Abu Abedalá Bortucali Maomé ibne Maomé: diferenças entre revisões
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'''Abû `Abd Allah al-Burtuqâlî Muhammad ben Muhammad'''<ref>[[árabe]] : abū `abd allah al-burtuqālī muḥammad ben muḥammad, {{lang|rtl|ar|أبو عبد الله البرتقالي محمد بن محمد}}</ref>, ou '''Mohammed al-Burtuqâlî''' ( o '''Mulei Mafamede''' dos cronistas portugueses ) chamado '''al-Burtuqâlî''' ou '''Al-Bortogali''' : ''o Português'' ([[1464]] - [[1526]]). Sucede a seu pai [[Abu Abd Allah ach-Chaykh Muhammad ben Yahya|Mohammed ach-Chaykh]] como sultão [[Wattássidas|wattássida]] em [[1504]]. Falece em Abril ou Junho de [[1526]], seu filho [[Abu al-Abbas Ahmad ben Muhammad|Ahmed]] sucede-lhe.
== Biografia ==
Mohammed '''o Português''' foi assim chamado por têr vivido acerca de dois anos em Portugal, aprendendo aí os costumes e a [[Língua portuguesa]].
Mohammed al-Burtuqâlî apenas reina sobre [[Fez]] e [[Salé]] e arredores, o resto do país estando dirigido por autoridades tribais. Não consegue recuperar [[Arzila (Marrocos)|Arzila]] em 1508 e 1515, e Tânger, em 1511 e vê os Portugueses multiplicar praças fortes ao longo da costa : criação de [[Fortaleza de Santa Cruz do Cabo de Gué|Santa Cruz do cabo de Gué]] (actual [[Agadir]]), instalação em [[Mazagão]] (actual El Jadida''), construção da fortaleza de [[Castelo de Aguz]] (actual ''Souira Kedima'' ), na foz do rio [[Tensift]].▼
Foi aí levado como cativo, quando [[Arzila (Marrocos)|Arzila]] foi tomada pelas armadas de [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]]. Encontrava-se ele na cidade ( com duas mulheres do seu pai, segundo [[Rui de Pina]] - também com uma irmã segundo [[Damião de Góis]] ) , e apesar do rei de Fez [[Abu Abd Allah ach-Chaykh Muhammad ben Yahya|Mulei Xeque]], seu pai querer resgatá-los por grossa soma de dinheiro, D. Afonso não consentiu "e trouxe-os ao Reino. Era seu pensamento haver por eles os ossos do seu infeliz tio, o infante santo [[Fernando, o Infante Santo|D. Fernando]], o que de feito foi concertado no ano seguinte de [[1472]] (...) Do escâmbio se tirou o filho, então de 8 anos de idade, que no reino permaneceu dois anos (...). Mandou-o D. Afonso livremente a seu pai, procedimento de que Mulei Xeque se mostrou sempre muito agradecido<ref>[[David Lopes]] : História de Arzila. Coimbra, imprensa da Universidade. [[1924]]. p. 51</ref>".
Quanto a Mohammed al-Burtuqâlî, não parece têr guardado muita gratidão por isso, porque tornou-se um inimigo incansável dos cristãos.
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* 1511: [[Mohammed al-Jazuli]], chefe de uma poderosa Zaouia do [[Suz]] apoia a designação como chefe de guerra do [[Saadianos | Saadiano]] [[Muhammad al-Mahdi al-Qaim bi-Amr Allah|Muhammad al-Qâ'im bi-'Amr Allah]].
* 1524 : Os Saadianos apoderam-se de [[Marraquexe]], com o apoio das tribos berberes do vale do Suz e do vale do [[Rio Drá|Drá]].
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