Adriano Correia de Oliveira: diferenças entre revisões

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'''Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira''' (n. [[Avintes]], [[9 de Abril]] de [[1942]] — m. [[Avintes]], [[16 de Outubro]] de [[1982]]), foi um [[músico]] [[Portugal|português]].
 
CriadoIntérprete do [[Fado]] de [[Coimbra]] e [[música de intervenção|músico de intervenção]], foi criado no seio de uma família tradicionalista e [[Catolicismo|católica]],. terminouTerminou o ensino liceal no [[Porto]] e matriculou-se na [[Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra]], em [[1959]]. EmDurante [[Coimbra]]o período académico foi repúblico, na Real Repúbica Ras-Teparta, solista no [[Orfeon Académico de Coimbra|Orfeon Académico]], membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares e, do [[Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra]] ([[[[Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra|CITAC]]) e guitarrista no Conjunto Ligeiro da [[Tuna Académica de Coimbra|Tuna Académica]]. Na década de [[década de 1960|1960]] adere ao [[Partido Comunista Português]], envolvendo-se nas greves académicas de [[1962]], contra o [[Salazarismo]]. Nesse ano foi candidato à [[Associação Académica de Coimbra]], numa lista apoiada pelo [[Movimento de Unidade Democrática]] ([[Movimento de Unidade Democrática|MUD]]).
Intérprete do [[Fado]] de [[Coimbra]] e elemento da geração de cantores da resistência ao [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], conhecida como [[música de intervenção]] chegando também a actuar com [[Zeca Afonso]] nos tempos do TEP (Teatro Experimental do Porto).
 
==Biografia==
 
Criado no seio de uma família tradicionalista e [[Catolicismo|católica]], terminou o ensino liceal no [[Porto]] e matriculou-se na [[Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra]], em [[1959]]. Em [[Coimbra]] foi repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta, solista no [[Orfeon Académico de Coimbra|Orfeon Académico]], membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do [[Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra]] ([[[[Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra|CITAC]]) e guitarrista no Conjunto Ligeiro da [[Tuna Académica de Coimbra|Tuna Académica]]. Na década de [[década de 1960|1960]] adere ao [[Partido Comunista Português]], envolvendo-se nas greves académicas de [[1962]], contra o [[Salazarismo]]. Nesse ano foi candidato à [[Associação Académica de Coimbra]], numa lista apoiada pelo [[Movimento de Unidade Democrática]] ([[Movimento de Unidade Democrática|MUD]]).
 
Data de [[1963]] o seu primeiro [[EP]], ''Fados de Coimbra''. Acompanhado por [[António Portugal]] e [[Rui Pato]], o álbum continha a interpretação de ''[[Trova do vento que passa]]'', poema de [[Manuel Alegre]], que se tornaria uma espécie de símbolo da resistência dos estudantes à [[Salazarismo|ditatura]]. Em [[1967]] gravou o [[álbum]] ''Adriano Correia de Oliveira'', que, entre outras canções, tinha ''Canção com lágrimas''.
 
A uma disciplina de obterse a licenciaturaformar em [[Direito]], troca [[Coimbra]] por [[Lisboa]], onde exerce funções no Gabinete de Imprensa da [[Feira Industrial de Lisboa]]. De seguida torna-se produtor na Editora Orfeu. Em [[1969]] sai ''O Canto e as Armas'', onde musica, de novo, vários poemas de [[Manuel Alegre]]. Nesse ano recebe o [[Prémio Pozal Domingues]]. Chamado a cumprir o [[Serviço Militar Obrigatório]], lança, em [[1970]], ''Cantaremos''. Em [[1971]] é editado o disco ''Gente d'Aqui e de Agora'', com o primeiro arranjo, como maestro, de [[José Calvário]], e composição de [[José Niza]]. Em [[1973]] lança ''Fados de Coimbra'', em disco, e funda a editora Edicta, com Carlos Vargas. Em [[1975]] lançou ''Que Nunca Mais'', com direcção musical de [[Fausto Bordalo Dias|Fausto]] e textos de [[Manuel da Fonseca]], autor de ''Tejo que levas as águas''. Graças a esse [[álbum]] a revista inglesa ''[[Music Week]]'' elége-o Artista do Ano. Após o [[25 de Abril de 1974]], é um dos fundadores da [[Cooperativa Cantabril]]. Em [[1980]] lança o seu último álbum, ''Cantigas Portuguesas'', para no ano seguinte, em ruptura com a Cantabril, ingressar na [[Cooperativa Era Nova]].
 
Vítima de uma hemorragia esofágica, morreu na quinta da família, em [[Avintes]], nos braços da mãe. Em [[2001]] foi lançada uma compilação das suas músicas, com ''Vinte anos de canções (1960-1980)'', seguindo-se uma uma edição da discografia completa, em sete volumes, pelo jornal ''[[Público]]''.