Programa Saúde da Família: diferenças entre revisões

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No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de mudança do paradigma que orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem sendo enfrentada, desde a década de 1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas.
Estes pressupostos, tidos como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo modelo e na superação do anterior, calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar, e que induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na fragmentação do cuidado, encontra, em relação aos recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS), um outro desafio. Tema também recorrente nos debates sobre a reforma sanitária brasileira, verifica-se que, ao longo do tempo, tem sido unânime o reconhecimento acerca da importância de se criar um "novo modo de fazer saúde".
 
Desde há alguns anos, o PSF é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização. O PSF é uma estrátégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização.
 
No Brasil a origem do PSF remonta criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em [[1991]], como parte do processo de reforma do setor da saúde, desde a [[Constituição]], com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de [[saúde]] e incrementar as ações de [[prevenção primária|prevenção]] e [[prevenção primordial|promoção da saúde]].
Em 1994 o [[Ministério da Saúde]], lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas focais. Atualmente, reconhece-se que não é mais um programa e sim uma Estratégia para uma Atenção Primária à Saúde qualificada e resolutiva.
 
Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reaorganização da [[Atenção Primária à Saúde|Atenção Básica]] no Brasil, o governo emitiu a Portaria Nº 648, de [[28 de Março]] de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a [[Atenção Primária à Saúde|Atenção Básica]] — que tem como um dos seus fundamentos ''possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade'', reafirmando os princípios básicos do [[SUS]]: universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.