Senhorio dos Lagares d'El-Rei: diferenças entre revisões

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Deste matrimónio houve um filho, [[Rui Vaz Pereira]], a quem seu pai, a 23 de Abril de 1440 em Chaves, nas casas de [[Sancho de Noronha, 1.º conde de Odemira|Sancho de Noronha]], fez doação das vinhas e lagares de El-Rei, “''para seu casamento propter nupcias como bom pai a filho que lhe foi muito obediente''”, diz a escritura; mas como boa vontade de El-Rei, expressa na doação do arcebispo, que os bens estivessem sempre na posse de quem fosse capaz de O servir (“''teudo de servimos''” diz a escritura), determinou Gonçalo Pereira mantendo as clausulas com que tinha recebido as vinhas de lagares de El-Rei, “''que seu filho e sucessores e herdeiros os tivessem com a condição de não fazerem deles aleamento e que sempre fiquem o filho mais velho e, se este não for capaz de servir o Rei, fique o segundo, e não o sendo também, fique o terceiro, etc.; e não havendo filhos, netos ou bisnetos venham a filha maior, contando que case com quem possa servir El-Rei e o Reino''”.
Foi precisamente a última hipótese que sucedeu; pois tendo do casamento de Rui Vaz Pereira com D. Beatriz de Noronha, filha do [[Afonso, conde de Gijón e Noronha| do conde de Gijón e Noronha]], havido quatro filhas, D. Isabel que foi Duquesa do Infantado de Castela, D. Beatriz que foi Senhora de Norou, D. Maria que foi Condessa de Montorio no Reino de Nápoles e D. Constança, a mais velha, que foi Condessa de Avranches na [[Baixa-Normandia]] por ter casado com o , 2.º [[Condeconde de Avranches]], D. [[Fernando de Almada, 2.º conde de Avranches|Fernando de Almada]], Capitão-mor do [[Reino de Portugal]], etc.<ref>[http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1640 D. Beatriz de Noronha, geneall]</ref><ref>[http://roglo.eu/roglo?lang=pt;i=2531470 D. Beatriz de Noronha, roglo]</ref>, esta veio a herdar o senhorio dos Lagares de El-Rei, que passou a constituir um dos bens da Casa Almada, dos [[condes de Almada]], mantendo-se felizmente ainda hoje, parte do antigo [[reguengo]], na posse nos seus representantes.
 
No entanto, temos de tomar a atenção que o local de produção de vinho desapareceu por completo. Pois foi dividida em courelas no século XVII. Como a casa sofreu remodelações importantes século XVIII, altura em que foi construída a ala nobre. No início do século XX, estava alugada a vários inquilinos, nomeadamente ao pintor [[Carlos António Rodrigues dos Reis|Carlos Reis]]. Foi D. Lourenço Vaz de Almada que, na qualidade de proprietário (nessa altura já e ainda o representante do título conde de Avranches) de engenheiro, após um grande restauro exterior e renovações interiores, toma a decisão de aí se instalar com sua mulher e filhos, ocupando-a totalmente.
Mesmo assim, em [[1946]], a Câmara Municipal de Lisboa expropriou-lhe parte dos terrenos para fazer uma escola e uma urbanização, enquanto que uma outra parte foi doada ao Patriarcado de Lisboa para construir a Igreja de S. Joana Princesa, edifícios que lá existem. Hoje este, por decreto de 26 de Fevereiro de 1982<ref>[http://www.dre.pt/pdfgratis/1982/02/04700.pdf Diário da República, I Série, n.º 47, pág. 426]</ref>, o "[[Solar da Quinta dos Lagares d´El-Rei]]", está classificado como Interesse Público pelo IGESPAR.