Eduardo Santos Silva: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 1:
'''Eduardo dos Santos Silva''' ([[Porto]], [[1879]] — [[Porto]], [[1960]]) foi um [[médico]] e [[político]] [[português]].
 
Filho do comerciante [[Dionísio Santos Silva]], declarou-se [[republicano]] aos treze anos. Com a morte da mãe, foi obrigado a ajudar no sustento da família: pagou os estudos secundários com um emprego de escriturário em [[Gaia]] e, em [[1898]], ingressou na Escola Médico-Cirúrgica, onde se formou como médico, ao mesmo tempo que ajudava o pai na gerência do Teatro Circo Águia d' Ouro, no [[Porto]]. Licenciado aos vinte e três anos, conciliou a [[medicina]] com o ensino, no Liceu Central do [[Porto]]. Ao mesmo tempo militou activamente no Centro Republicano Rodrigues de Freitas, fundado e dirigido pelo seu pai. Entre [[1909]] e [[1910]] está em [[Paris]], para se especializar em [[dermatologia]] e sifiligrafia. Aí contacta com vários republicanos exilados, entre eles [[Amadeo de Souza Cardoso]], [[Teixeira Lopes]] e [[Aquilino Ribeiro]].
 
Em [[1911]] foi nomeado director da Escola Normal do Porto e, em [[1912]], eleito reitor do [[Escola Secundária Rodrigues de Freitas|Liceu Normal D. Manuel II]]. Ainda em [[1911]], junta-se à [[Maçonaria]], primeiro na loja Luz e Progresso, depois na loja Portugália. Em [[1914]] chega à Comissão Executiva da Câmara Municipal do [[Porto]]. Em [[1918]], já presidente da Câmara, é mandado prender por [[Sidónio Pais]] e, de seguida, proibido de residir no [[Porto]]. Foi então que requereu ao secretário de Estado da Guerra a incorporação no [[Corpo Expedicionário Português]], para ir combater os [[hunos]], apesar de ser casado e pai de três filhos. Em finais de [[Junho]] de [[1918]] partiu para [[França]], onde integraria, como capitão, o 3º Batalhão da Brigada do Minho. Foi um dos últimos portugueses a reforçar o desamparado [[Corpo Expedicionário Português|CEP]], destroçado pelas 7300 baixas sofridas na [[Batalha de La Lys]]. Desmobilizado em [[1919]] e distinguido com a Cruz de Guerra, voltou ao [[Porto]], mantendo-se na Câmara Municipal até [[1922]]. Os seus mandatos estão associados a um período de progresso na cidade: criou cursos nocturnos para adultos, jardins de infância junto aos bairros sociais mais populosos, triplicou o parque de escolas primárias, fundou o Conservatório de Música e a Maternidade, estimulou a leitura com a rede de bibliotecas populares, iniciou a construção da Avenida da Liberdade e do novo edifício dos Paços do Concelho, aprovou o feriado do [[Dia do Trabalhador]] e as oito horas de trabalho para os operários e empregados municipais. Deixa a Câmara do [[Porto]] em [[1921]], ano em que se demitiu por divergências com o [[Partido Republicano (Portugal)|Partido Republicano]].