Senhorio dos Lagares d'El-Rei: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 4:
 
Quando ainda em Bolonha, onde foi companheiro de [[João das Regras]], teve D. Martinho uma filha de uma nobre, D. Maria de Miranda que casou com Gonçalo Pereira, dos Pereiras de Cabeceiras de Basto, senhor do couto de Lumiares.
Em virtude deste casamento doou o Arcebispo D. Martinho, em 29 de Junho de 1413, a eles Gonçalo Pereira e a sua mulher D. Maria de Miranda, as referidas vinhas e lagares.
 
Deste matrimónio houve um filho, [[Rui Vaz Pereira]], a quem seu pai, a 23 de Abril de 1440 em Chaves, nas casas de [[Sancho de Noronha, 1.º conde de Odemira|Sancho de Noronha]], fez doação das vinhas e lagares de El-Rei, “''para seu casamento propter nupcias como bom pai a filho que lhe foi muito obediente''”, diz a escritura; mas como boa vontade de El-Rei, expressa na doação do arcebispo, que os bens estivessem sempre na posse de quem fosse capaz de O servir (“''teudo de servimos''” diz a escritura), determinou Gonçalo Pereira mantendo as clausulas com que tinha recebido as vinhas de lagares de El-Rei, “''que seu filho e sucessores e herdeiros os tivessem com a condição de não fazerem deles aleamento e que sempre fiquem o filho mais velho e, se este não for capaz de servir o Rei, fique o segundo, e não o sendo também, fique o terceiro, etc.; e não havendo filhos, netos ou bisnetos venham a filha maior, contando que case com quem possa servir El-Rei e o Reino''”.
Linha 10:
Foi precisamente a última hipótese que sucedeu; pois tendo do casamento de Rui Vaz Pereira com D. Beatriz de Noronha, filha do [[Afonso, conde de Gijón e Noronha| do conde de Gijón e Noronha]], havido quatro filhas, D. Isabel que foi Duquesa do Infantado de Castela, D. Beatriz que foi Senhora de Norou, D. Maria que foi Condessa de Montorio no Reino de Nápoles e D. Constança, a mais velha, que foi Condessa de Avranches na [[Baixa-Normandia]] por ter casado com o , 2.º [[conde de Avranches]], D. [[Fernando de Almada, 2.º conde de Avranches|Fernando de Almada]], Capitão-mor do [[Reino de Portugal]], etc.<ref>[http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1640 D. Beatriz de Noronha, geneall]</ref><ref>[http://roglo.eu/roglo?lang=pt;i=2531470 D. Beatriz de Noronha, roglo]</ref>, esta veio a herdar o senhorio dos Lagares de El-Rei, que passou a constituir um dos bens da Casa Almada, dos [[condes de Almada]], mantendo-se felizmente ainda hoje, parte do antigo [[reguengo]], na posse nos seus representantes.
 
No entanto, temos de tomar a atenção que o local de produção de vinho desapareceu por completo. Pois foi dividida em courelas no século XVII. Como

O aedifício casaprincipal sofreu remodelações importantes século XVIII, altura em que foi construída a ala nobre.

No início do século XX, estava alugada a vários inquilinos, nomeadamente ao pintor [[Carlos António Rodrigues dos Reis|Carlos Reis]].

Foi D. Lourenço Vaz de Almada que, na qualidade de proprietário (nessa altura já e ainda o representante do título conde de Avranches) e de engenheiro de formação, após um grande restauro exterior e renovações interiores, toma a decisão de aí se instalar com sua mulher e filhos, ocupando-a totalmente.
Mesmo assim, em [[1946]], a Câmara Municipal de Lisboa expropriou-lhe parte dos terrenos para fazer uma escola e uma urbanização, enquanto que uma outra parte foi doada gratuitamente por ele próprio ao Patriarcado de Lisboa para construir a Igreja de S. Joana Princesa, edifícios que lá existem. Hoje este, por decreto de 26 de Fevereiro de 1982<ref>[http://www.dre.pt/pdfgratis/1982/02/04700.pdf Diário da República, I Série, n.º 47, pág. 426]</ref>, o "[[Solar da Quinta dos Lagares d´El-Rei]]", está classificado como Interesse Público pelo IGESPAR.
 
{{Referências}}