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'''Isostasia''', ou '''movimento isostático''', é o termo utilizado em [[Geologia]] para se referir ao estado de equilíbrio [[gravidade|gravitacional]], e as suas alterações, entre a [[litosfera]] e a [[astenosfera]] da [[Terra]]. Esse processo resulta da flutuação das [[placa tectónica|placas tectónicas]] sobre o material mais denso da [[astenosfera]], cujo equilíbrio depende das suas [[densidade]]s relativas e do peso da placa. Tal equilíbrio implica que um aumento do peso da placa (por espessamento ou por deposição de sedimentos, água ou gelo sobre a sua superfície) leva ao seu afundamento, ocorrendo, inversamente, uma subida (em geral chamada re-emergência ou ''rebound''), quando o peso diminui.
== Causas e consequências ==
A isostasia pode ser encarada como o simples reequilibrio no deslocamento do volume de um fluido (neste caso a astenosfera) pela flutuação de um sólido (neste caso a (litosfera) num processo em tudo semelhante ao observado por (Arquimedes). Quanto mais pesada a camada litosférica, maior volume de material astenosférico deve ser deslocado para que o equilíbrio se mantenha. Uma imagem sugestiva deste processo é o (iceberg): quanto maior altura tiver acima da água, mais profunda estará a sua base.
 
Na realidade, as grandes extensões (placas com milhares de quilômetros de comprimento) e a elevada viscosidade dos materiais envolvidos tornam estes processos extremamente lentos (o reequilíbrio pode levar milhões de anos) e sujeitos a um complexo jogo de efeitos, em muitos casos contrários, resultantes dos processos de erosão e sedimentação, da própria geodinâmica e da [[tectônica de placas]], que empurram as placas em direcções diversas, provocando a sua subida ou afundamento (tal como uma embarcação se inclina e altera o calado quando empurrada pelo vento).
 
Quando uma região da litosfera atinge o equilíbrio entre o peso relativo da placa litosférica e a sua espessura inserida na astenosfera, diz-se que está em equilíbrio isostático. Contudo, largas áreas continentais, como a região dos [[Himalaia]], não estão em equilíbrio, nem parecem tender para ele, o que demonstra a existência das outras forças geodinâmicas em jogo que permitem a manutenção de uma topografia que não corresponde à que seria determinada pela isostasia.
 
No caso dos Himalaia, a explicação reside na impulsão causada pela placa tectónica indiana, comprimindo o bordo da placa eurasiática, que literalmente força a subida da região que ora se constitui com o mais alta do planeta, sem a correspondente deslocação astenosférica (pois tal como acontece numa [[abóbada]], as forças que mantêm aquelas montanhas em posição são descarregadas lateralmente e não para baixo).