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Santidade / Catimbó
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Apesar de combatidos, sobretudo enquanto grupos organizados e ameças às autoridades estabelecidas, sobreviveram como religiões, conhecidas no Brasil desde o século XVI como [[pajelança]] ou [[catimbó]], proibidas por lei assim como o [[candomblé]] dos afro-descendentes e sujeita aos reveses da discriminação social.
 
Nascimento <ref>Nascimento, Marco Tromboni de S. O tronco da Jurema, ritual e etnicidade entre os povos indígenas do nordeste, o caso Kiriri. Savador, Ba, Dissert. de Mestrado em Sociologia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, 1994</ref> analisando o retorno à utilização do ritual de uso da [[Jurema (árvore)|jurema]] (uma [[leguminosaplanta medicinal]]s com propriedades [[Droga alucinógena|psicoativas]]), entre os índios [[Cariris|Kiriris]] do nordeste do Brasil, denominado "[[Toré]]", ocorrido simultaneamente ao processo de reorganização social e de legalização de suas terras, nos coloca que a "eficácia étnica" da reutilização desse ritual decorreu não apenas do reconhecimento externo, da população de "brancos" que passara a saber de sua existência, mas igualmente e talvez em maio medida, de seu reconhecimento interno, ou seja, pela adesão dos agentes às crenças mágico - religiosas envolvidas no ritual. Sua hipótese é que sobre essa base é que se articularam os significados que o "Toré" teve para reafirmação étnica do grupo. Sendo a reafirmação étnica apenas a face simbólica de um processo de reorganização concreta do grupo. (Nascimento, o.c. p.37).
 
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