Gameleira (Belo Horizonte): diferenças entre revisões

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== Tragédia da Gameleira ==
 
Em 4 de fevereiro de 1971, 69 operários morreram e mais de 50 ficaram feridos no desabamento do que seria o Pavilhão de Exposições da Gameleira, tido como o maior acidente da construção civil brasileira. [[Israel Pinheiro]] era o governador de [[Minas Gerais]] à época da tragédia. Centenas de operários trabalhavam em ritmo acelerado para concluir a obra, projetada pelo arquiteto [[Oscar Niemeyer]], com cálculos do também célebre engenheiro [[Joaquim Cardozo]], dupla que já havia trabalhado junto na construção do conjunto arquitetônico da Pampulha e do Conjunto JK, em Belo Horizonte, bem como em diversos projetos de Brasília.
 
Pinheiro tinha pressa, segundo testemunho de sobreviventes e jornalistas, pois pretendia entregar a obra antes do término de seu mandato, em 15 de março daquele ano. Ignorando a opinião de operários, que alertaram os engenheiros sobre fissuras e estalos nos alicerces, foia dadaServiços aGerais de Engenharia S.A. (Sergen), empresa responsável pela obra, deu ordem para a retirada das vigas de sustentação. A estrutura desabou. Além das vítimas contabilizadas, há ainda a suspeita de que muitos outros operários ficaram soterrados e seus corpos nunca foram encontrados.
 
O regime militar à época tentou minimizar o desabamento. O governo estadual e a empresa responsável pela obra, Serviços Gerais de Engenharia S.A. (Sergen), se eximiram da responsabilidade pela tragédia, que causou grande comoção popular. Israel Pinheiro havia estado no local da obra no dia anterior. Apesar de ter criado um órgão especialmente para fiscalizar a construção, o Estado não cumpriu o seu papel. O pedido de indenização para vítimas e familiares só foi ajuizado em 1984, e até hoje corre na Justiça.
 
{{Região Oeste de Belo Horizonte}}