Artur Alves dos Reis: diferenças entre revisões

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''Waterlow & Sons Limited'' imprimiu assim 200 mil notas de valor nominal 500 [[escudo português|escudo]]s (no total quase 1% do PIB português de então), efígie ''Vasco da Gama'' chapa 2, com a data de [[17 de Novembro]] de [[1922]]. O número total de notas falsas de 500 escudos era quase tão elevado como o de notas legítimas. A primeira entrega teve lugar em Fevereiro de [[1925]], curiosamente cerca de um ano depois das notas verdadeiras de 500 escudos, efígie Vasco da Gama terem começado a circular. As notas passavam de Inglaterra a Portugal, com a ajuda dos seus cúmplices, José Bandeira, que utilizava as vantagens diplomáticas de seu irmão, Karel Marang e ligações ao cônsul da [[Libéria]] em Londres.
 
Alves dos Reis, embora o mentor da fraude e o falsificador de todos os documentos, ficava só com 25% das notas. Ainda assim, com esse dinheiro fundou o Banco de Angola e Metrópole em Junho de 1925. Para obter o alvará de abertura deste banco, recorreu também a diversas outras falsificações. Investiu na [[bolsa de valores]] e no mercado de câmbios. Comprou também o Palácio do Menino de Ouro (actualmente o edifício em Lisboa do ''British Council'') ao milionário Luís Fernandes. Adquiriu três quintas e uma frota de táxis. Além disso, gastou uma avultadíssima soma em jóias e roupas caras para a sua mulher quando das estadias em [[Paris]] no Hotel Claridge, e para a amante de José Bandeira, Fie Carelsen, uma actriz holandesa. Compraram uns fantástico [[Hispano-Suiza]]. Tentou também comprar o [[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]].
 
O objectivo de Alves dos Reis era afinal comprar acções, e conseguir controlar o próprio Banco de Portugal, de forma a cobrir as falsificações e abafar qualquer investigação. Durante o Verão de 1925, directamente ou através de diversos "[[testa-de-ferro]]", comprou sete mil acções do Banco de Portugal. No final de Setembro já tinha nove mil acções, e no final de Novembro dez mil. Seriam necessárias 45 mil acções para controlar o banco central.