Padrão Globo de Qualidade: diferenças entre revisões

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A inovação que deu mais sustenção ao padrão de qualidade, no entanto, foi a comercial. Sob o comando de Clark, chegou ao fim o modelo de patrocinador único, que concedia a este a responsabilidade por determinados programas, passando a vigorar uma forma de venda que privilegiava a programação fixa e voltava-se para a negociação de espaços de publicidade em intervalos comerciais. Dessa forma a emissora ganhou maior lucratividade e, consequentemente, mais autonomia no desenvolvimento de sua grade de programação.<ref name="deusa"/>
 
Investindo em programas populares e evitando o confronto direto com outras emissoras, em seus primeiros anos a Globo foi conquistando aos poucos seu espaço na TV. Sua hegemonia na área é confirmada na [[década de 1970]] com o ostracismo das concorrentes [[TV Excelsior]] e [[TV Tupi|Tupi]]. O salto em qualidade desta época é auxiliado pela incorporação de técnicas e profissionais do [[cinema]], e um quadro de funcionários advindos do [[teatro]], [[literatura]] e cinema, formando parte do padrão de qualidade que auxiliou posteriormente no contínuo desenvolvimento da emissora.<ref name="deusa"/>
 
Uma intervenção governamental no começo dos anos 70, cujo objetivo era acabar com o "baixo nível cultural" das emissoras, levou a Globo a eliminar de sua grade traços de "mau gosto" e "popularesco", o que acabou por elevar o perfil de produção a um nível mais ao gosto do público de classe média. Junto à produção e gerencimanento eficiente, ao forte esquema comercial, aos conhecimentos e tecnologia importados, e uma proposta estética limpa de ruídos estéticos e políticos, esse foi um dos elementos primordiais para a construção do padrão Globo de qualidade.<ref name="deusa"/>
 
O sucesso perdura durante a [[década de 1980]] mesmo com o surgimento de novos canais de destaque, como [[SBT]] e [[TV Manchete]]; a resposta da Globo é a ampliação e criação de novos parques industriais televisivos e a exportação de sua programação para mercados internacionais. Na [[década de 1990]] as inovações tecnológicas acirram ainda mais a concorrência, enquanto a emissora inaugura no Rio de Janeiro o [[Projac]] e estabelece em São Paulo novos estúdios jornalísticos, dividindo entre os dois estados sua produção de ficção e jornalismo.<ref name="deusa"/>