Júlia (filha de Júlio César): diferenças entre revisões

O [[Casamento na Roma Antiga|casamento]] com Pompeio ocorreu em [[Abril]] de [[59 a.C.]], quando Júlia tinha pouco mais de 20 anos e Pompeio perto de 50. Júlia tornou-se a quarta esposa de Pompeio, que já tinha vários filhos adolescentes. Embora se tivesse tratado de um casamento arranjado, a união resultou venturosa, pois entre ambos nasceu o amor. Segundo [[Plutarco]], Pompeio teria mesmo descurado os seus deveres por causa da sua esposa.

Na eleição dos [[Edil|Edís]] de [[55 a.C.]], Pompeio viu-se envolvido em um tumulto, no [[Campo de Marte]], ficando sua [[Toga|toga]] manchada de sangue (de outra pessoa). Um de seus escravos foi buscar uma toga limpa, em sua casa, e Júlia, que estava grávida, ao ver a toga ensangüentada do marido, julgando que ele estivesse morto, provocou um [[Aborto|aborto]], que teria abalado, irreversivelmente, seu organismo <ref>Plutarco. '''Vida de Pompeu''' (48)</ref>.

Júlia faleceu no ano seguinte, quando dava à luz uma filha (ou filho, segundo outras fontes <ref>Suetônio. '''Vida dos 12 césares''' - Júlio César (26)</ref> <ref>Lucano. '''Farsália''' (v. 474, ix. 1049).</ref>), que faleceu, por sua vez, poucos dias depois do nascimento. A morte de Júlia foi uma catástrofe para o seu marido, para o seu pai, e até mesmo para Roma; em pouco tempo a aliança entre Pompeio e César desfez-se e entrou-se na guerra civil.

Júlia foi sepultada no Campo de Marte, tendo o seu pai ordenado um banquete e espectáculos de [[Gladiador|gladiadoresgladiador]]es em sua honra, um feito raro para uma mulher da [[Roma Antiga]].