Alexandra Iosifovna (Alexandra de Saxe-Altemburgo): diferenças entre revisões

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{{Infobox Info/Monarca
| nome = Alexandra Iosifovna
| título = Grã-Duquesa da Rússia <br> Princesa de Saxe-Altenburg
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Alexandra chegou à Rússia no dia [[12 de Outubro]] de [[1847]] onde foi recebida com pompa, circunstância, celebrações populares, multidões à espera nas ruas e varandas. Foi dito que Alexandra era tão parecida com a irmã do seu noivo, a grão-duquesa [[Alexandra Nikolaevna da Rússia|Alexandra Nikolaevna]], que tinha morrido quatro anos, que a sua futura sogra começou a chorar quando a conheceu.
 
Em [[Fevereiro]] de [[1848]], Alexandra converteu-se à igreja ortodoxa, adoptando o nome de grã-duquesa Alexandra Iosifovna, em honra do seu pai José, ao contrário de outras princesas convertidas que tinham vindo a adoptar o nome de figuras religiosas ou dinásticas.
 
Alexandra e Constantino casaram-se no Palácio de Inverno, em São Petersburgo, no dia 11 de Setembro de 1848. Constantino recebeu o Palácio de Mármore como presente de casamento dos seus pais. O casal passou a lua-de-mel em Strelna, no Golfo da Finlândia, uma propriedade que Constantino tinha herdado aos 4 anos de idade e que se viria a tornar na casa de campo da família. A alegre grã-duquesa Alexandra Iosifovna gostava muito dos jardins desta casa e viria a abrir neles uma escola de jardinagem onde ela própria dava aulas. Havia também brinquedos educacionais para as crianças, incluindo um mastro de madeira e um trampolim para ginástica, bem como uma cabina retirada a uma das fragatas de Constantino.
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Em [[1867]], a filha mais velha de Alexandra, [[Olga Constantinovna da Rússia|Olga]], casou-se com o rei [[Jorge I da Grécia]]. Olga tinha apenas 16 anos e, no inicio, estava reticente em deixar a filha casar tão nova. O seu [[Constantino I da Grécia|primeiro filho]] foi baptizado de Constantino em honra do avô. O inicio da nova vida da filha coincidiu com o inicio do fim do casamento de Alexandra e Constantino.
 
Apesar de ter apenas 40 anos, o intenso trabalho que tinha feito na marinha e nas reformas liberais do irmão Alexandre II, tinham-no feito envelhecer mais depressa. Quando o seu irmão se começou a afastar das reformas, a influência de Constantino começou a diminuir e por isso ele começou a dar mais atenção à sua vida pessoal. Após vinte anos de casamento, o casal tinha-se afastado. O trabalho intenso de Constantino e as diferentes perspectivas políticas e interesses tinham, com os anos, esmorecido a relação. Alexandra era conservadora e o marido liberal e ela tinha-se habituado a viver no seu próprio mundo de misticismo. Não demorou para que Constantino fosse procurar intimidade sexual a outro lado.<ref name="King and Wilson, p.39">King and Wilson, p.39.</ref>
 
No final da década de [[1860]], Constantino começou um caso amoroso que resultou no nascimento de uma filha ilegítima, Maria Condousso. Na década de [[1880]], Maria foi mandada para a Grécia onde se tornou dama-de-companhia da sua meia-irmã Olga. Lá casou-se com um bancário grego.<ref> name="King and Wilson, p.39.<"/ref>
 
Pouco depois do nascimento de Maria, Constantino já estava a começar um novo romance. Por volta de 1868 começou a seduzir Anna Vasilyevna Kuznetsova, uma jovem bailarina do conservatório de São Petersburgo. Era filha ilegitima da bailarina Tatyana Markyanovna Kuznetsova e do actor Vasily Andreyevich Karatygin. Ana era vinte anos mais nova do que Constantino e em 1873 deu à luz o primeiro filho do grão-duque. Com o tempo viria a ter mais quatro.<ref>Zeepvat, p.71.</ref>
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== Doença do marido e morte ==
 
Em [[Junho]] de [[1889]], a neta de 18 anos de Alexandra, a princesa [[Alexandra da Grécia]], voltou para a Rússia para se casar com o grão-duque [[Paulo Alexandrovich da Rússia|Paulo Alexandrovich]], um sobrinho do seu marido. Perto do final das celebrações do casamento, Constantino teve um enfarte, seguido de outro mais grave em [[Agosto]] de 1889 que lhe tirou a capacidade de falar e andar.
 
Nos três anos de vida que lhe restaram, Constantino viveu com a sua esposa no seu palácio preferido, o de Pavlovsk, onde tinha uma ala do palácio só para si. Estava preso a uma cadeira de rodas e Alexandra certificou-se que a sua amante e filhos ilegitimos se mantinham longe de qualquer contacto com o seu marido. O neto de Alexandra, o príncipe [[Cristóvão da Grécia e Dinamarca|Cristóvão da Grécia]], escreveu nas suas memórias que Constantino ficou tão frustrado com o controlo de Alexandra que um dia a agarrou pelo cabelo e lhe bateu com a bengala.<ref>Zeepvat, p.75.</ref> Tendo em conta que Cristóvão tinha apenas 4 anos quando Constantino morreu, é dificil determinar se a história é verdadeira ou falsa.
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Apesar da sua doença, Constantino tentava distrair-se da melhor maneira possível. O seu sobrinho-neto [[Cyril Vladimirovich]] lembrava-se de esquiar em Pavlovsk onde Constantino via tudo o que acontecia do seu trenó e cheirava sempre a cigarros.<ref>Kirill, p.17.</ref> Cyril achava Alexandra uma mulher formidável, com a sua "voz de cana rachada (...) a andar por todo o lado numa carruagem aberta com uma espécie de toldo por cima que se podia abrir e fechar como um guarda-chuva. Nunca vi nada parecido em mais lado nenhum e acho que ela era a única pessoa no mundo que tinha um cobrimento tão original para a sua carruagem".<ref>Kirill, p.18.</ref>
 
Quando Constantino morreu, em [[Janeiro]] de [[1892]], Alexandra permitiu que a sua amante Ana visitasse Pavlovsk para rezar junto à sua cama.
 
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