José Tupinambá da Frota: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Mdscdamam (discussão | contribs)
Gunnex (discussão | contribs)
-VDA de http://sobralensedagemma.blogspot.com/2009_09_01_archive.html / http://iconacional.blogspot.com/2008/07/papa-joo-paulo-i.html / etc., +restauro
Linha 16:
|ch = dom josé
}}
 
 
Dom '''José Tupinambá da Frota''' ([[Sobral]], [[10 de setembro]] de [[1882]] — Sobral, [[25 de setembro]] de [[1959]]) foi um [[bispo]] [[católico]] [[brasil]]eiro da cidade de [[Sobral]] de ([[22 de julho]] de [[1916]] - [[25 de setembro]] de [[1959]])
==Biografia==
 
Filho de Manoel Artur da Frota e Raimunda Artemísia Rodrigues Lima, nasceu em [[10 de setembro]] de [[1882]], na Rua da Aurora, 231 (hoje, Rua Domingos Olímpio), atual residência dos familiares do Dr. Antonio Frutuoso da Frota Filho.
== Formação e Presbiterado==
 
Desde o primário destacou-se nas escolas de Rita e Professor Arruda, demonstrando, sobremodo, sua vocação ao sacerdócio. Rumo à [[Bahia]]. Ele próprio descreveu, segundo Cônego Sadoc.
 
No dia [[8 de agosto]] de [[1897]], indo eu pela manhã ao estabelecimento comercial de meu pai, apenas lhe beijei a mão, perguntou-me sem preâmbulo: - você quer ordenar-se? Imediatamente respondi: - Quero sim, senhor! E ele: - Quer ir para Roma? Extasiado com esta surpresa, respondi; - Quero sim, Senhor! - Pois bem, acrescentou ele, prepare-se para ir quinta-feira com o João Evangelista. Só lhe peço uma coisa: - Nunca seja vendedor de sacramentos.
 
Chegando em Salvador (Bahia) terminou o curso secundário no seminário de Salvador, ingressou na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, recebendo o grau de Doutor em Teologia e Filosofia em 1902. o jovem Tupi de 23 anos de idade, tornou-se o Padre José Tupinambá da Frota, ordenado em [[Roma]], a 29 de outubro de 1905, onde permaneceu por oito anos para concluir [[Doutorado]] em [[Teologia]], após haver estudado na Pontifícia Universidade Gregoriana e residido no Colégio Pio Latino. A fim de reciclar e aprofundar seus conhecimentos para voltar ao torrão natal, excursionou pela [[Itália]], [[Suíça]], [[Austrália]], [[França]] e [[Alemanha]].
 
Retornando ao Brasil, em 1906, voltou a Sobral ajudando o Padre Diogo da Frota, seu tio, então pároco. Em 1907, a convite de Dom José de Camargo Barros, lecionou Teologia Dogmática, Ética e Liturgia no Seminário da Ipiranga, em São Paulo.
 
Ingressou na [[Pontifícia Universidade Gregoriana]], de [[Roma]], recebendo o grau de Doutor em Teologia e Filosofia em 1902.
Morou no Colégio Pio Brasileiro e em 1905 ordenou-se sacerdote.
Retornou ao Brasil em 1906 tendo na cidade de São Paulo lecionado no Seminário Maior do Ipiranga.
Em 1908 é eleito vigário de [[Sobral]], CE, e em 1916, criado o bispado da cidade é eleito, permanecendo no cargo por 43 anos tendo desempenhado profícuas realizações em Sobral. Fundou:
*os Colégios Sobralense e Santana
*o Patronato [[Imaculada Conceição]]
*o Museu Diocesano
*a [[Santa Casa de Misericórdia]].
Estudioso da [[genealogia]], foi sócio correspondente da [[Academia Cearense de Letras]], do Instituto do Ceará e do [[Instituto Brasileiro de Genealogia]].<ref>{{citar web|url=http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=847929|titulo=Regional - Sobral festeja 128 anos de nascimento de D. Tupinambá|autor=|data=|publicado=diariodonordeste.globo.com|acessodata=13 de setembro de 2010}}</ref>
 
== EpiscopadoObras==
*''História de Sobral''
Nomeado Vigário Geral de Sobral, em 10 de fevereiro de 1908, pelo Bispo de [[Fortaleza]] [[Dom Joaquim José Vieira]], pois durante oito anos deu prova de sua capacidade espiritual, ardente fé cristã e empreendedora, voltada caritativamente aos pobres e enfermos, fundando dispensários para indigentes, bem assim a radical reestruturação da Igreja da Sé e demais capelas.
*''Traços Biográficos de Manuel Artur da Frota''
 
Em 10 de novembro de 1915, foi criada a [[Diocese de Sobral]] pela bula Catholicae Religionis Bonum, do [[Papa Bento XV]], que em conjunto com a [[Diocese do Crato]] (1914) compunham a Província Eclesiástica do Ceará,(1915), com sua [[Arquidiocese]] em Fortaleza. Por influência do Metropolita, Dom Joaquim, junto ao Núncio Apostólico, o então Monsenhor José Tupimbá da Frota foi nomeado e sagrado como o primeiro Bispo de Sobral. Foi sagrado bispo na Catedral de [[Salvador]], na [[Bahia]] em 29 de junho de 1916, por Dom Jerônimo Thomé da Silva, arcebispo primaz do [[Brasil]], tomando posse solenemente em Sobral em 22 de julho do mesmo ano. A cidade explodiu de satisfação e orgulho.
 
