Caprinocultura: diferenças entre revisões

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tratada como um agronegócio, ou seja, com profissionalismo e uma visão empresarial.
 
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==Situação atual da caprinocultura do Brasil e no mundo==
 
Segundo a FAO (2001), o rebanho mundial de caprinos em 2.000 era de
715.297.550 cabeças, das quais 96% estão em países em desenvolvimento, com apenas 4%
nos países desenvolvidos, conforme pode ser observado na Tabela 1. Na mesma tabela é
possível verificar que 40 anos atrás o efetivo caprino dos países desenvolvidos era de 31,7
milhões de cabeças, sendo atualmente de 29,1 milhões, o que representa um decréscimo de
9%, enquanto nos países em desenvolvimento esse número era de 315,9 milhões em 1961 e
de 686,2 milhões em 2.000, mostrando um aumento de 117%.
Atualmente a China é o maior rebanho mundial, com 148,4 milhões de cabeças, o
que representa 20% do efetivo mundial. Em seguida vêm a Índia e o Paquistão. O Brasil fica
na décima colocação, com um rebanho de 12.600.00 cabeças, cerca de 2% do rebanho
mundial.
 
Com relação à distribuição geográfica do efetivo caprino brasileiro, pelos dados do IBGE
(2.001), referentes ao censo agropecuário de 1.996, o quadro apresenta um padrão idêntico ao
mundial. Considerando-se as regiões Sul e Sudeste como desenvolvidas e Norte, Centro-Oeste e
Nordeste como em desenvolvimento, 4% dos caprinos estão no primeiro grupo e 96% no segundo.
Vale ressaltar que 94% do rebanho nacional está na região Nordeste, onde prevalecem
condições edafo-climáticas desfavoráveis. Nessa situação os caprinos assumem uma grande
importância social, pois chegam a ser a única fonte de renda em determinadas circunstâncias e deles depende a sobrevivência de muitos nordestinos. Porém, talvez até mesmo associado a esse papel,mesmo no Nordeste raras vezes a caprinocultura é vista como uma atividade empresarial e é
freqüentemente considerada uma atividade marginal, e não uma atividade pecuária de grande
potencial econômico.
 
O próprio nordestino, criador de "bode", evidencia claramente o seu preconceito,
associando uma imagem de maior status ao criador de boi, renegando a espécie que de fato o
sustenta.
Nas demais regiões do país, onde o efetivo é muito menor, muitos assimilam de maneira
distorcida o conceito de "rusticidade" dos caprinos, imaginando que, se no Nordeste, onde as
condições são precárias, se produz "bode", os resultados obtidos em condições mais "favoráveis"
seriam muito melhores. A realidade não é bem essa, e sob certos aspectos é mais difícil criar
caprinos nas tais condições "favoráveis".
 
==Os novos cenários==