Afoxé (ritmo): diferenças entre revisões

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O '''Afoxé''' trata-se de mais um ritmo afro presente na cultura local. De origem iorubá, a palavra afoxé poderia ser traduzida como "a fala que faz". Para alguns pesquisadores seria uma forma diversa do maracatu. O termo Afoxé da África denota a festa profano-religiosa efetuada pela nação no momento oportuno. A expressão afoxé teve uso restrito, apenas entre os seus participantes, já que os autores dedicados ao estudo do maracatu não a registram.
'''Afoxé''' é definido popularmente como um [[ritmo]] do [[Candomblé]]. Mas, na realidade, o ritmo [[africa]]no utilizado no [[Candomblé]] e nos blocos de [[Afoxé (bloco)|Afoxé]]s tem o nome africano de igexá ou [[ijexá]]. A marcação do [[agogô]] é sua batida característica, tornando esse ritmo facilmente identificável. O '''ijexá''' se tornou popular principalmente pela atuação do grupo [[Bahia|baiano]] [[Filhos de Gandhi]]. Cantores renomados, como [[Gilberto Gil]], [[Virgínia Rodrigues]], [[Maria Bethânia]] e [[Caetano Veloso]], também interpretam músicas no ritmo '''ijexá''', contribuindo para a difusão do ritmo.
 
Três instrumentos básicos fazem parte desta manifestação. O afoxé (ou agbê), cabaça coberta por uma rede formada de sementes ou contas, é percutido agitando-se a rede, que fricciona no corpo da cabaça. Os atabaques, basicamente de três tipos, com três tamanhos diferentes que em conjunto traduzem o som do ijexá, tocado no afoxé atualmente. O agogô, formado por duas campânulas de metal, com sonoridades diferentes, é quem dita o ritmo aos demais instrumentos.
 
As melodias entoadas nos cortejos dos afoxés são praticamente as mesmas cantigas ou orôs entoados nos terreiros afro-brasileiros que seguem a linha jexá. O Afoxé, longe de ser, como muita gente imagina, apenas um bloco carnavalesco, tem profunda vinculação com as manifestações religiosas dos terreiros de candomblé. Vem daí o fato de chamar-se o afoxé, muitas vezes, de "Candomblé de rua".
 
Inclusive por homenagear um orixá, geralmente, o orixá da casa de candomblé a que pertence. Em Pernambuco, o afoxé ressurge com o Movimento Negro Unificado no final da década de 70, como uma das formas de se fazer chegar à maioria da população, o debate sobre consciência negra e liberdade, através da música.
O ijexá se tornou popular, no Brasil, principalmente pela atuação do grupo baiano Filhos de Gandhi. Cantores renomados, como Gilberto Gil, Virgínia Rodrigues, Maria Bethânia e Caetano Veloso, também interpretam músicas no ritmo ijexá, contribuindo para a difusão do ritmo.
 
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