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[[Clark L. Hull]] foi, ao lado de B. F. [[Skinner]], um dos principais teóricos do [[behaviorismo]] ou comportamentalismo, paradigma de pesquisa que julgava ser dever da psicologia científica basear-se somente em dados observáveis (chamados então de "fatos observáveis"), excluindo, assim, todos os processos internos do ser humano (pensamentos, emoções, etc.). Devido a essa postura, os psicólogos behavioristas dedicaram-se sobretudo ao estudo dos dois processos de aprendizado que, segundo eles, explicariam o comportamento humano: o [[condicionamento clássico]] e, sobretudo, o [[condicionamento operante]]. O problema é que esses processos explicam como o indivíduo aprende determinado comportamento, mas não o que o leva a realizá-lo<ref name="Rheinberg"></ref>.
 
A teoria de Hull procura explicar esse fato. Segundo ele, a tendência de realizar um determinado comportamento ('''tendência de comportamento''') é o produto do '''hábito''' e da '''pulsão'''. O hábito é definido pelo quantidade vezes em que o comportamento recebeu um [[reforço]] no passado; mas o hábito não é suficiente para explicar completamente o comportamento, somente sua direção o comportamento, falta explicar a nergiaenergia que o impulsiona. Essa energia é a pulsão. Hull diferenciava dois tipos de pulsões: As primárias, oriundas das necessidades biológicas (fome, cansaço, etc.) e secundárias, aprendidas, como o medo. A fim de corresponder ao paradigma behaviorista, o autor teve de limitar-se às pulsões mais fáceis de operacionalizar. Como Freud, também Hull partia do princípio de que o indivíduo sempre busca a redução da pulsão (ou seja, da tensão gerada por ela)<ref name="Rheinberg"></ref>.
 
A teoria, tal como formulada originalmente, apresenta uma série de problemas: (1) a pesquisa empírica foi capaz de demonstrar que diferentes necessidades podem não somente se somar, mas também se atrapalhar mutuamente; (2) como no caso de Freud, a pressuposição de que o indivíduo somente está satisfeito quando ele é capaz de reduzir sua tensão interna foi igualmente falsificada pela pesquisa empírica e (3) diferentes tipos de reforço mostraram ter diferentes valores para os indivíduos. Assim, um rato que recebe pão embebido em leite como reforço aprende mais rápido do que um rato que recebe sementes de [[girassol]]. Na Tentativa de responder sobretudo a este terceiro problema, Hull modificou a fórmula original para