Conservatório (música): diferenças entre revisões

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=Em Portugal=
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O Conservatório Geral de Arte Dramática foi fundado em [[Lisboa]] em 1836, por Decreto da [[Rainha D. Maria II]], no âmbito de um Plano para a fundação e organização de um Teatro Nacional proposto por João Baptista de [[Almeida Garrett]], então ainda com a denominação de Conservatório Geral de Arte Dramática. Este estava então dividido numa Escola Dramática ou de Declamação, numa Escola de Música e numa Escola de Dança, Mímica e Ginástica especial.
Ficheiro:Conservatorio.gif|<small>Conservatório Nacional</small>
Incorporou-se neste estabelecimento o Conservatório de Música, criado na [[Casa Pia]] por Decreto de 1835.
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A [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] foi criada em Lisboa pelo Decreto-Lei nº310/83, de 1 de Julho, diploma que procedeu à reconversão do [[Conservatório Nacional]] e fez suceder a este prestigiado e centenário estabelecimento de ensino artístico diversos outros ligados aos ensinos das várias artes que ali vinham sendo ministrados, entre os quais este especificamente dedicado ao ensino do [[Teatro]] e do [[Cinema]].
Em reformas posteriores, o nome do Conservatório foi alterado para Conservatório Real de Lisboa e o da Escola Dramática ou de Declamação para Escola de Arte de Representar, já depois da implantação da República, quando o Conservatório passou a ser designado por [[Conservatório Nacional]].
 
O Conservatórioensino Geraldo deTeatro Artetinha Dramáticaa foimais fundadoantiga emtradição no [[LisboaConservatório Nacional]], remontando à fundação deste em 1836, por Decreto da [[Rainha D. Maria II]], no âmbito de um Plano para a fundação e organização de um Teatro Nacional proposto por João Baptista de [[Almeida Garrett]], então ainda com a denominação de [[Conservatório Geral de Arte Dramática]]. Este estava então dividido numa [[Escola Dramática ou de Declamação]], numa [[Escola de Música]] e numa [[Escola de Dança, Mímica e Ginástica especial]].
Por Decreto de 4 de Julho de 1914 foi concedida, pela primeira vez, à Escola de Arte de Representar autonomia administrativa.
 
Incorporou-se neste estabelecimento o [[Conservatório de Música]], criado na [[Casa Pia]] por Decreto de 1835.
Nesta Escola foi criado, por Decreto de 19 de Maio de 1914, o curso de cenografia e decoração teatral (cujo ensino seria ministrado “no salão grande de pintura do Teatro Nacional Almeida Garrett, o qual, considerado como dependência da Escola de Arte de Representar” ficava “exclusivamente destinado ao serviço e oficinas do respectivo professor”) e, por Decreto de 6 de Agosto de 1914, o curso de indumentária prática teatral.
 
Em reformas posteriores, o nome do [[Conservatório]] foi alterado para [[Conservatório Real de Lisboa]] e o da [[Escola Dramática ou de Declamação]] para [[Escola de Arte de Representar]], já depois da implantação da República, quando o Conservatório passou a ser designado por [[Conservatório Nacional]].
No que ao Cinema se refere, o respectivo curso só foi introduzido no [[Conservatório Nacional]], como experiência pedagógica, a partir de 1971, no âmbito do processo de reforma empreendido por [[Madalena Perdigão]], sendo ministro [[José Veiga Simão]]. Foi então criada a Escola Piloto para a Formação de Profissionais de Cinema, cujo curso se iniciou em 1973 e teve, desde o princípio, a preocupação de aliar à transmissão de conhecimentos técnicos inerentes à prática das profissões do Cinema uma vertente mais artística.
 
Por Decreto de 4 de Julho de 1914 foi concedida, pela primeira vez, à [[Escola de Arte de Representar]] autonomia administrativa.
Pelo Decreto do Governo nº 46/85, de 22 de Novembro, a [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] que até então funcionara sob a dependência da Direcção-Geral do Ensino Superior e fora dirigida desde 1983 por uma Comissão Instaladora composta pelos Professores [[Jorge Listopad]], como presidente, e [[José Bogalheiro]], como vogal, é integrada no [[Instituto Politécnico de Lisboa]], estabelecimento de ensino superior politécnico público criado pelo Decreto–Lei nº 513-T/79, de 26 de Dezembro. A [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] passou, assim, a constituir uma unidade orgânica do [[Instituto Politécnico de Lisboa]] (IPL) e manteve-se em regime de instalação, sob a direcção da referida comissão instaladora, até à publicação dos seus Estatutos no Diário da República, 2ª série, nº 15, de 18 de Janeiro de 1995.
 
Nesta Escola foi criado, por Decreto de 19 de Maio de 1914, o curso de cenografia e decoração teatral (cujo ensino seria ministrado “no salão grande de pintura do [[Teatro Nacional Almeida Garrett]], o qual, considerado como dependência da [[Escola de Arte de Representar”Representar]]” ficava “exclusivamente destinado ao serviço e oficinas do respectivo professor”) e, por Decreto de 6 de Agosto de 1914, o curso de indumentária prática teatral.
=No [[Brasil]]=
 
Toda esta tradição foi sendo mantida e desenvolvida nas reformas posteriores do ensino da área do [[Teatro]] e transparece hoje nos cursos ministrados na [[Escola Superior de Teatro e Cinema]].
 
