Canindés: diferenças entre revisões

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Os canindés possuem forte cultura de [[caça]] herdada de seus antepassados. Têm conhecimento de utilização de diversas armadilhas como o [[quixó de geringonça]], que utilizam para capturar [[mocó]]s, [[tejo]]s, [[cassaco]]s, [[peba]]s, [[veado]]s, [[nambu]]s, [[seriema]]s e [[juriti]]s, tendo sempre o cuidado de não violar o período de gestação dos animais. O respeito à [[sustentabilidade]] é passado de geração em geração visando à manutenção da caça através dos tempos.
 
Em 1996, foi aberto à visitação o ''Museu dos Kanindé'', no qual merece destaque o trabalho em madeira com instrumentos de caça e dança, entre outros artefatos.
Entre o acervo, além de muitos documentos, documentação e objetos dos mais variados tipos: bichos (couros, cascos, penas etc.), artefatos (principalmente de cipó, palha, cerâmica e madeira), material arqueológico, indumentária, vegetais, minerais, fotografias, adornos, equipamentos musicais e para o trabalho na roça, moedas e medalhas etc. O Museu dos Kanindé, como é conhecido, surgiu antes mesmo da organização da Associação Indígena Kanindé de Aratuba (AIKA) em 1998, a partir da sua participação no movimento indígena cearense. A organização do museu ocorreu concomitantemente ao processo de mobilização pelo reconhecimento da identidade indígena.
A maior parte do povo indígena Kanindé forma a parentela constituída por núcleos familiares extensos moradores da Aldeia Fernandes, localizada à cinco quilômetros da zona urbana do município de Aratuba, à cerca de 140 quilômetros de Fortaleza, na região do maciço de Baturité. Suas principais atividades são a caça e a agricultura de subsistência. Plantam, principalmente, feijão, fava, milho e mamona.
Durante o processo inicial de mobilização étnica, grande parcela do grupo assumiu o etnônimo “Kanindé”, com o qual passaram a identificar-se coletiva e publicamente perante as comunidades vizinhas, a sociedade cearense e o movimento indígena local. Inicialmente, tiveram um grande apoio da entidade indigenista Missão Tremembé, que possibilitou que participassem de projetos e intercâmbios com outros povos do Ceará e do nordeste.
Se auto-designam como um ‘povo caçador’. Entre as atividades de subsistência, a caça é sempre enfatizada, ao lado da agricultura, praticada como complemento necessário para a alimentação.
 
== Fontes ==