Lasca: diferenças entre revisões

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::À parte, distingue os tamanhos: tomando um grande número de produtos de talhe de todos os continentes considera que qualquer um que supere os 15 centímetros é já "muito grande", os 8 centímetros são o "tamanho médio" (para lascas e lâminas), sendo as "pequenas lascaas" e as "lamelas " inferiores a 2 ou 3 centímetros na sua medida maior.
'''Do ponto de vista da tecnologia lítica''' separam-se as lascas denominadas "vulgares" (aquelas das quais se desconhece a sua posição na "cadeia operativaoperatória" mas que podem ser utensílios funcionais), as ''"lascas características"'' (as que sim têm um lugar conhecido dentro da "[[cadeia operativaoperatória]]") e os "resíduos e acidentes de talhe", alguns são também ''"resíduos característicos"'', pelo qual foram cuidadosamente classificados. Além disso, estariam os materiais residuais do talhe sem mais, habitualmente, lascas excessivamente pequenas, esquírolas ou pedaços e astelas sem forma concreta. Porém, se tem de aclarar que qualquer lasca ordinária é uma ferramenta potencial.
 
:Conforme o exposto acima, as chamadas "lascas vulgares" são aquelas cuja situação na cadeia operativaoperatória é desconhecida, são as mais comuns mas, até mesmo entre elas, podem ser distinguidas variedades (por exemplo por tamanho), ou pela quantidade e localização de do ''"córtex"'', destacando-se as lascas com uma característica forma de "gomo de cítrico", com córtex num lateral, aproximadamente perpendicular ao plano de esmagamento da lasca (como se tiver uma quarta cara, na parte da dorsal, da ventral e do talão; cara que, com frequência é chamada ''"dorso natural"'').
 
As lascas características, por outro lado, têm uma posição conhecida dentro da cadeia operativaoperatória graças às cicatrizes especiais que têm (uma lasca que resulta da extração de um núcleo; uma lasca que resulta do talhe de um [[biface]]; ou uma lasca de retoque, etc.); porém, como há múltiplas cadeias operativas segundo as coordenadas culturais ou geográficas ou cronológicas, a sua enumeração resulta inabarcável. Em linhas gerais distinguem-se três grandes grupos:
* '''Os resíduos característicos''' ("refugo") que aparecem ao fabricar um artefato com determinadas técnicas. A lasca característica mais universal é a "Lasca cortical" (que tem córtex na sua face superior e no talão, com o que , de fato, confunde-se), é a primeira lasca extraída numa cadeia operativaoperatória; com frequência, para as distinguir, é usado o galicismo ''"entames"'' (os ingleses, com frequência empregam a expressão ''opening flake'' que resulta enormemente descritiva). Outra lasca característica é a "speudo-ponta pseudo-Levallois", uma lasca que aparentemente é [[talhe Levallois|Levallois]], mas que, na realidade, é uma lasca comum, só que resulta daquelas cadeias operativas com talhe centrípeto e bifacial, por exemplo de um núcleo ou de um instrumento nuclear. Também são típicas as lascas Kombewa fortuitas (não obtidas intencionadamente); estas resultam de elaborar utensílios sobre lasca com retoque inverso na zona proximal do suporte. Outra lasca típica de um determinado tipo de retoque é a ''"lasca clatonense"''. Mais resíduos característicos são as lascas de reavivamento de [[biface]]s por meio de golpes de ''"tranchet"'', igualmente as virutas de buril, os microburis e os "ápices triédricos" (ambos os resíduos próprios de usar a chamada [[técnica do microburil]]). E, nos núcleos para lâminas e lamelas , as chamadas ''"lâminas de crista"'' (resto da preparação prévia à obtenção das próprias lâminas ) e as "tabletas" de reavivamento da plataforma de percussão.
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