No que ao [[Cinema]] se refere, o respectivo curso só foi introduzido no [[Conservatório Nacional]], como experiência pedagógica, a partir de 1971, no âmbito do processo de reforma empreendido por [[Madalena Perdigão]], sendo ministro [[José Veiga Simão]].
 
No que ao Cinema se refere, o respectivo curso só foi introduzido no [[Conservatório Nacional]], como experiência pedagógica, a partir de 1971, no âmbito do processo de reforma empreendido por [[Madalena Perdigão]], sendo ministro [[José Veiga Simão]]. Foi então criada a [[Escola Piloto para a Formação de Profissionais de Cinema]], cujo curso se iniciou em 1973 e teve, desde o princípio, a preocupação de aliar à transmissão de conhecimentos técnicos inerentes à prática das profissões do [[Cinema]] uma vertente mais artística.
 
O curso que a [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] hoje ministra é ainda o resultado de uma evolução radicada naquele primeiro curso de cinema que, aliás, foi pioneiro no ensino superior público português.
 
=== A [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] ===
 
Pelo Decreto do Governo nº 46/85, de 22 de Novembro, a [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] que até então funcionara sob a dependência da [[Direcção-Geral do Ensino Superior]] e fora dirigida desde 1983 por uma Comissão Instaladora composta pelos Professores [[Jorge Listopad]], como presidente, e [[José Bogalheiro]], como vogal, é integrada no [[Instituto Politécnico de Lisboa]], estabelecimento de ensino superior politécnico público criado pelo Decreto–Lei nº 513-T/79, de 26 de Dezembro. A [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] passou, assim, a constituir uma unidade orgânica do [[Instituto Politécnico de Lisboa]] (IPL) e manteve-se em regime de instalação, sob a direcção da referida comissão instaladora, até à publicação dos seus Estatutos no Diário da República, 2ª série, nº 15, de 18 de Janeiro de 1995.
 
A [[Escola Superior de Teatro e Cinema passou]], assim, a constituir uma unidade orgânica do [[Instituto Politécnico de Lisboa]] (IPL) e manteve-se em regime de instalação, sob a direcção da referida comissão instaladora, até à publicação dos seus Estatutos no Diário da República, 2ª série, nº 15, de 18 de Janeiro de 1995.
 
A construção na [[Amadora]], dentro da zona da grande Lisboa, de um edifício de raiz para a [[Escola Superior de Teatro e Cinema]], o primeiro destinado a uma escola de ensino superior artístico em Portugal, permitiu, finalmente, a transferência em 1998 das suas actividades do velho edifício do Convento dos Caetanos em Lisboa, onde [[Almeida Garrett]] instalara com carácter provisório em 1836 o [[Conservatório Geral de Arte Dramática]], para umas instalações modernas, dotadas de espaços lectivos adequados, de estúdios, de salas de espectáculos e de visionamento, de biblioteca e refeitório que possibilitam as melhores condições de trabalho para os alunos que a frequentam.
 
A estrutura bi-departamental da Escola, resultante da herança histórica das pré-existentes escolas de [[Teatro]] e de [[Cinema]] do [[Conservatório Nacional]], levou a que os seus Departamentos sejam dotados de alguma autonomia pedagógico - científica interna, consagrada estatutariamente.
 
A [[Escola Superior de Teatro e Cinema]] tem vindo a afirmar-se, nacional e internacionalmente, como uma Escola de referência nos seus domínios, integrada em importantes organizações internacionais quer do âmbito do Teatro, como o ITI - [[International Theatre Institut]], quer do âmbito do Cinema, como o [[CILECT]] – Centre International de Liaison des Écoles de Cinema et de Telévision, quer no das Artes em geral, caso da [[ELIA]] – European League of Institutes of Arts.
 
Esta preocupação pela internacionalização fez também com que a Escola reforçasse a sua participação activa em programas de intercâmbio de discentes e docentes com Escolas estrangeiras, no âmbito de programas específicos como o [[Sócrates]]/[[Erasmus]] e o [[Leonardo Da Vinci]], bem como através de programas bi-laterais com Universidades da América Latina (Brasil, Argentina, México).
 
=No [[Brasil]]=
O [[Imperial Conservatório de Música]], no [[Rio de Janeiro]], foi instituido por um [[decreto imperial]] em 27 de novembro de 1841, regulamentado em 21 de janeiro de 1847. As aulas começaram em 13 de agosto de 1848 sob a direção de [[Francisco Manuel da Silva]]. Em 12 de janeiro de 1890, após a [[proclamação da República]], passou a denominar-se [[Instituto Nacional de Música]]. Seus diretores foram [[Leopoldo Miguez]], [[Alberto Nepomuceno]], [[Henrique Oswald]], [[Abdón Milanez]], [[Fertin de Vasconcelos]], [[Luciano Gallet]], [[Guilherme Fontainha]], [[Sá Pereira]] e [[Joanidia Sodré]].