Justiçamento: diferenças entre revisões

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'''Justiçamento''' do dicionário [[Aurélio Buarque de Holanda]], significa: ''"1.Punir com a [[morte]] ou com [[suplício]]; supliciar:"'', ''"2. Ant. Aplicar severa [[justiça]] a."''.
 
O justiçamento era a prática da [[tortura]] seguida de morte aos opositores dos ''[[Guerrilha|guerrilheiros]]'' durante a época do [[regime militar de 1964]]. Consistia na execução do que se achava ser justiça com as próprias mãos.
 
Os que aplicavam os justiçamentos não julgavam legalmente os ''condenados'' que eram sumarimente eliminados, muitos sem direito à defesa. O justiçamento, na prática, é um [[linchamento]] que ocorre as margens do sistema legal vigente onde a vítima não tem condições de se [[defesa|defender]].
 
Muitas vezes esta forma de linchamento era aplicada naqueles considerados pelo próprio grupo como ''traidores'' da causa. Geralmente se iniciava com uma denúncia dos próprios companheiros contra o que seria justiçado. Seguia-se um ''processo revolucionário'', com o fornecimento de provas de defesa e acusação, semelhante aos tribunais revolucionários que na época do surgimento da URSS, executavam prisioneiros e traidores pertencentes ao grupo revolucionárioque estava no poder. Caso considerado culpado pelo grupo, o acusado era executado. No Brasil ocorreram casos de justiçamento onde o acusado não sabia que estava sendo "julgado", essa prática criminosa acarretou a morte do marinheiro inglês de 19 anos David A. Cuthberg no Rio de Janeiro em 1972. Ele foi morto por terroristas ALN. Os justiçamentos, em geral, são associados à esquerda devido a grande quantidade de justiçamentos efetuados, mas estes ocorriam em ambas correntes ideológicas.
 
Um exemplo de '''justiçamento''' é dado a seguir e foi praticado por [[Luíz Carlos Prestes]] e seu grupo terrorista esquerdista, no Brasil (ano de 1936):