Daí por diante, o timoneiro do barco sobralense, com o cajado da congregação do rebanho, visão futurista, foram intensas suas realizações, permanecendo no cargo por 43 anos
 
==Obras de Dom José em seu bispado em Sobral==
 
Tendo desempenhado profícuas realizações em Sobral. Fundou:
 
O jornal “Correio da Semana”, circulando a primeira edição em 31 de março de 1918.
O Seminário Diocesano para formação do Clero, como obra faraônica no bairro da Betânia, atualmente a [[Universidade Vale do Acaraú]](UVA). Com sua formação romana demonstrava, por seu amor ao berço, querer implantar o Vaticano em Sobral, quer pelas realizações arquitetônicas, quer pela maneira de proceder como Bispo e instruir seus padres na evangelização do povo. Ordenou “98” sacerdotes, seus apóstolos.
 
Como vigário, por ocasião de missa celebrada na Matriz, em 1910, veio-lhe à mente a construção da [[Santa Casa de Misericórdia de Sobral]], onde criara o Asilo da Mendicidade. Empreendimento de vulto, iniciada em 25 de agosto de 1912, cujo hospital inaugurou, como Bispo, em 25 de maio de 1925. Lembrou-se também de veículo financeiro para sanear a economia da região, fundando em 27 de novembro de 1927, o [[Banco Popular de Sobral]], transformado posteriormente em [[Bancesa]], hoje extinto.
 
Dom José era dotado de inteligência fulgurante, perspicaz e fértil assimilação. Possuidor de conhecimentos gerais dominava, além do nosso idioma, Latim, Italiano, Espanhol e Francês; razoavelmente Grego, Alemão e Inglês, bagagem cultural que o fazia preocupar-se com a formação secundária dos seus discípulos.
 
No de 01 fevereiro de 1934, inaugurou, o [[Colégio Sobralense]] para rapazes e no dia 02, o [[Colégio Sant’Ana]] para moças. Predileção especial aos necessitados e à velhice. Dava irrestrito apoio às Conferências Vicentinas, aos Círculos Operários e aos Dispensários dos Pobres.
 
Construiu o Abrigo Sagrado Coração de Jesus para idosos desamparados, inaugurado em 08 de setembro de 1953.
 
Dez anos após a inauguração, em 04 de maio de 1943, Patronato Maria Imaculada para as crianças órfãs e abandonadas. Como pródigo pastor, cujas realizações materiais perpetuar-se-ão por séculos além, durante seus 8 anos como Vigário Geral e 43 no Bispado, manteve-se atento à formação dos seus paroquianos no campo religioso, moral, cultural e social.
 
No século XX, por duas vezes, a gratidão dos conterrâneos esteve presente: o Congresso Eucarístico Diocesano, de 24 a 29 de junho de 1941, pelo Jubileu de Prata de Sagração Episcopal. O Congresso de Vocações Sacerdotais, de 24 a 29 de outubro de 1955, pelo Jubileu de Ouro de Ordenação Sacerdotal, ocasião em que a Santa Sé o agraciou com o titulo de Prelado Doméstico, Assistente ao Sólio Pontifício e Conde Romano. Dom José, sem querer aparecer, era ainda ouvido acerca das resoluções políticas da cidade e da Capital. Culto, mantinha correspondência com o Instituto Brasileiro de Genealogia, assunto que o fascinava e conhecia profundamente. Sócio também correspondente do Instituto do Ceará e Academia Cearense de Letras.
 
Publicava artigos no seu Correio da Semana, com a abreviatura de J.T., com que expressava seu amor ardente às tradições religiosas, familiares e ao folclorismo citadino. Reunindo esse acervo cultural, deixou publicado “Traços Biográficos de Manoel Artur da Frota” e a “História de Sobral”, até 1941, obra renomada já em três edições. Por final, para solidificar a riqueza material e da cultura da região, em particular de Sobral, pacientemente, desde a década de 1930, organizou o Museu Diocesano, atualmente no ex-Palácio Episcopal, onde faleceu, considerado um dos mais bem equipados do Brasil e mais diversificado em peças raras e sacras.
 
==Falecimento==
 
No dia “25 DE SETEMBRO DE 1959”, Sobral tornava-se órfão desse grande patrimônio sócio-religioso, cultural, político, moral, ético e puramente sobralense. Na mesma capela do Menino Deus, onde, em 23 de fevereiro de 1896, fez a [[primeira Comunhão]], seu corpo foi velado, à noite, em ataúde aberto para no dia seguinte, às 10 horas, com solene cortejo fúnebre, ser sepultado na [[Catedral]] da Sé, sob o piso da [[Capela]] do [[Santíssimo Sacramento]], atendente às suas aspirações.
Sua morte, aos 77 anos, deixou um vácuo na igreja de Sobral, pois seu modelo único não podia - nem devia - ser copiado por seus sucessores que optaram por modelos de episcopado mais pastorais - já guiados pelas diretrizes da [[CNBB]] - e menos aristocráticos numa [[Igreja Católica]] que tentava se atualizar sob as luzes do [[Concílio Vaticano II]]
 
{{Comeca caixa}}
Linha 85 ⟶ 54:
}}
{{Termina caixa}}
 
==Obras==
*''História de Sobral''
*''Traços Biográficos de Manuel Artur da Frota''
 
{{Referências}}