro|Çamëria]] (parte da Grécia).<ref>O'Donnell, p. 9.</ref>
 
Um problema se desenvolveu no entanto, quando os [[Comunismo|comunistas]] [[República Socialista Federativa da Iugoslávia|iugoslavos]] discordaram do plano de uma [[Grande Albânia]] e pediram aos [[CocmunismoComunismo|comunistas]] na Albânia para que se retirassem do seu acordo. De acordo com Hoxha, [[Josip Broz Tito]] concordou que “[[Kosovo]] era [[Albânia|albanesa]]”, mas a oposição por parte dos [[sérvios]] fez da transferência uma opção inviável.<ref>Nora Beloff, ''O Legado Falho de Tito'' (Westview Press, 1985), 192.</ref> Após os comunistas albaneses terem repudiado a idéia da Grande Albânia, a Balli Kombëtar condenou os comunistas, que por sua vez acusaram a Balli Kombëtar de ficar ao lado dos italianos. A Balli Kombëtar, entretanto, tinha pouco apoio popular. Após concluírem que os comunistas eram uma ameaça imediata ao país, a Balli Kombëtar passou a apoiar os [[Alemanha Nazista|alemães]], arruinando fatalmente a sua imagem entre aqueles que combatiam os [[Fascismo|fascistas]]. Os comunistas rapidamente incluíram em suas fileiras muitas dessas pessoas desiludidas com a Balli Kombëtar e tomaram a dianteira na luta pela libertação.<ref>O'Donnell, pp. 10-11. Jacques, pp. 421-423.</ref>
 
O Congresso Nacional de [[Përmet]], realizado naquela mesma época, decidiu em favor de uma “nova e democrática Albânia para o povo.” O [[Ahmet Bey Zogu|Rei Zog]] foi proibido de visitar a Albânia novamente, o que fortaleceu ainda mais o controle dos comunistas. O Comitê Antifascista pela Libertação Nacional foi fundado, com Hoxha sendo seu líder. No dia 22 de outubro, após um encontro em [[Berat]], o Comitê se tornou o governo provisório da Albânia e Hoxha foi escolhido como [[Primeiro Ministro]] interino. Tribunais foram convocados para julgar supostos [[Crime de guerra|criminosos de guerra]] que foram designados como “inimigos do povo”<ref>O'Donnell, p. 12.</ref>, e foram presididos por Koçi Xoxe.