Família Correia Ximenes: diferenças entre revisões

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A descendência de Antônio Corrêa Ximenes e de Eusébio Corrêa Ximenes, ambos já nascidos em meados do [[século XVIII]], estabeleceu-se em [[São Gonçalo]], Rio de Janeiro. Antonio era senhor de engenho em [[São Gonçalo]].<ref>[http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2007_GALDAMES_Francisco_Javier_Muller-S.pdf GALDAMES, Francisco Javier Müller - ''A trajetória de Monsenhor Pizarro (1753-1830)'', pgs. 35 e 527, UFF - 2007.]</ref> Casou-se com Francisca Ignácia Botelho, proveniente de Fayal, [[Açores]]. Desta união nasceu o ''major'' [[João Antonio Corrêa]], que, repetindo a endogamia de seus antepassados, casou-se com a neta de Eusébio Corrêa Ximenes, Ignes Maria de Jesus, filha de Manoel Martins Ferreira e de Rita de Santa Margarida. Estranhamente, o referido Manoel Martins Ferreira tinha um sobrenome completamente distinto dos sobrenomes de todos os seus antepassados. Naquela época era comum dar sobrenomes diferentes aos filhos, repetindo-se sobrenomes de diversas gerações anteriores, mas o sobrenome de Manoel sugere um esforço em apagar o estigma da família Correia Ximenes, depois da [[Inquisição]]. Até os dias de hoje, Manoel Martins Ferreira nomeia uma rua na cidade de [[São Gonçalo]].
 
[[João Antônio Corrêa]], nascido já na segunda metade do [[século XVIII]], constituiu-se num fazendeiro em [[São Gonçalo]], proprietário da Fazenda do Porto Novo.<ref>CAMPOS, Maristela Chichorro - O Governo da Cidade: elites locais e a urbanização de Niterói (1835-1890), UFF, 2004</ref> Foi Almotacel em [[Niterói]], em [[1823]]. Em [[1829]], foi eleito [[vereador]] na primeira eleição para a Câmara de [[Niterói]], após a promulgação da Lei Orgânica dos Municípios Brasileiros.<ref>CAMPOS, Maristela Chichorro - O Governo da Cidade: elites locais e a urbanização de Niterói (1835-1890), UFF, 2004</ref> De seu casamento com sua prima Ignez Maria de Jesus, nasceram Justino José Corrêa (? – [[11 de março]] de [[1852]]) e o ''padre'' Zeferino José Corrêa (? – [[17 de novembro]] de [[1871]], [[São Gonçalo]], [[Rio de Janeiro]]), também político em [[São Gonçalo]] e [[Niterói]]. Por mais uma vez, aqui, os apelidos da família ainda apresentam sinais de cultura judaica: agrega-se ao sobrenome o nome de um antepassado importante, neste caso provavelmente o patriarca José Correia Ximenes. Assim, e pelas gerações seguintes, este braço familiar passaria a assinar ''José Corrêa''.
 
O referido Justino José Corrêa casou-se com Angélica Maria de Jesus (? – [[20 de outubro]] de [[1852]]), filha do [[político]] niteroiense [[Marcolino Antonio Leite]], um dos homens mais ricos do [[Império brasileiro]]<ref>FRAGOSO, João Luis Ribeiro. Homens de grossa ventura, acumulação e hierarquina na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790/1930). Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1992</ref> e de [[Francisca Maria de Jesus]], a ''viscondessa de Jequitinhonha''. Desta união nasceram sete filhos, dos quais seis homens, e todos assinando ''José Corrêa''. Dentre estes filhos destaca-se Marcolino José Corrêa ([[3 de dezembro]] de [[1832]] - ?), que casou-se com sua prima-irmã Maria Alexandrina Corrêa, filha natural de seu tio, o ''padre'' Zeferino José Corrêa, repetindo mais uma vez a endogamia, tão característica dos [[cristãos-novos]]. No entanto, em finais do [[século XIX]], e já ao longo do [[século XX]], a descendência da família já começa a ser registrada como sendo eminentemente católica, a exemplo da'' professora'' [[Venina Corrêa Torres]], do ''deputado'' [[Murillo Maldonado]], e de sua grande descendência.