Voto de protesto: diferenças entre revisões

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No [[Brasil]], ficaram conhecidos como votos de protesto os casos onde o rinoceronte [[Cacareco]] (em São Paulo) e o [[macaco Tião]] (no Rio de Janeiro), tiveram expressivas votações, ainda na época das cédulas de papel, sendo, de todo modo, estes "votos" considerados como nulos. Por este motivo, o voto de protesto também é conhecido como '''voto cacareco'''.
 
Porém, com a introdução das [[Urna_eletrônica_brasileira|urnas eletrônicas brasileiras]] em 1996, esse tipo de protesto tornou-se inviável. Nelas não é possível votar em candidatos não cadastrados e, assim, o voto de protesto migrou para os ''"Candidados de Protesto"''<ref>{{citar web |url=http://jus2jus.uol.com.br/doutrinarevista/texto.asp?id=/8606 |titulo=O candidato de protesto |autor=Amílcar Brunazo Filho |data=06/2006 |acessodata=08/10/2010}}</ref>, ou seja, candidatos peculiares que atraem o voto de protesto.
 
A principal diferença é que o antigo '''voto de protesto era apurado como voto nulo''' e não afetava a distribuição das vagas entre os eleitos. Já o novo '''candidato de protesto é apurado como voto válido''' e serve para eleger candidatos com baixa votação da mesma legenda que não seriam eleitos normalmente.
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Em [[2002]], o candidato [[Enéas Carneiro]], que recebeu um milhão e seiscentos mil votos, sendo o deputado federal mais votado no [[Estado de São Paulo]] aquele ano, elegeu ''"de carona"'' mais cinco candidatos de seu partido com votação insignificante e foi identificado por parte dos analistas políticos com o voto de protesto<ref>{{citar web |url=http://www.diariopopular.com.br/07_11_07/artigo.html |titulo=Enéas Carneiro é eleito o deputado federal mais votado do Brasil |autor=Diário Popular |data= |acessodata=08/10/2010}}</ref>, situação que se repetiria mais tarde, em 2006, com o estilista e apresentador de TV [[Clodovil]], eleito deputado também com votação recorde, elegendo com isso mais 2 candidatos de baixa votação.<ref>{{citar web |url=http://artigocientifico.tebas.kinghost.net/uploads/artc_1183487320_18.doc/ |titulo=Das passarelas ao palanque: Análise da eleição de Clodovil Hernandes para Deputado Federal em 2006 |autor= |data= |acessodata=08/10/2010}}</ref>
 
Em 2010, o palhaço e humorista [[Tiririca (artista)|Tiririca]] lançou sua candidatura para [[deputado federal]]. Após aparecer na propaganda eleitoral gratuita utilizando-se de chistes e deboches caracteristicos de seu personagem, ganhou popularidade e passou a ser visto em seu partido como um grande "puxador de votos" (devido ao [[Quociente eleitoral]]). Em um video de sua campanha, perguntava ao eleitor o que um deputado federal faz, diz não saber mas que irá descobrir e contar caso seja eleito. Também afirmou que iria ter como meta cuidar das famílias, principalmente a dele. Tiririca acabou sendo eleito, obtendo a marca de 1.353.820 votos, pouco mais que a soma de todos os habitantes de Campinas-SP, sendo assim 6,35% dos votos válidos, ajudando a eleger outros três candidatos de baixa votação. Sua popularidade é vista por analistas como mais um caso de voto de protesto, sendo sucessor, portanto, de parte dos votos de Enéas, bem como dos votos de Clodovil, ambos então já falecidos.
 
==Motivação para o voto de protesto==