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Idácio teve acesso a várias fontes históricas e cronográficas (embora não possamos precisar exactamente quantas), e chegou a usar quatro sistemas cronológicos paralelos – o que causa, sobretudo na parte final da sua ''Crónica'', grandes dúvidas quanto à datação correcta dos acontecimentos narrados. A narração dos acontecimentos tende a ser bastante sucinta para os primeiros anos, mas, à medida que vai avançando, oferece um número cada vez maior e mais completo de informações – não se trata de uma crónica típica, antes de uma cronografia orgânica permanentemente actualizada até à sua morte (sobretudo nos anos posteriores a [[427]], em que narra os factos ''per se'').
 
Ao longo da ''Crónica'', a principal preocupação de Idácio é demonstrar a dissolução da sociedade, e em particular a desagregação do próprio [[Império Romano]] na [[Hispânia]]. Pinta um quadro negro da vida do [[século V]], que bem poderia advir da sua crença iminente no fim do [[Mundo]], com a segunda vinda de [[Cristo]] – tal como relatado numa carta [[livros apócrifos|apócrifa]] do [[apóstolo]] [[São Tomé (apóstolo)|Tomé]] que Idácio terá lido, e onde se dizia que o mundo acabaria em [[Maio]] de [[482]]. Se Idácio realmente acreditava que estava a escrever a sua ''Crónica'' pouco antes do fim do Mundo, então não é de estranhar o pessimismo demonstrado na sua escrita.
 
Isso tê-lo-á levado, sem dúvida, a descrever de modo muito obscuro certos acontecimentos que constituem o verdadeiro clímax da sua narração – como por exemplo, o [[saque]] da capital suévica, [[Braga]], no ano de [[456]], pelo rei visigodo [[Teodorico II]] (actuando este ao serviço do [[imperador romano]] [[Avito]]).